sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Ano Novo Chegando . Fotógrafa . Fernanda Correia Dias

Ano Novo de 2018 está chegando, é rosa, iluminado, justo e bom.
Virá para mim, para Telma, para Angeligna, Faria Leite...Grazielle... 
virá para todos os seus, os meus e o mundo!
E o que era escuro ficará claro, e o que tinha pesadas nuvens será límpido céu azul, porque a vida é dinâmica, é para frente e viver é muito bom sempre!
Entro em 2018 com minhas roupas e acessórios preferidos!
Adoro andar pelas ruas, destas florestas tropicais, de short, sandália e guarda-chuva!
Beijo!
Fernanda Correia Dias
in Feliz ano de 2018



sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Fernando Correia Dias . Diário de Notícias . 28 de junho de 1931 . 

Hoje, 10 de novembro, nasceu Fernando Correia Dias e era o ano de 1892.
Assinando Correia Dias na maioria de todos os seus trabalhos, também grafava CD em cursiva ou Tira-linhas. Pintor, desenhista, caricaturista, gravador, escultor, paisagista, ceramista, ilustrador de livros, jornais, revistas, ilustrador de tecidos, de tapeçarias, criador e desenhista de mobiliário de interior e de jardins, decorador de interiores e  fachadas de residencias e prédios, de espaços públicos pioneiros, tal como a primeira biblioteca infantil do Brasil, no Rio de Janeiro, Pavilhão Mourisco em Botafogo!

Idealizador, produtor e realizador do Álbum do Brasil ao rei Alberto I da Bélgica quando da primeira visita de um monarca europeu à America do Sul, que consistiu em artes literárias e gráficas, documentos fotográficos, pedras brasileiras preciosas, consolidando a amizade de Brasil e Bélgica! 

Nasceu na casa de seus avós maternos na Penajóia, Lamêgo, Portugal.
Chegou ao Rio de Janeiro em 1914 , aos 21 anos, para expor 100 trabalhos de pinturas, esculturas e caricaturas depois de tremendo sucesso em Lisboa, tal como leio na Revista Ilustração Portuguesa em quatro páginas, trazendo na segunda capa, inteira o retrato à cores da exposição, realizado por ele mesmo!

Criou a capa da revista A Águia, aos 17 anos, onde na capa se lê a assinatura de Correia Dias por 22 anos! Revista mensal de literatura, arte, ciência, filosofia e critica social publicada no Porto(Portugal) só com inéditos. No segundo ou terceiro exemplar, estréia o poeta Fernando Pessoa, que anota em sua agenda pessoal a importância de O Correia Dias...!

Virtuoso nas suas técnicas, fluído no seu raciocínio, inteligentérrimo e sensibilíssimo, profundamente culto, admirado e consagrado por toda a imprensa nacional e internacional como O Irrivalizável Correia Dias, foi capaz de fixar Charlie Chaplin em 1931 em poesia de 11 traços e essa inquestionável presença de espírito em eloquência e essencialidade. Um gênio.


Fernanda Correia Dias 
in O Irrivalizável Fernando Correia Dias ou
O Correia Dias

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

7 de novembro ! Nascimento de Cecília Meireles!

7 de novembro ! Nascimento de Cecília Meireles!

ÚNICA!   ÍMPAR!    RETUMBANTE!!

Você não sabe o que é retumbante?
(que retumba, que provoca grande som, grande ressonância!)

UMA DEUSA, escreveu Drummond. EXATA, escreveu Bandeira. PROFESSORA DA ARCÁDIA, escreveu Vinícius. NEM TUDO ESTARÁ PERDIDO ENQUANTO NOSSOS LÁBIOS NÃO ESQUECEREM TEU NOME:CECÍLIA! escreveu Quintana.

Parabéns, Cecília Meireles!

in Entre duas datas: Viva para sempre.
Fernanda Correia Dias

domingo, 15 de outubro de 2017

M, G e Sant' Anna . Foto Fernanda Correia Dias . Copacabana
M, G e Sant' Anna . Foto Fernanda Correia Dias . Copacabana

      Tão logo entrávamos na sala  de estar, eu pedia para  me levantarem no colo, para que eu pudesse ver os santos nos oratórios que estavam sobre as cômodas. Conversar com eles. Ouvir o que diziam através dos gestos, olhares e quem eles eram. Reconhecer. Lembrar o que fizeram de exemplar pela humanidade.E aprender que era importante saber o que era importante e querer para a minha vida o importante. Eu lembrava daquelas biografias mínimas e importantes.
      Arrumados nas prateleiras internas do oratório, tal qual foram deixados por Jacinta, eles tinham uma ordem por amizade, entre eles, que minha mãe e minha avó conheciam e se não estavam exatamente onde deveriam estar, elas corrigiam as posições e eu também gostava de avisar . Elas deslocavam para cima, para baixo, para os lados, para frente e para trás e me deixavam colocar as flores que eu trouxe do jardim nas jarrinhas do oratório. Me ajudavam a fazer isso. Na maioria das vezes, meu avô ou minha mãe me pegavam no colo e minha avó pertinho ia me contando as histórias. Os três sabiam. Os três respondiam minhas perguntas.
Eu gostava de perguntar e de ouvir os nomes e o que fizeram. Eu ficava no colo deles, como aquelas crianças ficavam no colo dos santos e santas... Elas me mostravam o cãozinho de Lázaro, as chaves de Pedro, a lança de Miguel, Francisco e as pombinhas, as crianças de Fátima, a escada e a cruz, o coração de Jesus, os braços de Antonio, que se chamou Fernando segurando o neném e os lírios, Cecília deitada no chão, Cristóvão com o menino no ombro atravessando a inundação,  as cabeças, as coroas de espinho, os mantos, os pés descalços, as mãos nuas, eu lia nos sinais e concluía toda vez que ouvia os nomes...Sebastião, José, João, Paulo, Joaquim, o Anjo da Guarda, Therezinha, Maria!
Eu gostava de olhar para eles, conversavam em silencio, com gestos, eu ouvia o que diziam...
       Se as portinhas dos oratórios estivessem fechadas, eu pedia para abrirem, e eles pacientemente buscavam as chaves na gaveta de chaves, uma gaveta interessantíssima, cheia de chaves muito antigas, daquelas de ferro, escuras e imensas. Algumas em molhos, presas por argolas, também reunidas por serem só de armários de roupas, das alfaias, da portas de cristaleiras, das gavetas das cômodas...outras de portas, portões,  até as mínimas, bem pequeninas que abriam caixinhas de madeiras... 
     Entre todos os santos e santas dos oratórios estava a Sant' Anna! Gostava de olhar para ela e depois ir para a biblioteca com a vovó Cecília Meireles para ela ler para mim, como a Sant' Anna! Com o livro aberto lendo para a netinha, Sant´Anna parecia muito com a minha avó quando ela lia para mim e mais tarde,  como minha mãe lia para as netas Gaya e Kenya, minhas filhas.
Jacinta, Sant' Anna, Mathildes, eternas professoras ensinando o que é importante para todos nós fazermos sempre melhor do que o que já foi feito. A excelência.
      Jacinta que era açoriana da Ilha de  São MIguel, analfabeta e muito sábia, de coração precioso e bem formado, deixou estes dois oratórios, onde ela provavelmente bebeu parte de toda a sabedoria que possuía e que eram realmente dois livros sólidos, tridimensionais, de imagens totalizadas em beleza, cheios de histórias de biografias inspiradoras de vidas passadas, que as imagens reunidas ali como pessoas amigas, contavam com sinceridades de humildades e gestos e que educou sua filha Mathilde-professora, sua neta Cecília-professora, suas netas Marias-professoras e as bisnetas também Marias-professoras...
      O livro sagrado explicava melhor cada um, o que fez e por quê fez, cada santo, santo!
      O sagrado livro que me ensinou que a literatura é a verdade do homem, escrita.
      O livro sagrado, precioso,  os livros sagrados, preciosos, as vidas sagradas para nos ensinar a sermos melhores que nós mesmos. Essa era e é a introdução da minha infância no livro da minha vida que eu levo para onde vou na memória e no coração. O Amor por nós e por todos nós. O Amor.

Fernanda Correia Dias
in aos professores que professam ou profecias.



terça-feira, 10 de outubro de 2017

10 anos de saudades de Maria Mathilde. Nossos barcos. 
Foto Fernanda Correia Dias

Só barcos na armação
Balançando.
Brancos. Azuis. Vermelhos.
Sobre a água clara.

Com legendas:
Flor da água
Meu repouso
Berço de Yara

Balançando
Pousados
Cheios de garças,
Gaivotas; Flamingos
Pensativos
E sonhadores

Ao por do sol
Cansados, sonolentos
Balançando
De um lado para outro
Cobertos de luar e de estrelas
Dormem nos meus olhos
Dezenas deles...

Maria Mathilde Meirelles Correia Dias

in Saudades da Mamãe, 10 anos
Fernanda Correia Dias

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Maria Mathilde e Fernandinha . Copacabana . 1960

Então vamos comemorar seu aniversário assim: o dia com Maria! O filme Mary Poppins ainda nem tinha sido lançado no Brasil, mas você já chegava com sua famosa bolsa que nós dizíamos que era de Mary Poppins e ia tirando abatjour, sapatos, chapéus, casacos, biquines, bolas de plástico de praia para assoprar, espelho e nos ensinava truques que praticávamos num estalar de dedos,em colocar todos os brinquedos em ordem, num passe de mágica, para trocarmos de roupas e irmos para a praia com você, acompanhadas daquela pergunta: Pernas para que te quero?!!!! Vamos!!!! Que aventuras teremos hoje?
Uma felicidade! Você conversava com sabiás, bem-te-vis, pardais e conversava com sua sombra, com as nossas ou com sua imagem no espelho e com as nossas e ria de você, dizendo gracinhas! Dançava na praça conosco,nos ensinando passos que repetíamos até acertarmos o ritmo e nos ensinava palavras enormes como anticonstitucionalissimamente e explicava o significado: oposto à constituição!
E constituição??? você nos dizia_ Conjunto de leis que regulam a vida, como por exemplo: Bento que bento é o frade, Frade! Na boca do forno, forno! Faremos tudo que seu mestre mandar?Faremos todos! E se não fizermos? Ganharemos um bolo!!!
 E nos ensinava a falar ao contrário, de trás para frente: etnemamissilanoicutitsnocitna, e explicava como ler de trás para frente, encontrando outra som daquela outra palavra...para nos surpreender nos ensinava que arara, ovo, osso, asa, rir e reler de trás para frente e de frente para trás, lia-se igualzinho e era a mesma coisa e o mesmo som... Eram Palíndromos!
Se tivesse um quadro negro com giz e apagador, pegava um giz em cada mão e simultaneamente escrevia seu nome completo em várias versões: 1. Mão esquerda começando pela última letra do nome, (ia escrever de trás para frente) e mão direita ia escrever seu nome pela primeira letra; então começava com as duas mãos juntas e terminava com os dois braços bem abertos. 2. As duas mãos escrevendo simultaneamente para a mesma direção: tanto da primeira letra para o final, quanto do final para a primeira letra; 3. Ia escrever seu nome com os braços abertos tipo Cristo Redentor e ia terminar simultaneamente com os dois polegares se encontrando num único ponto central !
Era um show! Nós tentávamos, mas... só você conseguia! 
Você brincava nos desafiando ao mais impossível quando você conseguia tocar a ponta do nariz com a ponta da língua e todos nós tentávamos em vão!
Eram muitos risos! Muitos!
Por onde andava distribuía amor com seu sorriso lindo e seus olhos de espelhos verdes e cinzas, assim aprendíamos a gostar de ver vitrines, escolher o que houvesse de mais bonito na vitrine, fosse do que fosse... sapatos, bolsas, luvas, lenços, louças, canetas, doces... Aprendíamos a gostar de passear em cavalinhos de carrossel, entrar dentro das pinturas de paisagens e passear ali dentro das tintas e imagens, conversando sobre o que estávamos vendo e em seguida sobre o que tínhamos visto...o... um algo inesquecível.... que tínhamos que nos lembrar e contar para quem encontrássemos, o que e como vimos! E sempre tínhamos novas  palavrinhas para trocar, mesmo com os recém-conhecidos, que nos julgavam simpaticíssimas,, inteligentes  e com excelentes diálogos !
Perfeccionista você nos dizia:  Bem começado já é meio trabalho! ou bem iniciado, quase terminado.ou...Faça certo de uma vez,  para não fazer duas vezes! e se reclamávamos de estarmos cansadinhas, você nos animava e ainda nos anima: Cesteiro que faz um cesto, faz um cento!
Talvez todos quisessem comentar suas inumeráveis qualidades, num único instante, e como não conseguiam, diziam: A Mathilde é muito inteligente, é incrível! A Mathilde é maravilhosa, A Mathilde é a Super-Mathilde, e todos comentavam  sua beleza e disposição. Esse enfrentamento da vida com lealdade  e espontânea coragem. Tão raro, mas, tão raro que depois da praia, do museu, da galeria, do banho, do almoço, das brincadeiras você nos avisava: Levantar acampamento! Tchau Viruchinha, vou com meu bando, minha tropa, para o cine-hora ver o gato e o rato e o Charles Chaplin, depois prometi que íamos ao Parque Lajes, antes dos portões fecharem! 
E fácil, fácil, levantávamos acampamento alegres, repetindo brincadeiras sonoras, com você, assim: No reino da Mafagafa, mafagafavam cinco mafagafinhos, quando a Mafagafa, mafagafava, mafagafavam os cinco mafagafinhos...
Beijo, única!
Te amo!

Fernanda Correia Dias
in Expiatório para a educabilidade através da delicada beleza ou
Supercalifragilisticexpialidocius de Richard e Robert M. Sherman para Mary Poppins . Disney

 .

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Verde que te quero verde . Romance Sonâmbulo.
 Homenagem a Federico Garcia Lorca. Fernanda Correia Dias . Fotógrafa
Verde que te quero verde . Romance Sonâmbulo.
 Homenagem a Federico Garcia Lorca. Fernanda Correia Dias . Fotógrafa

Assim mesmo fui educada: tire tudo de sua cabecinha. Lá dentro tem muita coisa. Você é muito Inteligente e sensível! Vai tirando. É muito mais bonito alguma ideia que sai de dentro de você, porque vai alegrar o mundo e vai alegrar seu coração!
Sempre muito beijada e aplaudida por minhas ideias que saem de dentro da minha cabecinha,não parei mais de criar. Mas, desde sempre, foi lugar comum realizar algo muito bom, interessantíssimo e inédito e a reação das pessoas me espantar! Uns dizem que eu não criei aquilo, copiei de algum lugar, que comprei, outros que alguém fez aquilo lá não sei onde, que eu importei, etc...etc...  me acostumei a criar, fazer e  ouvir que não fui eu que fiz, inventei, realizei, confeccionei, montei, etc..etc...Afinal quando perguntam é preciso responder. De preferencia a verdade, não é? Quando digo a verdade é pior! Dizem que estou brincando, que não é isso não...lá, lá, lá...Mas o meu maior espanto é como as pessoas são inábeis!
Incapazes, incompetentes, mal preparadas...
Mãos descoordenadas, idéias absurdas, falta de bom-senso, desequilíbrios, ausência de harmonia, imponderáveis agressividades...Vazios.
E como absorvem para si qualquer coisa que você diga, faça, crie, escreva...??
São péssimas copiadoras, péssimas, mas o mundo em que estão vivendo é vazio, banal, árido... 
Me disseram que sempre levamos um pouco da pessoa que passou por nós, acredito que sim, mas um pouco não é tudo ou ipsis litteris. Existem abundancias de  apropriações indébitas, roubos, mesmo! E como! É de corar qualquer um com as mentiras que acompanham o roubo...
Roubam e roubam. Não pensam com a cabecinha. Roubam assuntos de criação intelectual e material. Coleções de objetos, mesmo que datados e publicados!
É um absurdo!
E ainda tem quem diga que aquilo que está comercializando está sendo criado por mim, só para garantir o dinheiro no próprio bolso!!!
Então queridos, muito agradeço a lealdade e assim retribuo, como fui educada: tirem tudo de suas cabecinhas. Lá dentro tem muita coisa. Vai tirando. É muito mais bonito alguma ideia que sai de dentro, porque vai alegrar o mundo!
Verde que te quero ver-te, porque vão-se os anéis e ficam os dedos!!

Fernanda Correia Dias
in Vão-se os anéis e ficam os dedos.



sábado, 9 de setembro de 2017

Meu coração de ilha . Fernanda  Correia Dias . Fotógrafa.

Bem ali no meio, entre as folhas, meu coração. 
Click e amplie.
É assim mesmo que as pessoas me olham. 
Como ilha guardada pelo céu, sol, mar e vegetação.
(É a minha natureza!)
Eu sou a do meio!
Harmonia.







quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Minhas tias e minha mãe na internet, corrigindo os equívocos com os nomes das meninas.

Elviram do Ipiranga? Elas iam brincar assim no dia 7 de setembro...Iam cantar o Hino Nacional para a Tia Elvira, com bolo na cama, assim que elas acordassem. Talvez também por isso, todas nós cantamos o Hino desde sempre com a voz emocionada e tão sincera. Na foto acima, da esquerda para a direita: Maria Fernanda; Maria Elvira e a Maria Mathilde.
Estão numa escadinha e a Maria Elvira aparece mais alta. 
Maria Elvira, mais velha e mais magra estudou japonês no Brasil e foi dar aula de português em japonês na Universidade Japonesa de Tokyo e Kyoto, no Japão. Anos 60... Na frente da Maria Elvira, a Maria Fernanda, a filha menor dos meus avós, mais baixa das três, que nesta idade comia pedras e tomava sorvete de sabão no portão para uma platéia de  crianças aplaudirem...O teatro, a tv, o cinema, para sempre em sua vida. Alguém tem a mão no rosto lindo da minha mãe, que é a filha do meio. Tão bonita a minha mãe, tão parecida com a minha avó Cecília no físico e na alma, foi a única filha que escreveu poesia e que escreveu poesia a vida toda....Formada como as irmãs em Biblioteconomia, na Biblioteca Nacional, esta profissão antiga que data desde a biblioteca de Alexandria em 288 a.c.que dão aos livros e aos documentos e publicações a utilização máxima em benefício da humanidade, ela quis estudar Direito e aos 40 anos fez vestibular a passou para a Faculdade Nacional de Direito, concluindo seu curso universitário como aluna nota 10! Com este estudo contínuo e aprofundado ela conservou a obra dos pais, defendeu as apropriações indébitas que determinados autores fizeram de poemas de autoria de sua mãe, desenhos de seu pai, e impediu a pratica de diversos crimes assegurados por leis nacionais com a finalidade de proteger os artistas que precisam se dedicar ao trabalho para garantir a sobrevivência. de sua família...
As três foram sempre muito amigas. Uma amizade linda, próxima, contínua, corajosa!
Feliz Aniversário tia Elvira!!! Parabéns para você, nesta data, querida!!!

Fernanda Correia Dias
in Hoje, 7 de setembro, Elviram do Ipiranga!


Fernanda Correia Dias . Cerâmica de Fernando Correia Dias . Fotógrafa.

Quando o Diretor respondeu que os programas da tv  brasileira são criações importadas, americanas, adaptadas ao português, mas com as exigências conservadas...Que  o Chacrinha tinha criado na tv um modo brasileiro tupiniquim de se comunicar  e alguém complementou, que o Chacrinha era genial porque jogava o bacalhau em cima da platéia e lançou o tropicalismo antes dos tropicalistas... voltei à minha reflexão no meio das manchetes de ontem e lembrei do Pitágoras: Educai as crianças e não será necessário castigar os homens...
Mas o que é tropicalismo se nem a cultura das civilizações indígenas que habitam estas terras são observadas para aprendermos montanhas de ensinamentos comprovadamente testados...para quê? Melhor lançar o bacalhau nosso de cada dia nos dai hoje, não é? Na pessoa que foi assistir o programa porque no próximo terá mais espectadores.
O que dizer de artistas que não pensam no desperdício da  preciosidade e riqueza do conhecimento e sabedoria dos nossos autóctones, quando os mesmos , passam a assistir tv no lugar de estar transmitindo cultura oral?
100 anos para lembrar Cracrinha, o Velho Guerreiro...
Talvez falte ainda hoje um programa que concentre, divulgue e incentive , compositores,instrumentistas, a apresentarem as musicas brasileiras....É...
Fernanda Correia Dias
in 100 anos Chacrinha!


segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Fernanda Correia Dias.Água Mole.  Fotógrafa

Alta e de salto alto e dourado, ela chegou com uma saia godé, dourada até os pés e uma blusa azul. Tudo seda pura levíssima. Ela mesma era leve, uma borboleta.
Sobre a blusa azul, uma jaqueta anil de gaze bordada com vidrilhos, pedras e linhas de ouro. Em cada dedo de cada mão, calçava anéis de prata e ouro, com ametistas e lápis lazúli cravados e pulseiras de pedras que estavam ligadas a anel e cujo trabalho era uma sequencia de pedras, mais bonitas...No pescoço colar de águas marinhas em três tons e brilhantes. Nas orelhas os brincos com os mesmo desenhos de flores de águas marinhas harmonizado com o colar.Veio almoçar na casa da amiga querida, o bacalhau que ela mesma comprou no natal e que até então não tinha comido porque não sabia fazer... A amiga levou e fez com batatas, ovos, espinafre, arroz branco e azeitonas, conforme estava servindo. À portuguesa!
Chamaram as amigas. Estaria bom? Estava.Muito bom.
Gripada, ela ainda trouxe uma garrafa de água e uma maçã, não tinha fome de nada e portava sobre o corpo e a seda, o perfume de Jasmins do Cabo.
As amigas olharam para ela naquele traje e ela logo explicou: É assim mesmo quando estou gripada e com febre como estou, tenho preguiça de sair de casa, e já que é para sair, faço o meu melhor!
Me vesti de tudo o que é lindo de se ver e que não uso faz tempo, só para enfeitar a festa!Nos divertir,
As amigas riram felizes. O almoço servido no terraço tinha muita conversa e logo, logo ela esclareceu que não gosta do alarmismo que faziam entre si duas amigas e explicou: o alarmismo pode matar a pessoa alarmada, sem nem ter tentado a solução. Alarmismo baseado em "achismo" , pior ainda. Não é não?
Pode elevar a pressão e matar um! Dizer que o rapaz está querendo tirar tudo da filha, usar o endereço para outras atividades, etc... Isso é alarmismo! Quem perguntou para saber a verdade? Hein?
Melhor insistir no diálogo. No diálogo, na conversa, naquilo que flui do coração de toda mãe para todo filho. Dialogar com a filha que está apaixonada por um rapaz solteiro com quatro filhos. Dialogar sem ofensa, sem julgamento.Dialogar com amor. Tal como fizeram sempre. O diálogo é o dono da harmonia, porque ninguém quer o mal de ninguém, somos todos amigos e se não somos devemos ser sempre!
O telefone tocou e ela tirou os brincos para atender enquanto terminava de falar...deixou os brincos sobre a toalha...levantou-se com o telefone e foi caminhando até às aloés que estavam em flor.
Quando voltou  assistiu ao irascível que já estava exposto. O gênio difícil, enraivecido, a personalidade alterada dominou a tarde, enquanto o lindo pudim era servido com café... 
 Lá pelas tantas, retirado o serviço da mesa, ela mesma recolheu a toalha que estava banhada de calda de pudim e levou para a área e em seguida lavou todos os talheres e os pratos com todos aqueles anéis nos dedos.
Voltando ao convívio, seguiu insistindo: É a sua filha! Você não compreende? Eles vão casar, ela vai ser feliz com ele que é gentil com ela, assim como os  filhos... vai morar com ele... Sua família vai ficar maior,com amor,  abrace este sentimento com alegria... Converse com ela.É o sentimento dela!
_ Oh! Não se meta, não!
_Mas você está sofrendo... Ela está sofrendo... Até quando? Vocês eram amigas, ela me pediu para ajudar.
_Te pediu???
_Pediu por mensagem e  eu estou ajudando sim porque amo você e sua filha. Não posso ver este sofrimento. Você está sempre chorando magoada. 
Todas entre si se olhavam mas não diziam nada. Na ausência dela, sussurravam: Melhor não dizer nada, deixa para lá.
Ficou tarde, tomamos café e agora íamos voltar para casa. 
Porque iam caminhar na rua, ela tirou a jaqueta, os anéis e o colar , guardou na bolsa mas queria encontrar os brincos e decidiu: Só saio daqui com meus brincos. Então saiu procurando entre as almofadas dos sofás, a cadeira onde sentou, a cozinha onde lavou os pratos e talheres... Não estava! As amigas cercaram e disseram: está na sua bolsa, ela retirou tudo que estava dentro da bolsa e deixou sobre a mesa, porque sabia que não podia estar dentro de sua bolsa. Está no seu sutiã, e uma delas segurando o sutiã dela disse: Está aqui! Está aqui!!
 _Não... isso é o fecho do meu sutiã, não é brinco!
_Ah... deve estar no toillete...
_Não está, eu não fui ao toillete, disse ela e foi andando para rever a bancada da cozinha quando ouviu uma delas dizer: Deve estar na toalha da mesa, já sacudiu?
Então ela pegou a toalha na área de serviço e sacudiu no chão da cozinha e no chão caíram os brincos.
Todas apareceram na porta da cozinha, enquanto ela dizia: _Achei, estava dentro da toalha que eu mesma enrolei e coloquei na área, podemos ir. E foram para casa.
....
E se o brinco fosse passear com o sabão na máquina de lavar roupa, não sobraria nem cor!
....
Conselho da minha mãe: Não deixe para amanhã o que podes fazer hoje!

Fernanda Correia Dias
in De Fernanda para Fernandinhas





sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Arte de Fernando Correia Dias 
para a capa da Primeira Edição do livro de 
Anna Amélia de Queirós Carneiro de Mendonça
1932

Como uma onda no mar, um corpo feminino livre  se levanta no meio do oceano...! 
É de uma beleza gigante, esta arte de Correia Dias. 
Por si só e em si mesma, as mãos curvas preparando o novo encontro com o profundo.
Quanta sensibilidade reunida em traços enxutos e nesta infinita capacidade de criar a unidade, a inteireza, coisa raríssima em equilíbrio, elegância e totalidade.
Magnífica. Magnifico! De fato um grande designer com extrema capacidade de síntese,

Da Anna Amélia eu lembro de dois versos, que as vezes me olham, quando passo pela fachada do Solar dos Abacaxis no Cosme Velho ou caminho sobre as pedras do Largo do Boticário ouvindo o Rio Carioca passar:
A lagrima que causa indiferença
Seca-a depressa uma palavra boa!
Poeta, Anna Amélia nasceu em 17 de agosto de 1896, carioca do Rio de Janeiro, falava inglês, francês e alemão, traduziu peças de William Shakespeare, defendeu os direitos das mulheres, foi a primeira mulher a ser membro no Tribunal Eleitoral, colaborou com a criação da Pró-Matre e a fundar a Casa do Estudante do Brasil. Casou-se com Marcos Carneiro de Mendonça, goleiro, escritor e  historiador que jogou no America, na Seleção Brasileira e no Fluminense. Ambos foram pais da minha amiga Barbara Heliodora querida, ensaísta, tradutora, professora, critica de teatro e profunda conhecedora da obra de William Shakespeare.

Observe novamente a arte de Correia Dias acima.
Você compreende melhor o magnífico  poder de síntese de Correia Dias?
Não é esplendido?

Como uma onda no mar, como uma onda no mar!

Fernanda Correia Dias
in Correia Dias, Gigante pela própria natureza!

quarta-feira, 19 de julho de 2017

Fernanda Correia Dias . Fotógrafa . Fibra
Meu amigo chegou como um peixe, exausto de tanto nadar. No peito a flecha atravessada onde ele ainda apoiava a mão e entre os dedos inclinava a haste para encontrar espaço na respiração em tanta dor. Meu amigo tinha os olhos saltados da cara, e tão logo pode, livrou-se do veneno que tinha corrido todo o seu sangue e passado por seu coração, me dizendo assim: Meu filho, o meu filho... se intoxicando... intoxicado, já tentei tudo o que sei de físico e espiritual e diante do desprezo que meu filho demonstrou por tudo que fiz e faço, perdi o controle e meti a mão na cara dele, gritando: Acorda! Acorda!
Estou arrasado, sempre acarinhei meu filho, nunca agredi meu filho, nunca dei uma palmada, perdi o controle, perdi o controle... Era um sonho.
Estamos vivendo esta realidade que muitas crianças não conhecem o pai apesar de conviver no mesmo espaço e o pai não conhece o filho, abduzido por responsabilidades com o trabalho, que dizer de educar o filho. Terceiriza tudo quanto pode e quando pode e quando não pode, vai largando mão no se vira aí... Estamos vivendo esta oferta de horrores sucessivos em que o ser humano se esforça em ser descartável, nesta aldeia de descartáveis. Um lixão que vez ou outra a ventania levanta e voa entre as velocidades dos automóveis na estrada da vida de cada um aquela pancada desconexa de lixo e apodrecidos no visor do carro. De valores descartáveis... Era um sonho.
E para tudo tem solução, porque vivos estamos e acreditamos no valor humano, na importância do amor, do valor dos seres, ajudando uns aos outros, erguendo e reerguendo as estruturas musculares para a força da asa que levanta o espírito para a Beleza da vida e isso deve começar logo, já, como um levante social que feche a torneira desta abundancia de produção de lixo. A quem interessa? Era um sonho.
A preocupação é a resposta. Preocuparmos. Pré-ocuparmos nossas ações com o que é o certo. Já. Levantar do pesadelo com a vontade de caminhar e buscar a correção da rota. Neste instante. É possível e muda o mundo de cada um e logo expande para o universo social dos sonhos ideais que praticados reinventam o universo total para a direção da excelência. Nove entre dez vão falhar? Tenho uma logística vencedora: Tente dez vezes.Sempre. 

Fernanda Correia Dias
in Tente dez vezes

segunda-feira, 17 de julho de 2017

A fonte em arte marajoara do ceramista e designer Fernando Correia Dias  no Parque da Cidade em outubro de 1965, vendo-se além da maravilhosa fonte os dois ídolos da TV, a encantadora cantora Vanusa e o famoso lutador italiano Ted Boy Marino - Revista O Cruzeiro 1967.

Então, encontrei mais uma fotografia da fonte criada e realizada pelo ceramista e designer Fernando Correia Dias, em 1930, para a residencia de Guilherme Guinle na Gávea, atual Parque da Cidade, onde aparece a cor da cerâmica e parte do contorno e da altura da borda da fonte, assim como a de acabamento, os peixinhos, que, infelizmente, não mais existem no local.
Fato relevante, porque em algum lugar devem estar estas peças que foram criadas para esta fonte, assim como as demais que fazem parte do maior conjunto de mobiliário para jardim realizado por um artista e que foram subtraídas perdendo a Cidade do Rio de Janeiro importante aspecto da obra do designer.

Fernanda Correia Dias
in Fonte de autoria e realização do designer Fernando Correia Dias

Fernanda Correia Dias . Fotógrafa . Água mole III

Estou voltando do Recreio dos Bandeirantes dentro de um BRT e olhando a muralha de prédios, este emparedamento de 30 andares, que recorta o céu que antes era de horizonte à horizonte, entre a Barrinha e o Recreio, em todas as direções e sinto uma mão apertando meu coração, como se fosse uma manga agarrada por um ladrão, comprimindo, me asfixiando e para me libertar olho para bem longe e escuto as gargalhadas que dávamos dentro do carro da mamãe, enquanto ela dirigia e parava onde queríamos para andarmos sobre as dunas, observarmos melhor os imensos cactos e as flores lindas dos cactos que nasciam nas dunas. Areias branquíssimas, secas, escorreitas,desabando ao primeiro toque, onde brincávamos de descer como elevadores naturais... O paraíso deserto de humanos e todo natureza nos recebendo, borboletas, passarinhos, vespinhas...As cascas de tangerinas que lançávamos pela janela do carro nas margens do caminho iam nos perfumando e nos deixando perfumadas enquanto perfumávamos o nosso próprio caminho! O tamanho daqueles céus, as cores daqueles céus, nas diversas horas do dia, nos deram uma sensibilidade por exercício de percepção intransferível. Muitas vezes, me perguntam, como você sabe que horas são?, Onde aprendeu?, Como sabe se vai chover? Lendo o céu? Mas, como? Por que diz que vai ter sol? O que estás vendo nas estrelas?Como sabe que são aquelas nuvens que trazem as tempestades? Por que será uma chuva de verão?
Essa percepção exercitada, desenvolvida, praticada continuamente por amor a natureza, à contemplação da instabilidade de todas as coisas, daquele paraíso é que agora me abraça pelas costas e me esmaga com a notícia que hoje não é mais assim, nem é mais possível. Não foi o mato que cresceu ao redor, ao redor, como cantávamos na canção da infância, mas, os 30 andares cresceram ao redor, ao redor, ao redor...
Não ouviremos as cigarras, nem o coaxar da sapolândia, nem veremos a revoadas das andorinhas e dos biguás como antes, porque apesar de tudo aquilo ser deles e só deles para sempre, por ora os homens invadiram com cimento e pressa, com ganancia e desrespeito humano e até os jacarés passeiam entre as calçadas e os moradores, quando não aparecem nas piscinas dos condomínios depois de nadarem perdidos por tubulações de engenharia desrespeitosa com seus habitats...
Passam apressados os BRTs e os carros, por onde passávamos, passeando felicíssimas com a mamãe, cantando e apalpando entre nossos dedos os jardins da pequena estrada que nos levava até à Prainha e a Grumari!
Fernanda Correia Dias
in Barrinha, Barra da Tijuca, Recreio, Prainha e Grumari em 1970

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Fernanda Correia Dias . Fotógrafa . Rato

Diante dos acontecimentos, das notícias diárias, fiquei pensando nas inúmeras faces de ratos! Poderia redigir um tratado sobre as nuances, as máscaras, as estratégias, logísticas...alturas, idiomas, armadilhas...simpatias!!! Ah! as formas, os tamanhos e sempre a lesão!
E por quê? 
O Brasil precisa ser amado. Por  brasileiros que se respeitem, se admirem, se amem, se ajudem, se empenhem em pensar melhor, no melhor. Onde estes brasileiros estão? Hein?
Fernanda Correia Dias
in Hein?



domingo, 9 de julho de 2017

Fernanda Correia Dias . Fotógrafa . Lótus da Índia

Jean Paul, meu melhor amigo francês! 
Hoje pendurei a vitrine, pensando em você. Na sua inteligencia e sensibilidade. Reto, correto, culto, amigo da primeira hora, no instante. Raríssimo. Pessoa rara.
O que é uma pessoa rara? É aquela que passa por sua vida sempre sendo para você a melhor pessoa possível! O melhor caráter! Desde o primeiro encontro ao último. E ficam assim para O Sempre.
Humm... mas são raríssimas, mesmo. Tenho a sorte de ter amigos raríssimos. Tenho um outro amigo americano, meu primeiro amigo na América, com a mesma força de raridade. Essa força que só encontro nos meus consanguíneos. Jean, é um espírito elevadíssimo, capaz de me dizer verdades com amor. Impedir e afastar os perversos do círculo e converter os espíritos rasteiros, os circulantes, em dignos. O maravilhoso designer japonês, visitando Paraty, vestiu a coleção, comprou muito e aplaudiu. Jean Paul ligou para me dizer que era espontâneo as pessoas se apaixonarem pelas estampas criadas por mim e expostas na pequena vitrine, principalmente os mais sensíveis e experientes. E que a cópia dos meus produtos por uns fabricantes da região,era a consagração da minha arte de criar, porque ninguém copia o que não admira ou o que não vende...A questão é que eu estava sempre adiante inventado mais e mais e os copiadores iam ficando para trás porque não tinham qualidade, harmonia, inteligencia ou porque simplesmente eram cópias e copiadores.
Afirmava o que aprendeu com Chanel: o luxo não é o oposto da pobreza, mas da vulgaridade. Assim, quando ele abria a vitrine para tirar aquelas peças exclusivas, ele sabia que estava diante do meu trabalho que era vivo, sensível, original e pelo qual ele tinha tremenda admiração por não ser moda, mas estilo.
Jean citava Coco: a moda sai de moda o estilo jamais.
Para este texto Jean acrescentaria mais Chanel: Não é a aparência, é a essência. Não é o dinheiro, é a educação. Não é a roupa, é a classe. 
Um ser de seiva culta, interessado em compreender o valor, em acolher, praticar  e acrescentar honestidade, verdade, essas qualidades de caráter raro sempre e mais ainda nos nossos dias.
Fernanda Correia Dias
in o estilo jamais.




Fernanda Correia Dias. Fotógrafa . Nuvem rosa

Ajuste fino. Isso mesmo. Ajuste fino.
Você tem que buscar isso para você se quiser ter ajuste fino.
É desenvolver uma percepção da pertinência e importância daquilo que você está fazendo e como está fazendo. Daquilo que está dizendo e como está dizendo. Daquilo que está pensando e como está pensando. Para onde está indo, para onde está se levando, perguntar a si mesmo o que você está fazendo com você. Você quer ter ajuste fino? Tem que buscar isso para você. Não é sozinho... É com pessoas da sua família. Os que te amam. Os que querem o seu bem.
As pessoas que te amam muito vão te dizer com  amor o que pensam sobre, e vão dizer mais detalhadamente se forem perguntadas por você sobre os detalhes. E se elas souberem. Se não souberem vão buscar ajuda ao seu lado. E vão dizer o que sentem ou o que fazem com o que sentem e como fariam.  Pergunte sempre para estas pessoas da sua família que você sabe que te amam.
O que é falta de ajuste fino? É você fazer um juízo equivocado; é partir para cima sem considerar quem você é; é propagandear inverdades; é falar por falar; é julgar por intrigas, suspeitas; é cultivar a raiva; é querer o mal do outro; é cobrar indevidamente; é não perceber a hora certa; é empurrar quem já está caindo; é tomar de alguém o que não é seu; é machucar com palavras; se meter em grupos que estranha; é não ouvir sua intuição, não acreditar na sua estima, na sua educação;  não respeitar-se; não respeitar o outro; é não conversar com o seu próprio desejo, espírito e consciência se perguntando sabiamente quem é o vírus  invasor que está te desestabilizando; te escravizando; fazendo você sofrer e trata-lo com sabedoria.
Quem destruiu, reconstrói. Quem errou, conserta. Quem se equivocou, esclarece. Quem sabe fazer o bem, faz primeiro para si mesmo. 
Fernanda Correia Dias
in Ajuste fino, sempre e já.




quinta-feira, 6 de julho de 2017

Fernanda Correia Dias. Fotógrafa. Não põe a mão no meu violão

Música, sempre a música nas nossas vidas e aquelas cançõezinhas que ouvimos e aprendemos.
Elza Soares cantava em 1962 Não põe a mão no meu violão...Vai desafinar!
Mas os violões nos acompanharam sempre! Aprendi a tocar com a minha mãe que me deu esse  Di Giorgio com muito carinho, novinho, maravilhoso! Violão amigo onde compus musicas, onde musiquei poemas da família e os que escrevi para a família, filhas, amores e amigos.Depois as meninas se interessaram e me pediram para ensinar. Ensinei. Aprenderam. Outro dia toquei com a filha menor as minhas musicas que ela aprendeu. Tocamos juntas. Emocionante depois de tanto tempo ela lembra e me relembra as notas que esqueci!Então sou ainda mais feliz, porque ela sabe mais!
A musica preenche o espaço, ilumina o silêncio,  vive nos nossos corações. O quanto temos de precioso entre nossos violões e canções vivendo em outrros corações!!
Fernanda Correia Dias
in Não põe a mão no meu violão! 

Fernanda Correia Dias . Fotógrafa . Tulipa

Não era uma tulipa, eram três rosas, em três tons de rosa entre umas folhas  verdes que eu havia pintado e finalizado sobre um papel manteiga, com tintas cuidadosas. A menina minha filha, apareceu e me disse que queria desenhar uma borboleta na minha arte. Era o dia 29 de abril de 1989. Isso! Ainda está datado com a minha letra no papel...  A menina estava com dois anos e quatro meses e eu grávida de um mês, da irmãzinha dela... Foi quando ela escolheu uma canetinha de cor dourada e num movimento de borboleta, adejando, esvoaçando, passeando em volta das flores, ela conseguiu borboletear em linhas continuas e curvas com a canetinha, ir e voltar e sair da folha, passando para o verso do papel onde pela transparência  vemos as mesmas flores invertidas, e a linha em voos, borboletando o verso da folha também e depois voltando para a face anterior!
Percebes que para ela, desenhar a borboleta no meu desenho, foi borboletar, planar com a canetinha deixando a trajetória do passeio da borboleta na frente e no verso do papel?
Toda vez que olho para esta composição vejo como ela viu,  flores tridimensionais! Como deu a volta mental e corporal nas rosas! Um filme onde a borboletinha da mão dela voa ! Está ali voando! E vai voar no verso da folha e volta!!!!
Sensacional.


Fernanda Correia Dias
in A K. estava ao meu lado e disse que queria desenhar uma borboleta e aí está! 29/04/89

Fernanda Correia Dias. Fotógrafa . A estrela

Ela me trouxe uma caixa e me disse : Difícil  buscar um presente para você. Algo que combine com você,  parecido com você, que você não tivesse, que fosse diferente de tudo o que você tem e que ao ver eu te visse, para que você veja como eu te vejo...
Dentro da caixa grande, quadrada, com tampa, estava uma linda, delicada, dourada, cravejada de brilhantes, inesquecível  e imensa estrela.


Fernanda Correia Dias
in Presente que minha mãe buscou para mim para que eu visse como ela me via.
Fernanda Correia Dias . Fotógrafa . O olho de Tia Helena

Existem pessoas que você conhece e logo no primeiro instante, aquele espírito te olha de lá de dentro de uma piscina azul e com a menina dos olhos vai escaneando sua inteligencia e sensibilidade. Isso você percebe na expressão facial da pessoa, que vai externando  insights sucessivos... Sutis... e logo conclui a percepção, consolida um raciocínio aplicando imediatamente em você, belas afirmações e perguntas. Estas pessoas penetrantes e sedutoras são excelentes seres humanos. Alegram imediatamente quem se sentia triste, incluem um assunto efervescente na roda dos amigos, comentam algo interessantíssimo onde todos podem manisfestar uma palavra, uma visão e aceleram a conversa com tiradas positivas, animadoras e confiantes. Estas pessoas tem um valor imenso, porque apesar de sermos todos únicos, nem todos exercemos esta prática de trazer para bem próximo de nós, no primeiro encontro, o humano recém encontrado. 
Se viver é a arte do encontro, estas pessoas não passam por sua vida sem terem deixado em você, o sentimento que vale a pena você se debruçar sobre o outro e contribuir com uma linda palavra ou raciocínio, no instante, mesmo que nunca mais se encontrem.
Tia Helena musical, divertida, positiva, brincalhona, animada, inteligente, querida, ao voltar os meus olhos para os seus,  vi seu belo olho azul nas torres me espiando?

Fernanda Correia Dias
in Beijo na Tia Helena  no Santo Inácio

terça-feira, 4 de julho de 2017

Fernanda Correia Dias. Fotógrafa. No meio do mar

No meio do mar
o olhar é outro
não é de Terra, nem é de ar...
está solto

Não há amarras, limites
no meio do mar os
muros existem
são as mãos da água
do frio e as cobertas solares

No meio do mar 
o horizonte é um abraço
de infinito e desconhecido
de céu e água de
possível e impossível

De engolindo, de engolindo, o engulido.

E o coração do barco
é um coração humano,
no meio do mar.

Fernanda Correia Dias
in Limites