Mario Sergio, querido! 13 de fevereiro 2019
Mario Sergio, querido!
Foto Fernanda Correia Dias . Porto, abril, 2018.
Escrevo sobre
você aqui, em sua memória, melancólica homenagem, lamento, mas se você estivesse
ao meu lado, me diria gigante com voz de trovão: _Levanta a cabeça. É assim,
Fernandinha. Vamos! Você não está sozinha, cá estamos!
Te escrevo, porque
eu sei que você lia o que eu escrevia com interesse, e reclamava comigo e por
escrito, quando eu não escrevia por alguns meses e por motivos alheios a minha vontade: _... Aniversario de seu avô
Fernando e você ainda não escreveu uma palavra?
Tanta
doçura, amizade e inteligência, você me apresentou Lamego, as ruas, os
caminhos, a escola, a casa, por onde andou meu avô materno, seus irmãos, suas
irmãs, as flores, as frutas, os vinhos, as vinhas, as cerejas, os peixes... e chorava olhando para mim,
sem se esconder, quando precisei embarcar para o Brasil, fostes o maravilhoso e
atlântico Mario Sergio! Mar, Rio, Guardião (Sergio), o que protege!
Olhar para você era
olhar para a minha mãe! O mesmo tom dourado de pele, os lábios rosas, o sorriso e transparência no olhar e nos cabelos e a clareza nas palavras: _eu era muito pequeno, não
lembro de nada, mas guardei comigo tudo o que pude sobre meu Tio Fernando, seu Avô, o pai da sua mãe e minha prima!
Não era
religioso, mas me levou para conhecer a Nossa Senhora dos Remédios em Lamego:
_ Não tenho
religião. Não acredito em nada disso não. E dava uma solução prática ao
problema e pronto! Tudo resolvido! Não tem carro? Alugaremos a carrinha!
Atrás de mim,
passeia na estante, diante dos livros da minha avó Cecília Meireles, o barco rebelo, com barricas de vinho do
Porto, que você me trouxe e me entregou em mãos como um menino que vê a verdade
naquele brinquedo. De Portugal ao Brasil. Um querido! Um Homero! Famoso por
seus atos, homem mitológico e sensível o suficiente para me apoiar quando eu
propus a Semana Cecília Meireles e Correia Dias em Lamêgo. Festival Cultural, Artístico e Literário com os habitantes,
escolares e autoridades, celebrando o Irrivalizável designer Lamecense, meu avô,
Fernando Correia Dias e sua mulher, carioca, minha Avó poeta Cecília Meireles, celebrando as realizações!
Você, os
irmãos, cunhados, cunhadas, filha, genro, sobrinhos, netos e amigos, abraçaram as
minhas sugestões com amor.
Veja bem:
com Amor! Pois foi exatamente isso que você sempre praticou! Abraçar ideias e sonhos, com Amor! Um
Amor gigante, forte, oceânico, realizador, destemido, gratuito, espontaneo e assustador, como o seu!
Homem tão
amoroso e gentil que me disse assim: Tive uma única filha, porque quando vi a
mãe dela chorando e sofrendo tanto para o parto natural, me prometi nunca mais
causar aquela dor extrema em ninguém...
Quantos
homens, alguma vez, pensou assim?
Esse é o
único homem que eu conheci, que pensou assim. Que agiu assim. Que teve coragem de me dizer isso!
Prometeu à minha mãe que tudo faria para fixar a historia de Fernando Correia Dias em Lamego. E cumpriu. Deixou sob sua realização um volume com o título:CORREIA DIAS esquecido e inesquecível artista de Portugal e do Brasil, organizado por Arnaldo Saraiva.
Mas o maior
contributo dele, Mario Sergio, homem famoso, mitológico, não foi agir e
contribuir politicamente pela qualidade e excelência, nem nos acolher em seu
peito: _ Isso é dever de todos nós, ele me diria sorrindo e dançando na praça Almeida Garret, comigo, uma valsa, no São João!!!
O maior
contributo foi a prática de ensinar a todos nós e a mim, como o primo mais velho, mais experiente que nós e o mais querido, sua coragem e disposição para a beleza e enfrentamento da morte e da vida: _Levanta a
cabeça. É assim, Fernandinha. Vamos! Você não está sozinha, cá estamos!
Fernanda Correia Dias
In Mario Sergio para a Gaya e a Kenya, a Fatima, o Pedro e o Fernando; Mila e Gustavo e
para nossos amores, Aninha, Zezé, Noemia, Tomzé, Zé Cunha, Pedro, João, esposas e os filhos destes, assim como para os filhos de Fernando Jorge e Fernanda e sucessores, Gustavinho e os filhos da Zezé, sem esquecer Ondina e Fernanda, mãe da Aninha... e todos os amigos dos primos e amigos dos amigos
Amizade linda essa..! Nasceu dos laços de sangue, mas correu para muito além deles... Um viva aos Correia Dias per saecula saeculorum... Um beijo, Fernandinha <3
ResponderExcluirViva, Viva!
ExcluirAmemos todos a todos ad aeternum, ad infinitum.
Lembrei desse poema que conheci através de Cat Stevens...
O´Caritas
Hunc ornatum mundi
Nolo perdere
Video flagrare
Omnia res
Audio clamare
Homines
Nunc extinguitur
Mundi et astrorum lumen
Nunc concipitur
Mali hominis crimen
Tristitate et lacrimis
Gravis est dolor
De terraque maribus
Magnus est clamor
O caritas, O caritas
Nobis semper sit amor
Nos perituri mortem salutamus
Sola resurgit vita.
O caritas, O caritas
Nobis semper sit amor
- O amor, o amor, sempre estará entre nós! É a única matéria da vida! E renasce por ele mesmo!
Beijo, Telma querida!
Obrigada ma, te amo <3
ResponderExcluirTambém te amo muito, minha filha Gaya!
ExcluirLembra: _Levanta a cabeça. É assim, Fernandinha. Vamos! Você não está sozinha, cá estamos!
Cá estou, Gaya, ao seu lado e ao lado de todos. Beijo da Mummy, Mommy, Mamãe, Fernandinha...
Lindo Fernandinha. Parabéns! Quem tem um Amor assim, vence na vida. São essas luzes que iluminam o nosso caminho. Como eu gostava de ser candeia de alguém Abraços do mar.
ResponderExcluirAh... Minha flor! Tu és Margarida vulcânica e insulana, da Casa do Vulcão e gostarias de ser candeia de alguém? Algum específico? Porque dos demais, tu és!Pergunte à Telma! Ao Tomaz, ao Victor, à Orisia, ao Antonio, ao Carlos, "o" Machado! Pergunte à Cecília,ao Armando, Vitorino... Conceição, Inês, Joãozinho... e outros que passam na minha frente neste multidão, isso sem dizer os de cá, do Rio de Janeiro...Piedade,Guiamares, Rita, Mathilde, Kenya, Gaya e a Puc-Rj!!!
ResponderExcluirOra,ora, Dona Margarida, até Montigny conhece o facho da sua candeia!!! Vamos lá! Cá estamos, não é Telma?
Cadê você, Telma tradutora-de-Ou-isto-ou -aquilo-de-Cecília-Meireles-para-inglês ???
Beijinhos para vocês, para todos e para o sempre presente, Mario Sergio. Abraços de Mar!!!
Estou aqui, Fernandinha! Cá estamos, Margarida! Vocês duas iluminam tudo ao redor, com sua paixão abrasadora, com sua amizade que acalenta e acalanta, com sua luz estelar! "Rastro de flor e estrela, nuvem e mar. Seu destino é mais longe e seu passo mais rápido: a sombra é que vai devagar" <3 Beijos às duas
ResponderExcluirEitah, Telma! Que linda! Ontem ouvi a Cecília que encontrei no teatro me dizer dois poemas da minha avó Cecília Meireles, assim de memória e tão bem dito, que eu sempre aviso que a senha para pertencer imediatamente à minha família Ceciliana é essa: ter esta altura de espontaneidade e beleza!
Excluir"Cor" em latim é coração, saber de cor é saber de coração! Linda! Telma!!! Beijinhos em você e na Margarida vulcânica também!!!!
Amigas, aconteceu aqui, nestes rochedos, o XXIV Congresso de Antropologia Ibero _America...Ficamos todos mais juntos. Procurei por vós.Sei que estiveram aqui com vosso grannnnnde espírito Tenho a certeza!Para a próxima têm de vir de corpo e alma. Temos de ficar atentas. Temos de alargar alguns círculos e criar grandes rotas. Vamos criar mais ciber espaços, rápidos e infinitos. O mundo mudou, e nós também. Este fim de semana foi lançado mais um livro sobre Armando Côrtes Rodrigues, uma tese de doutoramento de Anabela Almeida. Vejam notícia no Facebook, Maria Stuart,com camélias no perfil. Vejam também fotos do Congresso. Estamos mais perto. Abraço insulano, Margarida
ResponderExcluirMargarida Oliveira eu te busquei no Facebook mas não estás com esse nome...Então? ABRE-TE-SÉSAMO!Beijinhos!
ExcluirAndaram pelas caldeiras das Furnas? E não me chamaram? Nem à Orísia? Ao Victor? Como foi? Telma! Você esteve por lá?
ResponderExcluirE onde está esse endereço de Face para irmos lá visita-la e ficarmos mais perto? Vamos! Estamos com imensas saudades, não é Telma? Beijinhos cariocas em vocês!
Fernandinha
Amigas vejam Maria Stuart com camélias no perfil... Foi uma amiga que me fez isso. Achou que eu tinha a ver com a outra, principalmente por ser uma lutadora, por vezes incompreendida. Oxalá não me condenem ao cadafalso eheheheh e vocês como andam no ciber espaço. Qual a vossa nave? Fico a aguardar para seguirmos nossa viagem juntas. Abraços. Temos muito a falar. Margarida insulana
ResponderExcluirPois, pois pois... Veja o email que te enviei sobre este assunto... O livro ainda não está à venda Consegui um pela Câmara de Vila Franca do Campo. Tens de o ter aí. Vou falar com a Ana Almeida e fazer esta ponte, imprescindível. Vamos continuar, sempre em frente...abraco grande, Margarida insulana
ResponderExcluirMinha preciosa flor, Onde está a Maria Stuart? Passeando em Vila Franca do Campo? Comeu todas as minhas queijadinhas??? E onde vejo a Ana Almeida? Condenar-te ao cadafalso? Mas vou eu no seu lugar se preciso for! Estamos no ciber espaço sempre atentas. Umas com as outras e nos pastoreando, porque a vida é curta, mas é larga e eu estou morta de saudades de vocês. Escrevam logo!Oh do Vulcão! Explicas aos amigos, que também sinto imensa saudades deles! De todos! Beijinhos, Fernandinha
Excluir"Tive uma única filha, porque quando vi a mãe dela chorando e sofrendo tanto para o parto natural, me prometi nunca mais causar aquela dor extrema em ninguém..."
ResponderExcluir(!!!!!!!)
Dito por um homem lindo, forte, sábio e com voz de trovão, Grazi, é absolutamente tocante.
ResponderExcluirSou mãe de duas filhas que nasceram de cesarianas,mas que pediram para nascer, quando acharam que era a hora. Poderia ter sido mãe de mais quatro. Não me arrependo de nenhuma dor que senti. Talvez tenham sido as dores mais fortes que um ser humano suporte, mas também a consciência de um super-poder: Eu faço humanos que crescem dentro de mim! A natureza é sábia! A dor é forte, insuportável, mas você esquece e nasce também uma mãe! Beijo, Grazi! Gosto imenso de ser mãe e dos meus bebês!