Casa da Sereia

Heróis, Heroinas, Anti-heróis e anti-heroínas!

Heróis, Heroinas, Anti-heroís e Anti-heroínas!

Sou do tempo em que as histórias para adultos e crianças tinham no fim uma : Moral da história...e eu aprendia o valor da sabedoria e da experiencia.  Assim mesmo que a mamãe falava, grifando com a voz.  O valor para aplicar na minha vida e ser melhor para mim e para os outros.  Eu gostava de ler e entendia o que estava lendo. Contava para a minha Avó, Cecília Meireles, o que eu lia, o que eu li. Para os meus pais, meus irmãos, primos, tias e tios.... e ganhava mais livrinhos, livros e livrões!
Eu lia e relia quando precisava e percebia ao ler que eu me ampliara... Eu me ouvia melhor e ao reler me re-lia consolidando mais entendimentos provisórios até que eu voltasse novamente ao mesmo livro num próximo entendimento ou partia para outro....O que eu gostava era da voz que falava comigo. Pequenas certezas davam o norte,  a direção e me deixavam em condições de poder ajudar alguém. Quem? Eu, ela, você,

muitos! Lembro até hoje de : Não adianta chorar, o que adianta é agir! (Joãozinho dizia à Maria quando estavam perdidos na floresta); Eu te perdoei e retirei da tábua cada preguinho, referente a cada perdão...mas as fibras da madeira não são mais as mesmas, inteiras...estão furadinhas, interrompidas, portanto, pense bem antes de magoar alguém para depois pedir desculpas! Melhor não magoar! (Dizia o velho indiano pai ao jovem indiano filho); Se você não consegue levar nem quebrar este monte altíssimo de gravetos gigantes de uma única vez, quebre cada grande graveto em diversos gravetinhos bem pequenos e faça montinhos, leve aos poucos!( ensinava o avô ao neto); E quando a garotinha gritou de verdade, pedindo socorro porque tinha caído dentro do poço, ninguém acreditou e por isso ninguém foi salva-la. Morreu! Não se brinca de enganar a família, amigos, etc...(Disse a mãe à filhinha  que brincava de se divertir mentindo, enganando e gritando socorro!socorro! sem nenhuma necessidade); E quando o Príncipe beijou Branca de Neve, ela acordou da morte(moral da história: o Amor é muito poderoso!) Não abram a porta! disse a mãe. O lobo cobriu suas patas com farinha, fingindo que era a mãe...(Acreditem em seus pais, não abram a porta!); E deu um sopro tão grande que a casinha de tijolos do terceiro porquinho não saiu do lugar! (trabalhem duro e façam casinhas resistentes as intempéries e maldades);
Provavelmente porque cada um de nós sabe  quanto de energia heroica desprendemos diariamente simplesmente porque estamos vivos, esses ensinamentos facilitadores são tão preciosos!

Fernanda Correia Dias

in sabedorias e experiencias