sexta-feira, 24 de abril de 2015

Vista do Vidigal. Residencia Joaquim Redig . 
Foto Fernanda Correia Dias

A fotografia da inauguração da estátua do Pedro Alvares Cabral no Rio de Janeiro, que está neste instante no Instituto Moreira Salles na exposição Um Passeio pelo Rio - a cidade nas andanças de Joaquim Manuel de Macedo, quando vista na projeção que alcança 2,20 x 9 m é comovente! Mergulha-se na fotografia à voo de pássaro e vê-se a multidão aglomerada ao evento da inauguração da estátua, trajando paletó, colete, chapéu e de tal forma tão próximos um do outro que nem no carnaval observa-se proximidade igual. As expressões, a felicidade, a preocupação, a curiosidade... Tudo ali, no instante imenso! Eram as comemorações dos 400 anos da visita de Pedro Alvares Cabral ao Brasil , portanto o ano de 1900 e é a festejada estátua de autoria do mexicano naturalizado brasileiro Rodolfo Bernardelli. Em 2015 a estátua está nos jardins da Glória.
Rodolfo Bernerdelli foi professor de estatuária da Imperial Escola de Belas Artes, instalada no Rio de Janeiro em 7 de novembro de 1826 e por 25 anos Diretor da Escola Nacional de Belas Artes.
É na Glória, onde está a estátua de Cabral que situa-se a Escola Municipal  Deodoro  que homenageia Deodoro da Fonseca, primeiro presidente republicano do Brasil e que foi inaugurada em 20 de novembro de 1908 na presença de Olavo Bilac, o Presidente da República, então Afonso Pena e o Prefeito do Distrito Federal Sousa Aguiar. 
Olavo Bilac, poeta e Inspetor de Educação foi quem deu à Cecília Meireles a medalha de ouro por seu excelente desempenho primário.
Afonso Pena, advogado e o único membro do Gabinete Imperial de D.Pedro II que se tornou Presidente da República, foi Presidente do Distrito Federal de 1906 a 1909.
Sousa Aguiar, engenheiro e coronel militar -Coronel Francisco Marcelino de Sousa Aguiar- foi prefeito do Rio de Janeiro de 1906 a 1909, concebeu a estrutura metálica, montável e desmontável, projetada para ser o Pavilhão do Brasil na Exposição Universal de 1905 em Saint Louis no Estados Unidos da América, que após evento foi remontada no Brasil, Rio de Janeiro em 1906 para a Terceira Conferencia Pan-Americana e em homenagem ao presidente norte-americano James Monroe, criador do Pan-Americanismo. O Pavilhão Saint Louis passou a ser conhecido como Palácio Monroe. Levada por minha mãe eu brincava com os imensos leões que existiam no fim da escadaria até março de 1976...!
Foi naquela escola Deodoro, na Glória que minha Avó Cecília Meireles, também deu aulas para meninas de 15 anos nos anos de 1920. Estava solteira, noiva do meu avô Fernando Correia Dias e participavam das suas aulas as irmãzinhas Marina Hermida Bruver e Maria Laura, suas melhores alunas, que eu conheci pessoalmente aos 103 e 104 anos.
Cecília nasceu em 7 de novembro de 1901...
Nasceu em 22 de Maio de 1906, Olavo Redig Campos, excelente arquiteto brasileiro que criou a residencia do  Walther Moreira Salles, atual Instituto Moreira Salles... Olavo é pai do professor genial, Joaquim Redig, que estudou profundamente a bandeira do Brasil e publicou seu estudo e conclusões.
A janela da fotografia acima é um dos pontos de vista do Rio de Janeiro , descobrindo o Brasil, visto da residencia de Joaquim Redig.
22 de maio, 22 de abril, minha irmãzinha também nasceu em 22 de abril...7 de novembro, 7 de novembro...minha avó também nasceu em 7 de novembro...
Somos como aquela fotografia da inauguração da estátua...de tal forma tão próximos um do outro que nem no carnaval observa-se proximidade igual. Quânticos. 


Fernanda Correia Dias
in Visita de Pedro Alvares Cabral, Rodolfo Bernadelli, Olavo Bilac, Sousa Aguiar, Afonso Pena, Deodoro da Fonseca, Olavo e Joaquim Redig, Marina e Maria, Walther e Instituto Moreira Salles, minha irmãzinha e meus avós Cecília Meireles e Fernando Correia Dias na Gávea, Rio de Janeiro






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