segunda-feira, 17 de março de 2014

A beleza da arte em grades . Foto Fernanda Correia Dias

Tão sutis. Inteligentes. Delicadas e fortes o suficiente para dizerem visualmente: Não ultrapasse, não entre...
Transparentes. Meu olhar trespassa o véu de ferro. Mas são rígidas e parece que dançam, e são pensadas para  soar como improvisos...Andam... Esta elegância de ser um pensamento expresso em ferro como uma linha circulando num papel, como um crochet de leveza. Uma renda com esperanças de teias.
Ah... os homens esqueceram estas artes delicadas de liberdade e o que estas artes nos dizem além do quanto nos comovem...E as artes das grades de  hoje, quando não nos  fazem tristes por serem  inexpressivas, são absurdamente agressivas, nos fazem prisioneiros.
Eu ainda vou recolhendo no meu olhar e colecionando na minha memória a beleza da arte das grades que ainda existem nesta cidade. Deveriam ser todas perpetuadas como lições de levezas. Tão belas e inteligentes, que sinceramente me alegram muito, mesmo que enferrujadas, mesmo que muito olhadas...mesmo assim tão lidas... 

Fernanda Correia Dias
in Designs de inteligencias amorosas.

4 comentários:

  1. Gosto de grades... esta parece sibilar com todos esses "esses" em belíssima arrumação.
    Bjs.

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  2. Renda de ferro, guarda corpo na arquitetura. Bjs

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  3. Estelinha, sol, sombra, silencio, solução, salvaguardar, sobrevoar,solidarizar, solidão, sagrar, saudades,sempre, somos! Beijinhos!

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  4. Vera, "renda de ferro guarda corpo na arquitetura" é título.
    Vou pegar emprestado e escrever sobre isso, "dedicado à Vera Dias". Beijinhos!

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