segunda-feira, 21 de abril de 2014

Auto-retrato

Auto-retrato I a . Fernanda Correia Dias

Auto-retrato, eu fui mudando, fui deixando de ter a casquinha que eu tinha e continuei dentro de mim.
Muitas vezes fiquei assim, com o olhar parado pensando que alguma explicaçao viria me abraçar.
Normalmente vinha. Minha mae era a propria explicaçao.  Me abraçava. Quando nao vinha eu pensava o quanto me fazia falta nao ter o abraço da minha mae naquele instante.
Agora por exemplo, que o teclado nao escreve nenhum acento grafico eu passei por esta expressao do meu desenho. Por que a casquinha muda, mas a expressao e o sentimento e o mesmo. 
Ela me disse: Escreva assim mesmo. Depois que o teclado voltar a funcionar, voce corrige. Está bem. Entrou um agudo como? Não me pergunte... Agora entrou o til... 
Então...vou corrigir...Auto-retrato, eu fui mudando, fui deixando de ter a casquinha que eu tinha e continuei dentro de mim.
Muitas vezes fiquei assim, com o olhar parado pensando que alguma explicação viria me abraçar.
Normalmente vinha. Minha mãe era a própria explicação.  Me abraçava. Quando não vinha eu pensava o quanto me fazia falta não ter o abraço da minha mãe naquele instante.
Agora por exemplo, que o teclado não escreve nenhum acento gráfico eu passei por esta expressão do meu desenho. Por que a casquinha muda, mas a expressão e o sentimento são os mesmos. Ela me disse: Depois que o teclado voltar a funcionar você corrige. E você percebeu que eu fui abraçada? A vida é para frente.
Fernanda Correia Dias
in Acredite quando quiser



2 comentários:

  1. Telma este coraçãozinho guardado e sozinho em comentários, combina muito com tudo o que esta escrito acima e desenhado. Beijo, obrigada.

    Beijo da Fernandinha/Fernanda Correia Dias

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