segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

A flor de Lis . Foto Fernanda Correia Dias

Venha Hércules, venha ver com os meus olhos aquilo que você mamou, agrediu, destruiu, ofendeu e profanou. Em vão.
A sua loucura não pode apagar a luz e a perfeição. Não pode dar sombra à pureza de espírito. Hera estava dormindo Hermes...Hércules mamava a imortalidade... Com fúria.
Do leite de Hera, duas meninas: No céu  a Via Láctea, na Terra a Flor-de-Lis apontando sempre o Norte na Rosa -dos-ventos.
E da tua fúria Hércules, a violência. Um nada. Um nada! Um nada Hermes!
Ah... Estes velhos amargos que mamaram doçuras e que mortais vão arder silenciosamente no inferno. Para que serviu a vitoriosa vaidade da fúria se a loucura não pode apagar a luz e a perfeição? 

Fernanda Correia Dias
in A companhia.



quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Ipanema e Leblon . Dois irmãos. Foto Fernanda Correia Dias

Muito calor, alto verão, Ipanema e Leblon super diferente da minha adolescência, quando todos eram jovens, saudáveis, inteligentes, sensíveis, alegres e estavam felizes nas calçadas entre picolés, bicicletas, pranchas e biquines.
Notei ontem que alguns predinhos não existem mais, foram para o chão recentemente e outros já estão vazios...Irão. Foi assim em Botafogo, Leme, Copacabana me explicavam minha mãe e tias sobre o passado na adolescência delas. Eu vi em Santa Tereza, Laranjeiras, Cosme Velho, Gávea, Jardim Botânico e Lagoa e está sendo em Ipanema e Leblon. Os filhos dos antigos moradores levaram os pais para a Barrinha, Barra, Peninsula, Vargem Grande, Itanhangá e os terrenos de Ipanema e Leblon fechados de tapumes enquanto operários zam-zam para lá e para cá entre betoneiras e bate-estacas. Ipanema e Leblon bairros baixinhos cercados por predinhos, casas e jardins e cobertos por um azul de céu intenso estão todo dia mais verticais. Corredores de muros altíssimos, nem sei onde está o céu... Ipanema e Leblon muito abafada. Muito abafada. Sem uma brisa no ar. Nas calçadas de Ipanema ao Leblon, sou abraçada por amigos proprietários de prédios que vivem de renda de locação e venda de seus imóveis e que estão animados com as mudanças! Jarbas, Ruth, David, Roberta, Esther, Monica, Rosa, Jaime, Rachel...E por lufadas de muito calor contrapondo ao ar-condicionado que escapa das portas das lojas...O tempo no corpo das pessoas e também no meu, é o mesmo que está dentro da vida das frutas...Os rostos, mãos, pescoços, cabelos somados à bengalas, andadores, tatuagens, piercings, perucas, apliques, protetores solares, bicicletas passa pela aparência de ainda existir fruta na aparência, mas é só aparência, conclui a Ruth! Pena que não vai ficar para semente!
Pena mesmo, porque gente da qualidade de Ruth, do Miro, da Marília e do Eduardo...Nunca mais! Não tiveram filhos...A questão pondera David é que ainda estamos por aqui resistindo ao calor, sol, barulheira, vida e poeira. Sensação térmica é de 70 graus!
Este calor vai secando a vida de cada um. É preciso hidratar com mais e muita vida, água, alegria, disposição, inteligencia e amor por tudo o que chegar de novo, porque nada é para sempre.
Se a natureza se zangar, vai tudo para o chão, dentro do chão e começa tudo outra vez... ou não...
Fernanda Correia Dias 
in tudo outra vez... ou não...



terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Crachá Rock in Rio 1985 da Fernanda Correia Dias-30 anos

Limpeza nos arquivos e gavetas, televisão ligada a notícia sobre o aniversário de 30 anos do primeiro Rock in Rio em 1985 no Rio de Janeiro. Parece redundância in Rio no Rio de Janeiro, mas não! É que a marca agora visita outros países e no mesmo modelo de negócio mantém o nome. O realizador também se perpetua de Roberto para a filha Roberta! 
Mas... voltando ao instante das gavetas e da tv... Freddie Mercury cantando Love of my life para aquele imenso público jamais reunido num só lugar e o crachá do Rock in Rio na minha mão? Passados os 30 anos do Rock in Rio, que eu já tinha comemorado no post anterior com a primeira coleção de produtos Rock in Rio criados, fabricados e comercializados exclusivamente no evento... Este cartão plastificado com meu nome surge na hora da matéria da tv? Que ordem rege as coisas e a história das coisas? Que sincronicidade faz um cartão sumido tantos anos surgir quando falam do evento passados os trinta anos?...? Por que eu não me desfiz deste cartão plastificado em trinta anos? Por que eu estou limpando arquivos e gavetas? Por que eu arquivei este crachá na pasta que nada tem com isso para tocá-lo novamente no instante em que Freddie Mercury está cantando Love of my life...e eu sei que estou lá cantando com este crachá no meu pescoço...
Fernanda Correia Dias
in A Ordem da História das Coisas escrevendo histórias

domingo, 11 de janeiro de 2015

Rock in Rio . 11 de Janeiro de 1985
Coleção Rock in Rio . Designer Fernanda Correia Dias . Mundial. Mundi Team

Passados trinta anos e a vida sempre começa agora!

Fernanda Correia Dias
in Coleções 

sábado, 10 de janeiro de 2015


Eu sou o resultado de todas as minhas experiências anteriores, de tudo o que vivi.
Levezas. Transformo lastros em levezas e voo. Voo!
Equilíbrio!
Viver também é metamorfose e risco de ser feliz muito feliz, sempre em voo!
Tal pré-disposição pode ser genética ancestralidade... Água, areia,  fogo e ar...Ser feliz meu bem, não é mercadoria que se compre...Nem mesmo é possível emprestar ou deixar de herança...Não vá a lugar algum para buscá-la que não seja dentro de si.
Quando estou indo estou vindo de tanto que sei onde encontrar felicidade em abundância.
Sou quântica.
Um mar imenso sorrindo gratidão para os próximos anos é o que tenho. Ar!
Fernanda Correia Dias
in Levezas