segunda-feira, 2 de maio de 2016

Feliz Natal . Fernanda Correia Dias

A Bola de vidro e a refletância
Para a Lina Tamega até sempre, JoaLina!
Os ares do tempo, ventando verde, espelho e vento, fizeram assim..
Um sopro de vidro de amor, divino, desventando liso, faces minúsculas lá dentro,
elas, eles, nós e os demais, no centro do peito, deslizamos em verso, síntese, nexo,
abduzidas  e silenciosas pelo concavo e pelo convexo...
A festa contém a mesma árvore acesa sobre o tapete que voa, anos, naquelas noites e todos nos acompanham com música, muita música, enquanto nos olham e nos olhamos.
Refletância. Prata, alumínio ou amalgama de estanho sobre o vidro em esférica lâmina.
Sobre nós, brilha a estrela guia e os pisca-piscas, vês, nos avisam quando o fim e o recomeço, sempre e para sempre! Vemos? Vemos. Porque Papai Noel não faltará com nossos presentes, presentes nos presentes.
Eu pedi para te encontrar na festa e quis te deixar dentro da festa permanente, JoaLina, por isso, conserva com você e com os seus, a beleza da fragilidade da bola de vidro, que faltará nesta caixa, ventando verde, espelho e vento nos ares do tempo em festa de vida permanente. Presente do Presente!
Fica perto, bem perto, lá dentro do espelho, do brilho, irmã, onde as noites estão repletas de estrelas _pães de mel também, balançamos nos braços da árvore e conscientes, no fio do açúcar que desenha_ a vida é este sopro, antes de nos multiplicarmos pelas letras no chão, infinitamente.
Trouxeste o Padre Pio e a Andorinha de Bordalo?Vamos ao Amanhã? Lembras teu filho? A neta?
Vamos! Recebi o poema da Bola de Vidro que escrevestes com ar da tua respiração e te envio agradecida, estas noções que ficaram comigo, noções e verdades que foram dadas por todos estes anos que convivi e que reencontrava estas caixas de bolas de espelhos, verdes, sempre verdes...Vedes? 
E naquele dia quis te dar o que ninguém te daria. 
Algo sem nenhuma importância para qualquer um.
Menos para nós, abduzidas que somos nas imponderáveis faces das ideias, para as novas vidas!
Eu, a neta de Cecília e a dona das caixas de bolas verdes de vidro da árvore de natal...naquele dia, em que entreguei pessoalmente na sua mão, e aceitastes, a fragilíssima bola da caixa, pertencente à árvore de natal...de todas as noites de sonhos,  tão fina, esta que não fabricam mais, nunca mais... esta que se cair, multiplicará seu rosto perplexo três mil vezes refletido e refletindo nos espelhos no chão e que puseste no lugar mais seguro e inquebrável: No teu poema, A Bola de Vidro; na sua mão.
Beijo Lina, da Fernandinha
Fernanda Correia Dias
In A Bola de Vidro e a Refletância





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