quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Hoje é aniversário dela 
7 de novembro de 2019
118 anos, Cecília Meireles!
Viva!



Click na imagem!



Fernanda Correia Dias
in Viva! Sempre viva!
7 de novembro de 2019
Aniversário de nascimento da grande Cecília Meireles
Poeta, cronista, ensaísta, educadora, pintora, jornalista, desenhista, tradutora, folclorista, pesquisadora, professora, pedagoga,
mãe das três Maria e avó de cinco netos!!!
Viva Cecília! Cecília Viva!!!


quarta-feira, 6 de novembro de 2019


Cecília Meireles no Universo em 2019
Colagem Fernanda Correia Dias
original : American Girl in Italy . 1952 . Ruth Ortkin


Hoje é aniversário dela de 118 anos e eu estou com uma saudade imensa!
A grande, certamente está em alguma esquina do Universo, sendo admirada por esses caros!
Passa apressada, porque tem muito para escrever e muito mais ainda, para publicar!
Eles apreciam a autora de obras magníficas: Ela, Cecília Meireles!
É comum que alguém me peça o telefone, o endereço,uma visitinha ou o e-mail dela!
Isso é a imortalidade.
O mais bacana é encontrar hoje os que sabem que ela é gigante e maior que todos e que você está perdendo muito se ainda não leu
Cecília Meireles.


Fernanda Correia Dias
in Hoje é aniversário dela!
CECÍLIA  MEIRELES
118 anos de inteligencia e sensibilidade na língua portuguesa.

quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Pareô do Paraíso . Foto Fernanda Correia Dias

Pareô do Paraíso . Foto Fernanda Correia Dias


Tua alma é viva com tuas lindas e múltiplas cores de pensamentos e toda a beleza deles reflete-se em teu corpo me permitindo que continuamente te encontre em mim, inteira e íntegra. Nada mudou. Daí, a saúde que exalas, tornando ridículas e mínimas todas as materialidades e provas surrealistas dos humanos. Aquelas de amores, honras, fortunas e poderes?
O que é exatamente em sentido amplo, o ser humano? Tu me assistes em tudo e enquanto a natureza nos protege, de todos os males, tu me divertes com tua brilhante ordem psíquica exemplar. Estás sempre falando comigo e eu te escuto. Cada célula do meu corpo reage a cada pensamento que me entregas em cada palavra que falas ou sublinhas. Como é inteligente esta troca e como consigo?Ou, como consegues? É uma consciência imensa.  Um sobrecorpo ao meu. Eu não te visto. Tu és.
Tua vontade firme, modela as circunstancias ao teu prazer.  Tu, tens a força do teu espírito que modela o meu. Cavalgo bem a minha saúde para fazer contigo e com meus amores,  viagens longas. Vamos. Vamos sempre por aí. Andar por aí.  Ensinastes-me que a nossa saúde está somente em nossa alegria. E que a única coisa que realmente temos, e que é nossa, é a nossa saúde. Que cada célula do nosso corpo é um ser. Consciente e inteligente. Em harmonia. É de sábios, mudarem de opinião, mas não basta saber nem querer. É preciso aplicar e agir para viver o mistério. Por isso dançamos. Tudo é grande e admirável. Vamos!

Fernanda Correia Dias
In Para a minha mãe Maria Mathilde, porque hoje é dia 10 de outubro de 2019 ou
A saúde é a justa medida entre o calor e o frio. Aristóteles

sexta-feira, 27 de setembro de 2019


Um coração luminoso. Meu pai. Foto Fernanda Correia Dias

Aos 90 anos, meu pai maravilhoso me pergunta:
 Sabe aquela árvore que está há muito tempo ali? Na esquina? Em frente a minha janela do escritório?
Outro dia, abri a janela e ela estava coberta de flores lindas. Por todo este tempo, eu nunca tinha visto aquelas flores!
 Passados uns dias, chamei a Regina para mostrar as flores, mas a árvore estava sem nenhuma flor! Então eu quero que você, minha filha, no ano que vem,  quando for setembro e  estiver próximo o meu aniversário, você venha visitar a árvore para conhecer as flores!
São muito especiais E  é uma floração  muito breve. Mas, linda!
Pappy? Você que conhece o nome de todas as árvores e todas as  flores, não identificou o nome dessa árvore e flor?
Não. Nunca vi aquela!
Ah... então vou dar uma passada lá e vou fotografar e procurar por seu nome.

Você está me dando um presente, lindo! Um presente que está ao lado das amendoeiras, que foram plantadas ali, quando você veio morar aqui e que você me deu! Agora, você está me dando uma árvore que flore na frente da sua montanha verdinha, que você me deu!
Que bonito, pensar nessa árvore que vai florir no ano que vem! Vamos vê-la!

Amanhã é festa, você vai completar 91 primaveras e sou eu que ganho a árvore florida?
É.
Você é lindo, porque é assim. Meu pai.
Beijo na sua inteligência, no seu amor, na sua sensibilidade e nessa forma tão bonita de conversar comigo, sempre me ensinando!
Te amo.

Fernanda Correia Dias
in Feliz Aniversário, Pappy! Viva o Sol, Viva Helio , Viva a Primavera!!!

quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Fantasia e Imaginação . Foto Fernanda Correia Dias
Fantasia e Imaginação . Foto Fernanda Correia Dias

Queria te lembrar a diferença entre estas duas palavras: Fantasia e Imaginação.
Mas não vou ao dicionário. Vou te dizer o que sinto no coração, como as compreendo psicologicamente e o que aprendi com essas palavras e que muitas pessoas  não sabem distinguir ou acham que não tem diferença. Que são sinônimas. Para mim, não são sinônimas.

Para mim a Fantasia é como uma máscara,uma persona, uma personagem,  que você põe na frente de seu rosto, põe no seu corpo, na sua voz e que você tira.Sabe que não é você. Que pode ser, provisoriamente, não por muito tempo, mas não é você.É passível de revelação do contrário. É frágil, forte, volúvel, adaptável, readaptável, além de todas aquelas qualidades de:quase perfeito, quase idêntico, inimaginável e até, perfeito!Idêntico!Maravilhoso! Convincente! Maravilhosa!Inenarrável! Incrível. Poderia ter um rótulo assim, para quem sabe distinguir da sutileza da Imaginação: Contém mentira.

Quanto à Imaginação,  pertence a uma construção. É uma resposta sutil checada contra todos os impossíveis, capaz de ser elaborada repentinamente ou longamente. Te pertence porque és o autor, conheces as falhas, os vazios, as forças e todas as outras qualidades que vigias continuamente mesmo enquanto aperfeiçoas nas horas imprevistas, porque a imaginação é movimento contínuo e ininterrupto. Interior. É cardíaca. É de nascente interna. Está na sua respiração e na ausência dela. No fluxo de inspirar e expirar.  No sopro, no susto, no soco, no seco, no úmido, no escuro e na luz.  Desenrola-se comprometida com você. E pode ser ceifada, mas sempre deixará raízes diversas, aproveitáveis, reutilizáveis ou incômodas e imprestáveis e poderia expor o rótulo: Contém verdade.

Pode-se conviver com as duas palavras e seus efeitos , mas deve-se ter o mais claro possível para si mesmo a sutileza de enxergar a fineza desse ajuste, antes que você pense que é a máscara que fala o que você não quis dizer. Ou que a máscara, pensa.
A máscara é sempre oca. Nela cabe tudo. Inclusive Imaginação.


Fernanda Correia Dias
in Fantasia e Imaginação



domingo, 15 de setembro de 2019

Nosso Rio de Janeiro continua lindo . Foto Fernanda Correia Dias
Nosso Rio de Janeiro continua lindo . Foto Fernanda Correia Dias


Então, você está vendo só, como o nosso Rio de Janeiro continua lindo?
Mas hoje é dia do seu aniversário e pensar em você, fica tudo mais lindo. Lembrei de você mencionando provérbios, enquanto conversávamos muito, sem que eu percebesse naquela época, que eram provérbios. Agora aparecem na sua voz, quando ouço,leio e releio em algum lugar. Esta semana andei anotando. Aqui estão: Comece fazendo o necessário, depois o que é possível e logo estará fazendo o impossível. Caia sete vezes, levante oito! Nunca é tarde para recomeçar. Faça o bem sem olhar a quem.Tenha coragem e seja gentil.Sempre recebi pedras.Quando me ofertam flores, não sei o que fazer com elas. A melhor forma de prever o futuro é criá-lo. O bem que praticas em algum lugar, é o teu advogado em toda parte. Não importa o que fizeram com você.O que importa é o que você faz com quilo que fizeram com você.Quem sabe faz agora não espera acontecer. Quem canta seus males espanta. Os cães ladram, e a caravana passa.Amor a gente transmite com os olhos. O certo nunca dá errado e o errado nunca dá certo.Torna-te quem você é.Tudo é permitido, mas nem tudo é lícito.Sabendo o que é certo, é impossível fazer o errado. O que você pensa, você cria.O que você sente, você atrai.O que você acredita, torna-se realidade. A vida é feita de escolhas!!!Gato escaldado tem medo de água fria! O vento não sopra para quem não sabe para onde ir.Somos seres espirituais, vivendo uma experiencia na Terra. Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei.
    Ah... que linda a sua voz dentro de mim, nessa festa de memórias sublimes que você me ensina. Eu também percebo quando você vibra contente com a paisagem da cidade.
A tarde. O rosa do céu. A onda, o mar, o barquinho, o Pão de Açúcar, a janelinha do avião...Ah... como é lindo olhar tudo isso com você!
Como não perceber seu rosto dentro do meu? Suas mãos dentro das minhas, suas palavras na minha voz? Você assistindo a tudo dentro dos meus olhos e nas batidas do meu coração? Você minha alma?
    Como é bom sentir você sempre aqui,inteira, tão perto, tão dentro e me respondendo qualquer pergunta! E o seu amor por mim, tão límpido, tão bom, tão absoluto e fluido. Eu pratico tudo o que você me ensinou. Principalmente as providencias imediatas quanto às minhas intuições. Respeita-las. Obedecê-las. Pratica-las. É quando sinto que tenho as duas cabeças, os quatro braços, as quatro pernas e os vinte dedos nas mãos e nos pés. E os quatro olhos, as quatro orelhas, as quatro narinas, as duas bocas e os dois corações, fortes e principalmente amorosos.Que sou uma deusa preciosa porque você vive mim, me multiplicando em Amor e poderosas centelhas divinas de inteligencia e sensibilidade e por isso faísco a abundancia do Amor.No mais , você sabe como é... Parabéns para você, nessa data, Mãe Mathilde Querida, muito anos de vida! 
Fernanda Correia Dias
in Parabéns Mãe Querida! Muitos anos de vida!



sábado, 7 de setembro de 2019

Borboletas . Arte Fernanda Correia Dias
Borboletas . Arte Fernanda Correia Dias

Ah... Elviram do Ipiranga às margens plácidas
96 anos! Viva e brilhante no meu coração.
Já teríamos ligado cedo para cantar parabéns para você pelo telefone e a estas horas ainda estávamos certamente em algum programa comemorando.
Você estaria nos fazendo rir com suas brincadeiras, ou nos ensinando a dobrar os papelinhos encerados e coloridos para montar os origamis, ou a procurar as palavrinhas nos dicionários. Ah... Como era boa a sua companhia delicada! Muitas histórias seguidas e emendadas umas nas outras, muitas lembranças lindas. E uns haicais? E uns poetas japoneses? Uma pinturinha num envelopinho? Uma notícia do meu signo chinês... Esse azulzinho que você está vestida me lembra um vestidinho que vai ficar ótimo em você: vai ali, abre a porta do meu armário, mais para esquerda puxa para fora o cabidinho que tiver algo azul... Esse! Esse! Vem cá, deixa eu te vestir com ele, vai ficar ótimo, dá uma voltinha, três passinhos para trás, olha nos espelhos da porta do armário, gostou? É seu! Ficou lindo em você. Eu comprei no Havaí. Não cabe mais em mim, mas eu vou adorar olhar para você vestida nele! Ficou ótimo com a sua sandália e essa sua bolsa de palhinha. Falta um chapéu! De palhinha! Pega ali em cima do armário! E lá estávamos nós duas saindo para almoçar na Siqueira Campos ou indo ao Leme, e eu, produzida e vestida por você! Um gesto de carinho seu, comigo, porque me amavas. Assim era também com outros vestidinhos, roupinhas e biquines para irmos à praia. Você me acolhia no seu amor, e eu te cuidava.
Me ensinavas umas bossas novas, uns sambinhas, umas canções, o barquinho... Me ensinavas a dedilhar o violão.
Gostava quando você abria os seus livros para ler um algo muito importante, que eu precisava saber.
Você ia direta e certeira na mensagem que queria me entregar lendo na sua própria voz para que eu ouvisse, enquanto apontava as linhas que lia, ombro à ombro comigo, e o esmalte das suas longas unhas suavemente sobre as letras, me encorajava ao abstrato e descortinava o sentido que aquele parágrafo acrescentava à nossa conversa. Tínhamos mesmo esse hábito de a qualquer hora ou momento nos encontrarmos frente a um específico livro e em seguida você localizava outros complementares e já estávamos no recamier ou sobre o imenso tapete vermelho, sentadas, lendo e localizando.
Eu, semana passada falei de você, para uns amigos atentos, sensíveis e inteligentes, porque precisei falar sobre seu pai, meu avô, de quem herdei o nome, o Fernando Correia Dias.
Falei porque me lembrei de como vocês três, filhas, e a vovó e o vovô tinham a prática de uma excelência em tudo o que faziam, com as mãos, com a inteligência, com os sentimentos e o bom senso. Essa excelência que a maioria identifica como bom gosto, mas que é a extensão de sentimento reunindo inteligência e sensibilidade expressando estética apuradíssima, equilíbrio irretocável. Harmonia.
Isso é tão raro. Tão raro.
Lembrei de até na forma de pousar um talher, de estender uma coberta, de eleger uma única cor, porque nem estou falando de composições, arrumações, harmonizações, mas do modo de agir na necessidade de uma ação, tudo trazia a presença da excelência inédita, resposta  precisa, para aquele instante.
Depois de vocês, essa excelência em naturalidade e equilíbrio, que vocês e diversos,  reconheceram em mim, reconheço na Gaya e na Kenya.
Lembrei dos doces de alfenins de Carlos, seu avô materno, quando recortava borboletas prendendo-as invisivelmente em alfinetes para sobrevoarem as delícias que praticava por prazer e alegria, e também de como Vó Cecília escreveu para Armando Cortes Rodrigues, descrevendo a minha trisavó Jacinta: “...Ora, o que a cultura não lhe deu ela trazia em si com uma força quase explosiva. E era uma mulher de tão bom senso que nunca deixou de resolver com acerto os seus problemas; de tão bom gosto que ainda hoje eu mesma sou a sua aluna de estética; de tanto sentido prático, que conseguiu desembaraçar-se de todas as confusões em que mergulharam dez anos de mortes consecutivas e dinheiros esparsos, e ainda me legou a sua casa ao morrer. Para uma mulher ter atravessado tudo isso fiel às suas saudades, absolutamente só, em suas aflições, é necessário possuir qualidades muito poderosas, que não se encontram constantemente nessa proporção, e com essa eficácia. E não se esqueça que o meio só lhe podia ser adverso.- Cecília Meireles"

Fernanda Correia Dias
in Feliz aniversário, Tia Elvira!

segunda-feira, 29 de julho de 2019

Borboletas
Borboletas . Foto Fernanda Correia Dias

Muito provavelmente você, como eu, não esqueceu, mas não custa lembrar o arco dessa porta por onde todos nós, os netos dela e as filhas dela, passaram.  Isso mesmo, dela, Cecília Meireles.
Uma das primeiras portas das sabedorias mais básicas e primárias nos era contada com muito amor,  tato e afeto, depois que pedíamos desculpas por algo que fizemos sem pensar nas consequências. Vinha em formato de história. Uma história indiana, de um pai escultor que trabalhava com umas tábuas de sândalo  e que separou uma para cada filho, as mais bonitas, com os nomes deles,  e que pendurou na parede... Cada vez que um filho fazia alguma coisa errada, ele cravava um prego logo abaixo do nome do filho e cada vez que o filho  localizava seu erro e pedia desculpas ao pai, ele tirava o prego.
Um dia o filho ficou olhando para o pai e para o furo que ficou na tabuinha... passou o dedo e viu que ao tirar o prego as fibras estavam rompidas. O pai explicava para cada filho, sempre que algum notava: Meu filho, eu tiro o prego, cada vez que você me pede desculpas, mas com a sua sensibilidade, você percebeu que a fibra da madeira está rompida. Assim é com meu coração, com a minha emoção, com o seu e com o de todos. Portanto não faça nada que possa magoar alguém, porque ainda que a pessoa te perdoe sinceramente, a fibra estará rompida, como está aqui. Rompida! Evite fazer qualquer coisa errada. Desculpas quase sempre podem ser evitadas.
 Desilusões e maldades deixam marcas que não se consegue restaurar. E como evitar?

Elas nos entregaram a solução, quando nos ensinaram: O modo é pensar antes de fazer. Pensar se você gostaria que fizessem contigo. Gostaria? Então, não faça!

Minha amiga espanhola, filha de um pai maravilhoso, que criava peças de faiança lindíssimas e trabalhava também com jarros e pratos, hoje, me contou a versão segundo ela curta e bruta, que o pai ensinou para ela e as irmãs. "Fernanda, a sua história é mais delicada e amorosa. Esse pai artista e escultor indiano é mesmo muito sutil e sensível". Mas a história do meu pai também ensina o que a sua história ensina e eu penso que todos devem saber, desde a infância para não esquecer, jamais! É curta e bruta:

“ Pegue um prato e jogue no chão!
-OK! Feito!
Ele quebrou?
_Sim!
Agora peça desculpas para ele.
_Me desculpe!
O prato voltou a ser como era antes?
_Não!
Você entendeu? 
Então? 
Não jogue nenhum prato no chão."

Sim... compreendo, mas essa história, deveria entregar o que elas nos ensinaram:

O modo é pensar antes de fazer. Pensar se você gostaria que fizessem contigo. 
Gostaria? Então, não faça!

Aqui aprendi que posso pensar antes de cometer um erro; aprendi que um erro pode machucar alguém de forma irreversível e que ensinar é mais do que observar o ocorrido e refletir,  mas é entregar como não fazer o errado!


Fernanda Correia Dias
In Portas das Sabedorias
As básicas e primárias

sábado, 6 de julho de 2019


Wonderful Foto Fernanda Correia Dias


Wonderful Foto Fernanda Correia Dias

Experimente ouvir S' Wonderful criada e cantada por João Gilberto, tão amoroso!

Wonderful, marvelous,
You should care for me!
Awfully nice, its paradise,
How I long to be
You make my life so glamorous
You can´t  blame me for felling amorous!

Wonderful, marvelous,
That you shoud care for me!

Fernanda Correia Dias
in Um beijo para João Gilberto, agradecido, da Fernanda.



segunda-feira, 24 de junho de 2019

Espumas . Foto Fernanda Correia Dias
Espumas . Foto Fernanda Correia Dias

Eu levantei a tampa da panela de vapor, e queimei o punho direito.
Acontece que queimei duas veias lilases que vejo no punho, e pus o punho debaixo da torneira da pia.
Ficou muito vermelho. A pele franziu e eu segui fazendo o que precisava.
Em seguida mexi nos vidros, e uma ponto cortou no mesmo punho  justo mais acima de uma daquelas veias... Então lavei e fui sacudir umas sacas e ao alisar as sacas, percebi que só conseguia eficácia e rapidez  se usasse o punho. Mas já tinha usado e já estava ardendo.
Pensei que talvez fosse bom passar um creme... mas qual? Não lembro o nome do creme da queimadura. E todos os disponíveis estão com datas vencidas? Ah... lá se vão todos para o lixo e na manobra tocam o punho e torna a arder, meu pobre punho!
Venho fazer uma pesquisa de como desemperrar a janela de bandas de vidro que não fecha, e pronto! Arranho o punho no martelo que estava antes do teclado e decido postar essa trapalhada para não me meter em arranhar mais o punho!
Cá estou postando e lembrando que quando nos machucamos, devemos nos proteger e nos cercar de proteção tão logo o possível, porque o que estava ruim sempre pode piorar mais do que estava. Mesmo que você cuide é preciso guardar o punho. Guardar, isso mesmo! Fazer guarda, estar ao lado curando, observando e afastando de todos os impulsos.
Lembrei do meu amigo que me dizia, “ basta errar no corte da unha do pé, que em seguida, você topa num degrau e afeta aquele dedo, depois alguém te pisa e por aí vai!”
Assim sendo, não devo sair das minhas sólidas espumas, hoje. 

Fernanda Correia Dias
In meu punho, carpo ou pulso!                

sábado, 22 de junho de 2019

Ipanema. Foto Fernanda Correia Dias

Para onde vamos? Vamos para Ipanema, vou passar na casa de uns amigos e amigas, deixar uns presentes nas portarias, mas depois voltamos para cá. Como está a Senhora? Estou bem, Altair, mas com uma saudade imensa da minha mãe e uma vontade de comer o frango com quiabo que ela fazia só para mim e para ela.
E por que a Senhora não faz e come? 

Vi a cara do Altair quase colada na minha! O corpo todo virado para trás do carro! Aquela manopla dele em cima do encosto do assento do carona! Os olhos saltando da cara!
Por quê? 
Ora... Altair! Porque não aprendi. Ela me ensinou a fazer bolinhos de arroz crocantes, chuchuzinho picadinho em quadradinhos mínimos, com mini camarões para comer com arroz branco de alho e sal, como ela fazia e outras maravilhas, mas frango com quiabo... não...E eu adoro! Também não aprendi a fazer os livrinhos, que  ela fazia naquele tamanho de micro-livro, cabendo dentro da concha da colher de sopa!E não aprendi a fazer a canja de hortelã, tomates, galinha, batatas, arroz e cenouras, que ela me trazia quando eu estava muito fraquinha...
Livrinhos? 
É, Altair! Ela fazia tripas,dobradinhas, cortadas em retângulos, que abríamos como livrinhos. Com salsas, rodinhas de cenouras, cebolas, toucinho, feijão manteiga , louro! Ai, que saudade da comida da minha mãe!
Mas é muito fácil, fazer o frango com quiabo, Dona Fernanda!  
Ah, Altair, você não me conhece... Eu escolho uma receita num livro, leio e faço. Dá sempre certo,fica sempre ótimo, porque os autores são ótimos, mas... se não tiver o livro aberto, não sei fazer não... Mas eu gosto de ler receitas, como poesias... Sou diferente dos meus irmãos que cozinham muito bem. São mesmo excelentes na gastronomia. Eu as vezes sei fazer tudo, e chego na cozinha e faço comidas incríveis e bolos, doces e biscoitos fantásticos e no fim, não explico como fiz, porque nem eu sei. É uma outra  alma, uma outra Fernanda que me habita e que sabe mais do que eu, e que cozinha com minhas mãos! 
Mas para todo dia, sou eficaz na decoração do ambiente, da mesa, das cadeiras, das luzes, com as porcelanas, as travessas, guardanapos,  arranjos de flores, música...sou rápida, inteligente, sensível e pratico o bom gosto! Daí, que quando a comida não é tremendamente elaborada, ela fica deliciosa com a soma da beleza do ambiente. Nisso eu sou muito experiente e eficiente.
As comidas que eu mais gosto, são na maioria, as feitas pela a minha mãe. E essas, eu não domino todas. E sei que meus irmãos também não sabem fazer como ela fazia. Porque ela era muito singela. Singular. Enxuta.
Uma comida de hospital! Meus irmãos diziam. Com assepsia, água, alho, cebola e sal. 
Mas eu gostava! Foi assim que aprendi e comer tomate com gosto de tomate, batata com gosto de batata... compreende?E ela me ensinou a gostar dos gostos que as coisas tem. De vagens, todas as folhas, abobrinhas e berinjelas, quiabos, bertalhas, essas coisas maravilhosas da natureza e que a maioria não sente nenhum prazer. Eu sinto,prazer no gosto específico de cada legume, tuberculo, vegetal, grão...
Então. Por gentileza, pare aqui. me espere. Vou deixar com aquele porteiro.

E assim seguimos até o momento que Altair me diz que ele vai me ensinar a fazer frango com quiabo.
Dona Fernanda, a Senhora vai no mercado e compra quiabo. Lava. Corta em rodelinhas, põe numa panela com água e com uma colher de pau, vai rodando a colher. Põe o escorredor de macarrão dentro da pia e quando a baba do quiabo estiver pesando para rodar a colher, pega a panela com quiabo e vira dentro do escorredor de macarrão, que está aguardando, dentro da pia. A baba desce e a Senhora devolve o quiabo para a panela e põe água e leva ao fogo novamente. Duas vezes, as Senhora tira a baba. Depois em outra panela, faz seu tempero, corta o frango em pedacinhos e leva o quiabo para cima do frango. Vai rodando a colher de pau. Põe a tampa da panela, deixa tomar gosto, prova e desliga o fogo. Faz um arroz de alho e serve os dois juntos!
Só isso Altair? Simples assim?
Tá... então me leva para o estacionamento desse supermercado e me espera que eu vou lá comprar o quiabo.
Quando encontro com os quiabos, vejo a manopla num quiabo e uma voz atrás da minha cabeça, me dizendo: Eu vim aqui, Dona Fernanda porque se a Senhora não souber escolher o quiabo, minha receita vai dar toda errada!
Escolher como?
Olha para a minha mão: pegue o quiabo e com o polegar, force o rabinho do quiabo para o lado. Se der um estalido e quebrar, vai para a panela. Se não estalar, não leva!

Escolhi como ele me explicou. Morri de rir com a presença dele, garantindo que tudo daria certo.
Deu.
Fiz exatamente como ele ensinou. Ficou ótimo. Comi tudo. Ficou igualzinho ao quiabo da minha mãe, Maria Mathilde. Igual.
Meu tempero para o frango é colocar junto no fundo da panela e antes do frango:
cebola, alho e sal.


Fernanda Correia Dias
in Altair e a receita de quiabo para suavizar 
as saudades da minha mãe. Maria Mathilde.
Ou, o carinhoso Altair!



segunda-feira, 17 de junho de 2019

Último lance das escadarias do jardim da casa da Vó Cecília Meireles no Cosme Velho
Foto Fernanda Correia Dias

Parte a haste onde pousas.
Parte o voo da ave.
Leva na ponta da asa,
o cristal da minha nave.

E mesmo que ainda lave
a flor de ar que te leva,
não sigo o segredo que flore
na dança da suave esfera.

Feita de sombra e de lacre
confiada a simples mensagem,
some no espaço que larga
as rédeas da carruagem.

Fernanda Correia Dias, 
Rua Smith de Vasconcelos, 30. 
1971

Este poema acima, escrevi quando retornava para casa. Subi as escadas do jardim correndo, as escadas de acesso ao meu quarto, agarrei um papel e uma caneta, escrevi, depois tirei toda a roupa e caí na cama. Mais tarde, peguei o poema escrito aos garranchos e desci com ele na mão até o patamar do primeiro lance de escadas, onde eu via minha mãe sentada na poltroninha de seda amarela , lendo. Avisei para ela: Ouve o que eu escrevi! E li. Ela olhando para o livro no colo dela, me respondeu: Fernandinha põe esse poema no arquivo que você tirou.Perguntei: Qual? Ela continuou: o arquivo de sua avó, a minha mãe, Cecília Meireles! Não, Mãe... esse poema não é da vovó. É meu. Estou lendo para você me dizer se gostou. Eu não tive nenhum trabalho, ele surgiu assim, inteiro.
Leia novamente, ela me pediu e eu li. Ela me disse, Fernandinha, esse poema não foi escrito por sua avó? Ponha lá no lugar que tirou! Respondi, eu não posso fazer isso. Eu escrevi esse poema horas atrás, porque ele apareceu assim, inteiro em mim. Eu vinha da escola, a pé, e ele veio tomando conta de mim, para não esquecer, como já esqueci vários, escrevi correndo e sem folego para fazer boa letra. Ficaram esses garranchos.
Escrevi nesse papel das maçãs que comprei no mercadinho ontem.O primeiro que encontrei.
Para mim, é um elogio você me dizer que eu tirei da pasta da vó Cecília, mas vou te informando logo: Não posso levar para a pasta, porque fui eu que escrevi. 
Ela endureceu e insistindo, me fez chorar. Depois me abraçou me consolando e me disse: Muito bonito, meu amor, mas muito parecido com os poemas de sua avó Cecília. Perguntei, sentada no colo dela e abraçada por ela: Sabe o que é? Não. O que é? Uma lágrima. Uma lágrima descendo do rosto. Uma lágrima?  Leia novamente! ela me pediu. Eu li. Muito bonito, Fernandinha! Mais bonito ainda depois que você me contou que é uma lágrima.
Fernanda Correia Dias
in Meu primeiro poema inteiro



sábado, 15 de junho de 2019

Ouvi dizer . Foto Fernanda Correia Dias

Ouvi dizer que você cria “filhos para o mundo”.
Entendo essa afirmação um tremendo equívoco.
Porque eu crio filhos para jogarem no meu time. Para serem meus parceiros. Para defenderem
os nossos interesses. Porque o que queremos para nós é o certo. E se é o certo para nós, também é e será o certo para eles ou não. Ainda que discordem, estamos juntos.
Claro que crio filhos para pensarem como livres pensadores. Porque eu acredito que o livre pensamento, permite que as ideias possam ser ampliadas. E por isso sempre fui permeável a compreender o que eles  trouxeram como verdade. E praticamos as permeabilidades.
Toda verdade é bela. Ser permeável não significa dizer que concordo absolutamente, Ipsis litteris. Não. Ser permeável significa dizer, que posso ouvir, entender os argumentos, mas discordar também. E da parte deles, o mesmo.
E não é garantia de ter compreendido ou absorvido que me faz concordante ou discordante. Porque o Amor é rápido para compreender, mas a Razão é sempre muito exigente e lenta. É onda batendo até apurar essências. Assim, fico muitas vezes digerindo longos assuntos e nem sempre tenho uma impressão consolidada. Rondam perguntas que não se submetem à extinção. E isso vai até onde ressurgem outras águas.
Fato é que eu sempre encontro respostas provisórias que me contentam e maioria dessas respostas ,vão alterando colorações, medidas e pesos do absoluto.
No mais é viver e viver. Criei filhos para serem meus melhores amigos, como fui e sou dos meus pais e irmãos. Criei filhos com a consciência que devem ser ajudados mutuamente, que devem ter seus filhos, porque é muito bom ser mãe, tia,filha, família!
Quando me chamam,  eu sempre me levanto com a consciência que sou mãe, filha, neta, irmã, tia, prima, sobrinha e amiga. Estão todos dentro de mim, presentes. É com todos eles que caminho todos os dias. Se você não os vê, eu o vejo e os vejo. Por fora e por dentro de mim.
Fernanda Correia Dias
in Por fora e por dentro de mim



Flor da Palmeira. Foto Fernanda Correia Dias
O Amor é a Perfeição da Consciência. Cecília Meireles

Estou cheia de historias que não se repetem, porque assim é a vida, e a cada folha da mesma palmeira, uma nova folha, semelhante, mas nunca a mesma! E é assim, que a palmeira vai alcançando a Perfeição. Tudo de uma palmeira tem valor. É a arvore da vida. Assim , toda vez que vejo uma palmeira ou desenho, penso na Consciência que o Amor alcançou.
Mas você precisa aprender que o Amor é a perfeição da consciência, tal como Cecília Meireles e Tagore alcançaram! Essa perfeição da consciência que Jacinta, avó de Cecília Meireles, praticou com a neta e as bisnetas. Disso somos feitas aos dias de hoje. Cecília ampliou quando percebeu o Amor na Clarividência, percepção direta pela alma. Minha mãe Maria Mathilde era implacável clarividente. Se eu telefonasse para ela, com a intenção de informar, antes mesmo de qualquer explicação, ela me dizia com Amor:" Já sei!  Você está grávida!"O mesmo viveu a minha irmã, que ligou semana seguinte e ouviu: "Já sei! Você também está grávida!" Mas isso aconteceu também na segunda gravidez, três anos depois. Na minha e da minha irmã, e em muito mais! Ela nos amava tanto e tinha sua alma tão presente, que tinha premunição, pressentimento, advertências, avisos, respostas, presságios. Uma sobrenaturalidade espontânea, que unânimes , todos reconheciam. 
Forte sentimento. Convicção. Ela também previa o futuro. Sendo sempre procurada, por alguém que precisava de uma palavrinha. Eu reconhecia nela uma eterna jovem brincalhona portadora de um espírito muito antigo e tremendamente experiente. As saídas para impasses, eram brilhantes, surpreendentes e impensáveis.
Essa Perfeição de Consciência, uma raridade, encontrei nas minhas tias maternas, mas elas mesmas insistiam que minha mãe, era Hors Concours!  Ela era a própria Perfeição. Era completa. Incapaz de exercer qualquer malvadeza, crueldade ou desvio de caráter, enquanto estive ao seu lado.Uma mulher linda.
Não foi uma criança fácil, enquanto interna na escola, por não conviver com facilidade com a injustiça e o desequilíbrio. Com a falta de valor da palavra. Não concordava com ouvidos moucos, visões turvas, faltas com as verdades e era confundida com rebelde. Mas a Perfeição passa pela Consciência de Justiça, do Equilíbrio e da Harmonia. Assim, estava sempre de castigo injustamente.
Um exemplo? Ganhou um jogo de raquetes e bola, de ping-pong de sua mãe para jogar com as irmãs na escola. As colegas pediam para jogar um pouquinho e não devolviam. Não tinha a chance dela jogar com as irmãs. Dava o sino, encerrado o recreio, precisava retornar para a classe, mas pedia ajuda ao coordenador, para que devolvesse a ela o ping-pong que confiscou.. O coordenador pela conversa e sucessivo atraso, lhe suspendia no recreio do dia seguinte, mas entregava às colegas jogo de ping-pong dela. Nem as irmãs podiam jogar!. No dia possível, ao ver a cegueira da justiça na coordenação da escola, ela dava sua própria solução: Na primeira oportunidade, sumia com a bola. Na segunda, quebrava as duas raquetes. Retida no fim de semana, por castigo pelo ocorrido,  dormia sozinha no dormitório do internato. Solitária, triste e insone com as injustiças, costurou todas as pernas e mangas das calças dos pijamas das colegas malfeitoras internas e no dia seguinte estava de castigo para o próximo fim de semana! Novamente, sem direito de sair para visitar e passear com sua mãe.
Os bilhetes que escrevia explicando para a mãe e irmãs o ocorrido, não lhe dava chance de reverter a prática de sucessivas injustiças dos educadores. Havia sido matriculada pela mãe, no Instituto La-Fayette, em regime semi-interno, aos 11 anos. Ela e as irmãs. Porque seu pai, em novembro de 1935, cometera o suicídio e sua mãe concentrava-se em produzir receita para o pagamento dos estudos das três filhas órfãs. Na época, essa era a escola melhor equipada, a mais moderna e avançada.
Num dia, apaixonou-se por um filhotinho de gatinho que trouxe da rua , perdido, para salva-lo do abandono. Guardou o gato num dos vasos gigantes de porcelana, da ante-sala do Diretor. Deu leite ao gato. Descoberto o mini-gato no vaso - porque ambos miavam, ela e o gato, no corredor - perguntaram para ela se ela sabia quem tinha posto o gatinho dentro do vaso. Respondeu que foi ela." Para salva-lo." Mostrou que deitava o vaso para o gatinho entrar e para ele sair... até que escapou o vaso do apoio da mão, e quebrou, enquanto demonstrava ao Diretor. Nesse mesmo dia,  o Sr. La-Fayette pediu que ela comparecesse ao seu gabinete para conversar, em particular e pediu para que ela prometesse para ele, que nunca mais faria "artes". Que foram várias! Que ela estava sempre de castigo! E perguntou o por quê? Ela explicou ao Sr. La-Fayette,  das injustiças que os coordenadores cometiam diretamente com ela e que ela não podia prometer nada para ele, nem mesmo para ela mesma, para a Consciencia dela. Porque ela poderia falhar. E com promessa não se pode falhar, mas que ela iria conversar diretamente com ele, toda vez que alguém cometesse alguma injustiça com ela, para que ele não deixasse ninguém puni-la por conclusões injustas.
Assim fez, assim nos ensinou, que devemos confiar na Justiça. No Equilíbrio e na Harmonia.


Fernanda Correia Dias
in O Amor é a Perfeição da Consciência.
Babaçu, buriti, carnaúba, pupunha,
árvores da vida, palmeiras onde
 tudo se aproveita







sexta-feira, 14 de junho de 2019

O avesso da flor. Foto Fernanda Correia Dias

Você já deu de presente uma máquina de lavar roupa novinha e da melhor marca para alguém,  com 4 filhos? Já deu de presente um som três em um, com rádio, vitrola e toca-fitas, para alguém que sonhava, um dia poder ter um aparelho assim...? E uma geladeira? Um fogão? Um cavaquinho, que era o sonho do rapaz? Um caminhão de tijolos? Dois caminhões? Uma coleção de roupas e calçados, da loja que eles sonhavam? E um faqueiro completo de 130 peças? Você já realizou o sonho de alguém?
Eu já.
Esses e muitos outros.
Quem pagava? Eu. Meu dinheiro. Meu trabalho.
Eu fazia isso no Natal e em aniversários. Quando essas pessoas sequer imaginavam que um dia poderiam ter seus sonhos atendidos. Que fará, atendidos por mim.

Você já conheceu alguém  que sentado na mesa entre jovens, crianças e idosos, servia-se primeiro que as crianças, os idosos e as mulheres? Eu já.
É muito indelicado alguém não perceber, que primeiro, deveria  servir as crianças, os mais velhos, as mulheres e por fim os homens...

Você já tirou uma maçã da bolsa para comer e antes de morder, ofereceu aos amigos presentes? Alguém aceitou? Eu sempre tirei maçãs das bolsas, sempre ofereci aos presentes e nunca ninguém aceitou...
Eu sempre servi  todos à mesa, antes de me servir.
Você compreende esse gesto? Você agradece, profundamente, quando recebe?

Você sabe por quê isso nunca estará fora de moda?
Porque isso não pertence à moda.
Isso pertence ao Amor.
E também ao Amor a si mesmo e ao próximo.

Você sabe de que são feitas as pessoas que tem amor ao próximo?
De amor .
De amor. De abundancia de amor.
E o resultado da abundancia é a gratidão.
Amor por si mesmo. Amor pelos outros.
O poder de fazer pelos outros.

Eu tenho amor ao próximo e aprendi a externar.
Você pensa que você nasce sabendo? Quase sempre, isso sim, sob amor, sim. 
Você mesmo sabe e por isso, se ensina,  mas...

Você pensa que você é mais forte ou mais poderoso e importante porque é servido por mim? Porque ganhou presente que eu te dei? Porque te consagrei a algum privilégio?
Estás tremendamente equivocado!
Engana-se. Isso se chama Vaidade.Você ainda não olhou para dentro de si mesmo. Não encontrou o Amor. Não se enxergou.Não teve força de opor-se à sua presunção.
Experimente.
Experimente o Amor.

Fernanda Correia Dias
In O avesso da flor





quinta-feira, 2 de maio de 2019

A Nova Renascença Brasileira . Revista A Águia . 
Foto Fernanda Correia Dias
A Nova Renascença Brasileira . Revista A Águia . 
Foto Fernanda Correia Dias

Leio na placa acima:
À REVISTA A ÁGUIA E AO MOVIMENTO 
DA RENASCENÇA PORTUGUESA
HOMENAGEM DA NOVA RENASCENÇA 
E DA CAMARA MUNICIPAL DO PORTO 
 1 DE DEZEMBRO DE 1950

A dimensão do descaso à Educação Brasileira , agiganta diariamente. 
Talvez um aplicativo de Universidade da palma da mão, fosse a minha proposta para a revolução educacional. O celular, tem educado mais que qualquer escola. E os recursos são inúmeros. Desde os recursos para pesquisas com filmes, textos, entrevistas, acesso a  todas as bibliotecas digitalizadas, etc, até aulas gravadas para acessar a qualquer dia e qualquer hora, ou  para entrevistas face to face, nacionais e internacionais. 

Então eu lembrei da importância da revista A Águia  como órgão de ação sócio-cultural e por isso, educacional na Literatura, Arte, Filosofia, Critica social e Ciencia, reunindo inteligencias e sensibilidades em 1910 e isto já era uma Universidade na palma da mão com a capa e estrutura física criada por meu Avô Fernando, trazendo a assinatura e presença dele Correia Dias em todas as capas!

Isso sim é que é querer e trabalhar para o movimento e sucesso da renascença portuguesa. O mesmo tem que ser feito urgente no Brasil. São novos tempos, somos um país gigante, mas as comunicações são leves e recursos bem investidos levarão acessos fáceis e à lonjuras impensadas.

Cansei de ouvir e ler nos jornais e nas cronicas da minha avó Cecília Meireles, sobre educação muitas datadas ainda quando da sua sensacional tese O ESPIRITO VITORIOSO,
sobre a solução para a  Educação Brasileira. Atualíssimas, todas! Cento e um anos depois!!!
Não basta ter a vontade política ou as verbas, falta aplicar as mesmas ideias dela, nos novos meios, que permitam uma prática mais ampla educacional. Uma universidade em praças? Duas? Quantas? Em Aldeias? Espaços para esses encontros e trocas ou dentro de sua própria casa, maloca ou apartamento ?

Não leio mais jornais nem assisto noticiários porque as noticias são sempre as mesmas: A falta de vontade política de resolver. Que as empresas e empresários, movimentem-se o quanto antes para o desenvolvimento de aplicativos universitários, habilitando interessados nas suas áreas imediatamente. E se necessário, ambientes para as práticas presenciais.

Não somo ao coro das reclamações. Me interessam as idéias, o novo modelo mental, as novas ideias ou as mesmas revisitadas. É preciso propor resposta para esse caos. Eu ainda não tenho a resposta, mas sei que a Universidade tem que migrar o mais rápido possível para a internet, como fizeram a música, o cinema, o turismo, as enciclopédias, os hotéis, as páginas  amarelas, as telefonias, as mídias sociais, os classificados, as fotografias, as locadoras de veículos, as lojas, as montadoras, os correios, os GPS, os bancos, os arquivos nas nuvens, a web, o coach  que mudou a forma de aprender, pensar e agir.
Não é só a logistica do aluno chegar ao local universitário, mas da universidade chegar ao aluno.

Vamos viver esse assunto com respostas. E é para já.

Li aquela frase de Confúcio: Se o seu plano é para 1 ano, plante arroz. Se seu plano é para daqui dez anos, plante árvores. Mas se seu plano for para durar cem anos ou mais, eduque crianças.

Fernanda Correia Dias
in Educação já ou a A Nova Renascença Brasileira, já!
Homenagem aos grandes educadores, 
Cecília Meireles, Fernando Correia Dias,
 Helio dos Santos, Heitor Vinícius Grillo,
Maria Mathilde Meirelles





domingo, 28 de abril de 2019

A arte da utilidade . Foto Fernanda Correia Dias
                                        A arte da utilidade . Foto Fernanda Correia Dias


Repare o controle dessa estética.  A simetria das  formas e das cores. Das texturas. A noção de par. Que por mais obvia que seja, poderia ser construída de outra forma. Por exemplo, o segundo pé seria o seu oposto. onde claro, no outro escuro e vice -versa.
Repare no modelo de calçar. Poderiam ser duas tiras paralelas, sobre o peito do pé. Não são.
Elas deixam o pé mais exposto, mais livre, e apenas emprestam  reforço para a sola do pé.
São leves e atualmente estão com aproximadamente 40 anos de uso.
Quantas sandálias você tem com essa idade em uso? Com essa beleza? Você sabia que elas são de palha natural? Sabiam que elas não afetam em nada o ambiente? Não poluem?
Por que você não tem?
Eu tenho e uso.


Fernanda Correia Dias
in Quando os seres humanos sabiam mais