sábado, 28 de junho de 2014

Eu, Nice...   
James pensando . Foto Fernanda Correia Dias

James, ela gosta de bichinho e é capaz de me contar chorando como foi que a Paloma voou para o céu com pureza  d´alma. Desmarcou nosso encontro, mas compareceu porque eu não sabia que ela desmarcou por mensagem que eu não recebi... Obras! Poeira! Oh...Céus! Verde-Fendi, verde-musgo...É muito para a minha amiga que precisa respirar com calma... Lembrei do poema que ela escreveu e ela me disse por inteiro, de memória, prodigiosa...Lembrou dos filhos, dos amigos, das minhas filhas, do último dia do ano, explicou o silencio, subiu, desceu, levantou, sentou e nos trocou de mesa para assistirmos ao espetáculo da sobremesa com bananas flambadas em calda de laranja e conhaque dentro de frigideira de metal amarelo, açúcar e aroma! 
Atenta ao grão, ao que eu estava lendo, ao livrinho que me acompanhava, me pediu para escolher uma página e com o livrinho fechado, abriu onde estava o poema XXX que começava assim: S´il suit le Tao, le ministre qui aide le roi ne devra pas recourir à la force des armes pour soumettre les peuples. E depois que li e traduzi me pediu para ler também o XXXI : Les armes les meilleures ne sont pas des instruments de bonheur.
Ela leu  o post de Flamboyant na Maracanã. Foi um dia de muitos Fernandos. Até dentro de papelinhos. Nós não temos tempo, temos que seguir o curso das responsabilidades com o dia e a vida e lá fomos nós nos despedindo e nos separando num até breve! Sabe James, não fique assim pensando. Eu, Nice, você, Mathilde, Cecília, Gaya, Kenya, Paula e a Ilha Grande no primeiro dia do ano de alguma forma estávamos ali, naquela varandinha que estou vendo daqui quando a linha do horizonte disse assim: Em paz.

Fernanda Correia Dias
in Eu, Nice...


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