quarta-feira, 2 de julho de 2014

Frescor
O frescor da casa. Foto Fernanda Correia Dias
Ainda. A umidade no ar elevada, mas este angulo da paisagem em que o verde da folha da fruta-pão tem como fundo o roxo da umidade ascendendo da floresta no morro.
Ah... A hora. Tem esta preciosidade da hora na fotografia que eu gosto de olhar.. Repara que sobre o montinho verde, parte está ao sol e parte é sombra. A temperatura me toca com esta presença gelando e a mata transmuta meu hálito, nem sou mais de carne, sou de seiva lenta. Dourada.
Sou sim. Muito especial porque pertenço à isso. Isso que poucos, muito poucos, vão pinçar  neste texto néctar. Voltarei muitas vezes para este ângulo. Principalmente meus olhos vão beber o amarelo daquela folha, o desenho de tudo que está em contraste recortando a luz. Aquelas. Aquelas folhas. Aquelas folhas que estão entre as outras sonhando conjunto nesta luz rosa tocando o tronco e transmutando paredes brancas em superfícies roseclair...
Oh. Afaste-se com esta leitura na memória e que à ela você possa recorrer quando perceber-se seiva lenta e dourada na mais flagrante felicidade por isso.
Fernanda Correia Dias
in Seivas, temperaturas e umidades

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