terça-feira, 28 de julho de 2020


O Precioso de preciosos .
 Foto Fernanda Coreia Dias



Acredito que alguém em 2020, tem obrigação de avisar, 

já que ainda não escreveram, que a Grande Poesia,

não é feita apenas de palavras, mas de Entrega Filosófica nos 

  fieis poemas aos leitores da poeta/filósofa Cecília Meireles, imortal.

Repito:

da poeta/filósofa Cecília Meireles, imortal.



E filósofos precursores à filósofa Cecília Meireles, 

só conheço Jesus, Buda, Maomé.


 E filósofa à altura dela, nem Hipatia, que foi filósofa neoplatônica, 

grega do Egito Romano.


Fernanda Correia Dias

in Conheço muita gente que na vida só teve Cecília Meireles para se orientar.

 Só porque ela é mulher, você não reconhece que ela é imensa

 e maior que você, mas vê se enxerga que não reconhecer a

 imensidão dela como filósofa

 poeta universal, a mais brilhante , luminosa ,

 precisa e preciosa entre todos os preciosos,

 te faz muito pequenininho, ignorante do que é o Eterno e te deixa

 enfeitado de mesquinho ou mesquinha.







segunda-feira, 13 de julho de 2020

Chuva fina, tarde fria no Rio de Janeiro . 
Foto Fernanda Correia Dias

    
Cecília Meireles in Olhinhos de Gato, escreve: 

      "Nos dias de chuva, tudo se reúne numa intimidade comovente. Recolhe-se a gaiola do pássaro, muda-se o papagaio de lugar. A galinha fica num canto da cozinha, amarrada pelo pé, e os pintinhos sobem-lhe e descem-lhe pelas costas. Os gatos deitam-se nas cadeiras, embaixo da mesa, escondem-se por perto do fogão, na sombra e no morno. Todos esses bichos olham-se entre si, olham para as pessoas, como uma só família. Há uma tal naturalidade no encontro dessas vidas que todos parecem compreendidos e tranquilos."

Meu coração nem cabe no peito com o tamanho da verdade nessa descrição que acabo de ler, nesse dia de chuva fina e tarde fria no Rio de Janeiro.
Estamos eu a filósofa Cecília Meireles, a primeira brasileira filósofa, dentro do táxi e eu me pergunto qual de vocês sabe isso? Sim.. Vocês que estão aí correndo e vivendo o medo de todos os dias que virão...
Que estão atrás de máscaras, ameaçados por não encontrarem forças em si mesmos para suportarem a vida vindo e indo em ondas... ou que precisam de trocar inteligencias, contemplações e observações...

Sim , porque se na poesia Cecília Meireles  encontrou a forma mais condensada, potencializada, rápida e elevada de te entregar sabedoria movida por clarividências sucessivas; e à filosofia dedicou sua vida investigando essências do agora, dos instantes, entre o provisório e o eterno; o que você está fazendo neste instante em que vivemos, consigo mesmo?

Leio aqui nesse livro, a livre pensadora consciente que em tão tenra idade, já estava dentro de tudo e nos inspira a despertarmos em nós mesmos as pessoas capazes e humanas que somos!

Ah...! Como precisamos dos humanistas! Onde estão? Precisamos de muitos e em abundancia!

"Levai-me aonde quiserdes! _aprendi com as primaveras a deixar-me cortar e a voltar sempre inteira."

Olhinhos de Gato, é livro filosófico tão magnífico e artisticamente tão bem pensado e escrito que deve ser lido por qualquer um, a qualquer hora e já deveria estar traduzido em todos os idiomas do mundo, permitindo que outros seres pudessem conhecer a filosofia do sensível da brasileira Cecília Meireles. Essa filosofia gentil  e extraordinária que  homem nenhum escreveu e que Cecilia Meireles, não só escreveu, como praticou,  enxerga o outro. O outro ser humano. Coisa que ninguém mais pratica ou que é difícil praticar?
Precisa brotar em nós mesmos.


Esse livro conversa com todas as obras da filósofa Cecília Meireles,em prosa e em poesia, porque ali estão narradas as experiencias que em ponto maior foram a prática de toda a sua vida em artes, pedagogia, jornalismo, poesia, se re-inventando sempre!

" a vida só é possível re-inventada!" 

Motivada e motivando para que os homens se entendam entre si por essa noção de transitoriedade contínua e permanente, em tudo.
Veja aqui o que ela escreve neste ensaio incrível publicado, sobre arte popular e artes plásticas no Brasil:

  "A verdade é que nem a casa que habitamos nos identifica, nem o que vestimos, nem o que comemos,_ como não nos identifica o que sonhamos ou fazemos. Reconhecemo-nos quase por adivinhação. Através de mil diferenças_ o que aliás contribui para ampliar a nossa compreensão e a nossa tolerância. Filosoficamente talvez seja uma vantagem."

"E, o que se perde em solidez, ganha-se talvez em volubilidade; o que não é tão firme é, no entanto, mais adaptável. Será do espírito do tempo que desapareça o que até agora nos parecia certo e lógico, e um novo ciclo principie, sem esses compromissos tradicionais."

Lembrei desses versos do fabuloso livro Cânticos, também escrito por Cecília Meireles:

"Não faças de ti um sonho a realizar. Vai."

Professores, doutores e Cecilianos, lembrem-se que a Cecília Meireles poeta foi magistral e exemplar, mas a filósofa que ela é, a livre pensadora, maior que sua poesia e escritos, não teve precedentes no Brasil e talvez na historia do mundo.

Fernanda Correia Dias
in Olhinhos de Gato, Artes Populares , Mar Absoluto e Cânticos,
 todos de autoria de Cecília Meireles, a primeira mulher filósofa do Brasil. 
Todos citam as idéias de Cecília Meireles, na vida, no dia-a-dia, poucos têm discernimento para compreender que trata-se de uma filósofa que se expressou também por poesia.
Cecília Meireles faleceu em 1964 e até 2012 a profissão de filósofo no Brasil , não era reconhecida. Apenas em 1989 foi fundada a primeira academia de filosofia no Brasil.







quinta-feira, 9 de julho de 2020

Vieira.  Arte e Fotografia de Fernanda Correia Dias

Você já naufragou? Eu já.
Tenho até Medalha Heroica de Náufraga. E é uma Honra.

Uma medalha branca, colocada no meu peito em cerimônia na Escola Naval com a presença de 14 ou 16 almirantes, em círculo na entrega.
O que aconteceu? 
Fui convidada pelo Grêmio de Vela para participar de um simpaticíssimo almoço  com a presença de 14 ou 16 almirantes e aspirantes do Grêmio. O programa do dia incluía uma velejada de confraternização, antes de almoçar! 

_Sairmos com a frota de  barcos à Vela do Grêmio da Escola Naval e chegarmos até à entrada da Bahia de Guanabara e dali, retornarmos? Sim! Claro, que sim! Aceitei.

 No  barco que eu embarquei, além do comandante aspirante da Escola e dois aspirantes tripulantes, estava o maior numero de almirantes convidados e reunidos num único barco daquele dia. Eram oito no que eu estava!

Na camaradagem e brincadeiras, ouvi a provocação típica de velhos-meninos: num barco com tantos homens experientes e sábios, todos "pés quentes" a única mulher nessa  velejada, não traz os pés "frios" ?

Assim sendo, eu a designer da Camisa Oficial do Grêmio de Vela da Escola Naval, fui a primeira a embarcar antes de todos, quando o guindaste colocou o barco sobre as águas.

Os aspirantes vestiam a coleção de roupas que criei especialmente para eles, que em Ilha Bela, foram eleitos, "os mais bem vestidos".

A camisa e as parkas de verdadeiro algodão 100%, trazem estampado nos tecidos,a carta náutica,  o mapa da Bahia de Guanabara e da Ilha de Villegagnon, onde está situada a Escola Naval e dentro dela o Grêmio de Vela. É mesmo uma solução que eu mesma idealizei e gosto muito! Fui eu, com a minha mãozinha, que desenhei tudo à nanquim e planejei as proporções de cores , dimensões e técnicas de estamparia... E são mais belas quando os jovens rapazes aspirantes atletas enfeitam a coleção com feitos históricos, elegâncias e juventude.

Os demais almirantes convidados, além daqueles oito, que foram comigo, estavam distribuídos nos outros barcos de toda a frota.

Foi linda  e veloz a viagem.
A embarcação propelida pelo velame voava, o dia estava esplendido para velejar e quando retornamos às águas de Villegagnon, com muitas pedras ao redor, percebi o panico entre os aspirantes, e para minha surpresa, entre os almirantes do meu barco também.

É que estávamos mesmo, sendo jogados e batendo casco nas pedras. O aspirante comandante do nosso barco, tentava dar partida no motor para forçar uma ré que nos afastasse das pedras e o motor não pegava. Alguns almirantes, davam pernadas nas pedras, impedindo o choque do casco e enquanto tentavam, o motor não pegava. Eu insisti que alguém poderia nos rebocar, ninguém me ouvia, o panico crescia e o motor não pegava. Pedi ao aspirante tripulante que lançasse um cabo ao barco mais avizinhado da proa, e o motor não pegava. Lançaram um cabo, o cabo foi n`água, lançaram um segundo cabo e foi n´água, não tínhamos mais cabo e o motor não pegava!As pedras socavam o casco, o barulho e as pancadas aumentavam. Éramos um barco pesado e um almirante pulou na pedra, mas retornou ao barco. E o motor não pegava. Pedi ao aspirante distante num barco, um cabo e ele não sabia por quê, mas me lançou. Gritei para outro aspirante, num outro barco mais próximo da nossa popa, mas  mesmo assim ainda distante que olhasse para mim e nos rebocasse, e no berro lancei o cabo certeiramente nas mãos dele, e ele pegou e nos rebocou.

Em frações de segundos, deixamos de ser náufragos para sermos salvos por mim.
Toda a inegável  experiencia, pratica, sabedoria, juventude que continha aquele barco, naquele instante, precisava dos meus pés frios para pensar no que fazer e lançar o cabo certeiramente para reboque.

Só ali a frota entendeu que o nosso barco esteva à deriva se batendo, pesado, contra as pedras.

Vi senhores almirantes de olhos saltados das órbitas com as calças enroladas nos joelhos, recolhendo remos com os quais tentaram nos afastar em vão das pedras, vi os rapazes boquiabertos admirados que eu, a unica mulher em toda a frota, tivesse realizado o feito de salvar-nos lançando certeiramente e uma única vez o cabo que nos arrancava daquela arrebentação.
Ouvi nos outros barcos o meu nome de voz em voz e saí dali, heroicamente sem saber que esse pequeno gesto merecia medalha e me fazia heroína. Me fez.

Passados tantos anos, percebo que de fato estivemos num grande perigo, digno de manchete extraordinária na mídia com fato tão insólito e desconcertante!


Barco à vela de propriedade da Escola Naval,
comandado e tripulado por aspirantes do Grêmio de Vela da Escola, 
contendo 8  almirantes embarcados e uma designer,
naufraga contra as pedras da Ilha de Villegagnon 
após retorno de velejada de confraternização.

Mas isso não aconteceu. A heroína desembarcou do Sargaço  e embarcou na Ilha de Villegagnon para almoçar e receber a surpreendente medalha heróica do Almirante da Escola Naval.



Fernanda Correia Dias
in Tenho até Medalha Heroica de Náufraga. E é uma Honra.
ou maravilhosas lembranças da Escola Naval e essa é uma delas!



quarta-feira, 8 de julho de 2020

Vamos para Ipanema. Foto Fernanda Correia Dias


O que Leonardo da Vinci consegue no sorriso de Senhora Lisa  - Mona Lisa - é a fotografia de um olhar que está pensando algo que sabe que está pensando. Algo está em estado consciente. Algo em movimento dentro do cérebro da Mona Lisa e isso me atinge.
Da Vinci fixa este micro instante. Essa consciência de termos ciência que temos essa expressão quando estamos pensando em algo. Que temos ciência do que pensamos. Consciência da consciência. Consciência de conscientes. Essa expressão que fazemos quando estamos acondicionando e acondicionados no pensamento pulsando e sabemos o que é.

Monalisa posa e tem algo no pensamento que está flagrante.
Leonardo da Vinci não se contenta a retratar uma pose, mas de retratar que o retratado pensa.

É fixado por ele, essa consciência, essa expressão que temos quando sabemos que temos algo no pensamento. Fixado em pintura em 1503, quando ainda não tínhamos fotografias, para esse instante rápido.
Todo fotógrafo sabe que a expressão do fotografado cai em milésimos de segundos de uma clic para outro.
Leonardo fixa esse segundo à óleo.
Ainda que fosse uma fotografia nos dias de hoje, dela mesma em pessoa e no mesmo instante, traria essa mesma evidencia: A retratada pensa.

Tem algo no pensamento. Tem consciência desse algo. A expressão transmite esse estado de consciente, de que está pensando enquanto vê.
Está pensando sobre o que vê.
E se você pensa que ela olha para você, estás equivocado. 
Mona Lisa não olha para o observador, mas olha para dentro, enquanto se deixa pintar.

Fernanda Correia Dias
in Vamos para Ipanema ou 
Olhando para dentro enquanto me deixo levar à dentista.
Roberta Lange, para você e minhas filhas.



Estante de porcelanas . Foto Fernanda Correia Dias


Eram umas pessoas de escalão. Aquelas secundárias que nunca são as primeiras a entregar as palavras dos sentimentos que trazem no peito, mas as que falam pelas costas malvadezas perversas atravessadoras dos próprios pâncreas e todas as tites e ites inflamatórias e altamente inflamáveis. Servindo até amigdalite e conjuntivite... Ou gasolina e gás. É uma laia de gente rude farofa de mentirosas com macarronadas em purês de grosseria, linguiças socadas de sinais abióticos e servidas na mesma conversa com aquela aparência de sensacional importância, que trouxeram banquinhos para assistirem sentadas, saboreando vinganças atávicas de desconstruções de si mesmas.Pobre escalão!
Claro que tudo é visível e nem tudo audível, mas presumível.
Eu mesma concluo em pensamento as frases com as expressões que essas pessoas entregam, fazendo parte de pontuações e do próprio texto, mas as minhas conclusões sequer alcançam a profundidade das aparências flutuantes. É gente de raiz nas trevas do ódio, falta de conhecimento,ignorância por necessidade de esclarecimento e estudo. O que dizem ou transmitem, de fato não corresponde às palavras que usam, porque tudo se ouve por através, gretas, meias palavras sem meias. Leio por cima das vozes a palavra ódio, antes de tudo. Soam trombetas nos entre-se-olharem , soam dinossauros de dentro de suas gargantas abafados por " eu concordo", "ela é que decide", "ela que manda", "ela disse", "fiz o que mandou", "está vendo aqui? está tudo seco, certo e limpo" e é tudo fachada!!!!
Gente de escalão. Rude. Covarde. Notadamente gás sulfídrico, hidrogênio fosforado e amônia!
Gente desintegrada da matéria orgânica, repugnante, asquerosa e repulsiva!
Na hierarquia dos anjos, essas pessoas fervem em águas quentes do inferno que elas causam a si mesmas.
Eu assisto este escalão se fritando na própria gordura e nada sinto maior que uma indiferença à estes, que fazem questão de estando vivos, não serem gente.
É quando as porcelanas lindas, na estante, contrastam com pessoas vivas.


Fernanda Correia Dias
in Estante de porcelanas 
ou quando as porcelanas lindas contrastam com pessoas vivas.




Gaya meu amor, te amo . Foto Mathilde C. Dias

Porque os sonhos são assim? Dessa matéria que me fez atravessar o portão e subir aqueles lances e patamares de escadas altas, correndo, para meus olhos reencontrarem e nunca se esquecerem a santinha no nicho do muro de pedra do canteiro? Fiz isso tantas vezes!
E porque o sonho repete que eu nunca esqueceria, que sempre me lembraria daquela emoção de correr em direção e ficar ali parada observando? Só o meu olho tocando?Dentro do imenso jardim?
E agora que eu ainda ali, dentro do meu sonho,olho a santinha e procuro profundamente por ela, dentro do nicho, gruta de pedras naturais e não a encontro, nem lembro o nome, nem lembro o que me dizia com expressão tão pensativa que fosse maior do que querer revê-la...Não lembro se tinha um rosto triste ou confiante, daqueles que são das pré-destinadas, das visionárias. Aquelas que são chamadas por forças invisíveis!
Mas sei que existia, que ela morava ali, que sua gruta ficava na altura dos meus olhos e que era bom, sempre bom, revê-la e conversar.
Esperar minha mãe e minha avó Cecília Meireles, terminarem de subir as escadas com conversas sobre mim.
Momentos preciosos da minha vida em infância estão nos sonhos, guardados! Dentro dos sonhos! E eu me espanto de sonhar com perfeição por este momento em que não revejo o rosto da santa mas os rostos de minha mãe e minha avó nos seus corpos em movimento e vozes subindo as escadas!
Porque os sonhos são assim? Dessa matéria que me atravessa o peito, como agora, neste instante em que estou acordada me lembrando do sonho de ainda hora atrás?
E como pude reter assim por tanto tempo, para reviver hoje em sonho com todas as cores, temperatura, emoção e timbres?
Aqui estamos eu e minha filha Gaya, fotografadas por minha mãe.Vê? Dormindo! Gaya está nesta fotografia dormindo enquanto eu a estou  beijando e repetindo baixinho: Gaya meu amor, eu te amo. Terá ouvido as minhas palavras,a minha filha tão recém-nascida, enquanto dormia? Terá ficado dentro de seu sonho todo esse amor imenso que sinto em mim por ela? Por que ela me aparece em sonho dormindo?
Porque os sonhos são assim e nos levam para dentro? A pensar por dentro? De dentro do sonho? E acordar com a Gaya ligando para mim? Por quê?
De que são feitos os sonhos? Que matéria é essa que nos faz despertos e que nos adormece? Que nos leva para outros tempos e que nos traz para o agora?
Minha mãe não acordava ninguém dormindo. Minha mãe mesmo com meu pedido para me acordar determinada hora, aplicava uma entonação muito carinhosa e sussurrava bem baixinho: Nandinha... Nandinha... E entrando no meu sonho ela me acordava.Mas se fosse necessário e extremamente preocupante, estivesse eu em risco, ela gritava meu nome e me salvava.
Minha filha Gaya fez isso hoje, mas quem soou alto foi o telefone e era ela!
Um homem entrava pela porta deixada aberta pelo pedreiro... Um homem que eu não conhecia e eu, que tinha adormecido, acordei.
A santinha, minhas filhas, minha mãe e minha avó Cecilia... Qual delas me acordou?

Fernanda Correia Dias
in De que são feitos os sonhos?
Para elas,a santinha, minhas filhas, minha mãe e minha avó Cecília!