domingo, 9 de julho de 2017

Fernanda Correia Dias . Fotógrafa . Lótus da Índia

Jean Paul, meu melhor amigo francês! 
Hoje pendurei a vitrine, pensando em você. Na sua inteligencia e sensibilidade. Reto, correto, culto, amigo da primeira hora, no instante. Raríssimo. Pessoa rara.
O que é uma pessoa rara? É aquela que passa por sua vida sempre sendo para você a melhor pessoa possível! O melhor caráter! Desde o primeiro encontro ao último. E ficam assim para O Sempre.
Humm... mas são raríssimas, mesmo. Tenho a sorte de ter amigos raríssimos. Tenho um outro amigo americano, meu primeiro amigo na América, com a mesma força de raridade. Essa força que só encontro nos meus consanguíneos. Jean, é um espírito elevadíssimo, capaz de me dizer verdades com amor. Impedir e afastar os perversos do círculo e converter os espíritos rasteiros, os circulantes, em dignos. O maravilhoso designer japonês, visitando Paraty, vestiu a coleção, comprou muito e aplaudiu. Jean Paul ligou para me dizer que era espontâneo as pessoas se apaixonarem pelas estampas criadas por mim e expostas na pequena vitrine, principalmente os mais sensíveis e experientes. E que a cópia dos meus produtos por uns fabricantes da região,era a consagração da minha arte de criar, porque ninguém copia o que não admira ou o que não vende...A questão é que eu estava sempre adiante inventado mais e mais e os copiadores iam ficando para trás porque não tinham qualidade, harmonia, inteligencia ou porque simplesmente eram cópias e copiadores.
Afirmava o que aprendeu com Chanel: o luxo não é o oposto da pobreza, mas da vulgaridade. Assim, quando ele abria a vitrine para tirar aquelas peças exclusivas, ele sabia que estava diante do meu trabalho que era vivo, sensível, original e pelo qual ele tinha tremenda admiração por não ser moda, mas estilo.
Jean citava Coco: a moda sai de moda o estilo jamais.
Para este texto Jean acrescentaria mais Chanel: Não é a aparência, é a essência. Não é o dinheiro, é a educação. Não é a roupa, é a classe. 
Um ser de seiva culta, interessado em compreender o valor, em acolher, praticar  e acrescentar honestidade, verdade, essas qualidades de caráter raro sempre e mais ainda nos nossos dias.
Fernanda Correia Dias
in o estilo jamais.




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