quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Zezinho, o Gueiros
Chuvinha na Lagoa II . Foto Fernanda Correia Dias

Quando eu soube que perdi Zezinho, já tinha passado três semanas... Meu coração mitológico ficou me lembrando que eu ainda era "A" mulher mitológica de Zezinho naquela primeira noite que ele me conheceu e brincava comigo, Carmem, Fafá e os Palíndromos... É... palíndromos, aquelas palavras ou frases que mesmo quando lidas de trás para frente não perdem o sentido, tipo ovo, osso, arara, rever, reviver,socorram subi no onibus marrocos; luz azul; a miss é péssima; a sacada da casa; SATOR AREPO TENET OPERA ROTAS, naquele famoso quadrado mágico das ruínas de Pompéia...que traduzido significa... semeador Arepo, com seu carro mantém com destreza as rodas. É um quadrado de cinco palavras onde se lê sempre o mesmo, de cima para baixo da direita para esquerda, de baixo para cima e da esquerda para a direita... e agora lembro da Bia, a Beatriz, a Bracher quando li em 1993 a marca da editora em que as somas sempre davam 34... Números de 1 à 16, preenchendo 16 quadrados, quando lidos na horizontal ou vertical somam sempre trinta e quatro...
Ah...A vida é linda!
Agora Zezinho está na minha frente dentro do texto da revista Ventura publicada em 1992...Onde leio: Hoje tornou-se amanhã. Libertei-me dos grilhões do tempo, rompi a lógica, estou em pleno vôo sem corpo e sem distância. Diz ainda pertinho das ultimas letras: Do livro a ser publicado Enigma com poemas de José Alberto Gueiros e desenhos de Mário Agostinelli.



Fernanda Correia Dias
in "A" mulher mitológica de Zezinho

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