quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Carpas
Carpas I . Foto Fernanda Correia Dias

Faz tempo que não te escrevo poema,
sempre o mesmo, sempre o mesmo.
Vou dando voltas nas águas, 
acrescento outras falas, vou te apalpando nas ondas
e te assombrando de sopros felizes as suas sombras,
destilando essências,
voando a velocidade da luz
indo e vindo, no faz, fez, fiz, fui... 
Atendo urgência
vestida de sucessões de instantes
eu sou o circulo da água 
a transparência importante
circunscrita no oceano
sou a terra rodando
sou a vida profunda visível da superfície
o prisma, a flor de sal, água, silex, cristal, diadema 
no corpo da sua rede
o tudo simultâneo a esta manhã de sol que te inscreve,
com perguntas, poema!

Fernanda Correia Dias
22.01.2014  13:30
in  A voz


Um comentário:

  1. Reencontrando esse poema, hoje, aqui, agora. É tão importante escrever!! Acabo de reler e é muito bom. Capturou o instante. Me capturou neste instante.Me remeteu para aquele agora. Estou em 9 de outubro de 2018. Muito bom. O quinto verso retém a gralha da escrita. Em: as suas sombras, leia: nas suas sombras
    É assim...Vou escrevendo sem revisar. Não dá mesmo tempo. Tenho tanto para fazer!!! A poesia? Escapa. Fernanda Correia Dias

    ResponderExcluir