Eu era ainda menor do que sou, quando você me sentava na mesa para comer comigo as bolinhas de queijo que tiravas do tabuleiro. Tão quentes, enquanto assopravas o calor de cada uma, sorrindo.
Pensar em você é também, lembrar do seu pé-de-carambola, carregado e dobrando por cima daquele riozinho...e ver entre as suas mãos a geometria amarela da carambola.Tão lindo!
É cortar em estrelinhas amarelas, a carambola, pensando em você e falando seu nome assim: Dilermana.
É ouvir a passarinhada do Tio Ministrinho... e olhar para cada cor de pássaro e imitar saltinhos e pulinhos.
Lembrar de você é rever nosso encontro-para-sempre, com bolo e fotografias, onde nem é preciso dizer: Sorria!
É ter comigo um vidro de perfume, que me destes, lembrança-daquele-dia: Toque de Amor! Um, não! Três!
É passear entre os canteiros, para procurar a Grande Abóbora! Ora, Ora! Hora de ir embora...Que pena...
É saber de céu de estrelas, de Ilha, de irmãos se encontrando, arrastão, pescaria...
É aprender a dizer Delermanda...enquanto meu pai te chama de Mana...
Mana, maninha...maninho...Mano... esta consciência de irmandade que Alá, manda, nas Alamandas, Tia Delermanda ou Dilermana-toque-de-amor, sempre-viva em meu peito.
Fernanda Correia Dias
19 de outubro de 2011
para Tia Delermanda Silva dos Santos
de 7 de outubro de 1922
Nenhum comentário:
Postar um comentário