quarta-feira, 2 de abril de 2014

Sem Cecília Meireles eu morro
Fernanda Correia Dias fotógrafa e pintora do azulejo Estrela do Mar

Hoje na Academia Brasileira de Letras, estava conversando com a Professora Danielle que me contou que levou as crianças de sua escola na Gávea para conhecer a piscina, o banco e a fonte de cerâmica criados por Fernando Correia Dias. Estes trabalhos que foram imaginados e construídos como mobiliário de jardim para a residencia do Dr. Guilherme Guinle, são mais que simples mobiliários, são verdadeiras declarações arquitetônicas de inteligência e sensibilidade. A piscina convida a desfrutar o frescor das águas do Carioca sem represar as águas, admirar a beleza de nossa fauna e flora sentados num banco ergonométrico e beber águas cristalinas cara à cara com um lindo e generoso tupinambá! A Residencia do Dr. Guilherme Guinle é hoje, o conhecido Parque da Cidade, que fica lá em cima da rua Marques de São Vicente, na Gávea.
Fiquei muito feliz de saber que a professora Danielle levou seus alunos para plantar mata atlântica e conhecer as obras de Fernando Correia Dias. Porque amar o Rio de Janeiro, o Brasil, preservar a Mata Atlântica e respeitar os índios, aprender que eles fazem cerâmicas admiráveis e que dominam tecnologias espantosas, desde fazer uma canoa para 10 indivíduos sem derrubar uma árvore até atravessar mais de mil pessoas sobre um rio muito largo numa ponte desarmável, é iluminar indivíduos para o futuro, é oferecer o ótimo, tão desejado por Cecília Meireles, para a criança, o novo indivíduo do amanhã.
E porque eu falava de meu Avô Fernando Correia Dias e de minha Avó Cecília Meireles, Elissandro Aquino da Livraria Viramundo de São Lourenço me contou que estava na livraria no dia que a menina de 8 anos pediu um livro de Cecília Meireles, ele apresentou dois e ela preferiu o que não tinha nenhuma ilustração. Antes de sair da livraria e abraçada com o livro ela disse:
_Sem Cecília Meireles eu morro.
Concordo.
Beijo para todos.
Fernanda Correia Dias
in Geografia Familiar

3 comentários:

  1. Telma!
    Na Escola Municipal Luiz Delfino, na rua Marques de São Vicente, a turma da Professora Danielle canta Os tamanquinhos de Cecília Meireles, ao ritmo de Rap e são verdadeiros Cecilianos porque leem muita poesia de Cecília. A escola tem em sua biblioteca os livros de Cecília Meireles e principalmente edições de Ou isto ou Aquilo/Cecília Meireles.Todos os livros bem conservados, lidos e mui-amados. Na minha visita ganhei violetas e borboletas (azuis) de origami e lembrei daquele poema que gosto tanto de Cecília Meireles, que começa assim:No mistério do Sem-Fim existia um planeta...
    Já imaginou se essas crianças pudessem abrir um livro Ou isto ou aquilo trilíngue?
    Beijinhos, Fernandinha/Fernanda Correia Dias

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  2. ah, que lindo ouvir o Rap dos Tamanquinhos cantado por crianças! eu adoraria!

    sim, seria demais se elas tivessem um livro trilíngue! ☆ ★ ☆

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