segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Cão
Olhar de cão . Foto Fernanda Correia Dias

Conheço uns seres que lá em São Francisco,  aprendi a identificar como "OS BOCAS MOLES".
São umas pessoas que se esforçam em falar mal do outro. O outro que está bem próximo e com quem eles convivem as vezes, diariamente ou conviveram. Os BOCAS MOLES, são completamente obcecados em denegrir a imagem do outro, criam mentiras e juízos e atribuem verdadeiras invenções, cases e testemunhos que segundo eles fundamentam suas ações de prosseguirem propagando vinganças e enganosos assuntos no prazer secreto de destruir aquele da sua alça de mira, difamando.
Inveja, raiva, impotência  e presunção são as forças motivadoras dos BOCAS MOLES.
Perseguem suas vítimas implacavelmente. Eu não tenho tempo para eles, nem creio que eles não mereçam atenção. Merecem. Por isso faço esta anotação: Merecem ser estudados profundamente, porque semeiam raiva, ódio, impotência e presunção. São mesmo fruta podre. Deles eu me defendo com a claridade da verdade que vai dando luz a tudo e à todos.A verdade é absoluta e é amiga das crianças e dos cães.
Os BOCAS MOLES estão por todas as partes. Em todos os lugares e inclusive debaixo da sua própria cama! Para se ver livre deles, mantenha-se distraída.

Fernanda Correia Dias
in Carnaval





Carnaval



Eu tenho asas. Colagem . Fernanda Correia Dias

É Carnaval, Rio de Janeiro e eu não sabia que as crianças estavam todas na Praça.
Eu precisava correr, fazer meus movimentos diários mas resolvi caminhar e caminhando eu ouvi e vi algo impossível de traduzir. Mais ou menos assim: A Branca de Neve sentada no cavalinho branco e o menino descalço segurando as rédeas do cavalinho conduzia a Branca de Neve, sob as sombras verdes dos flamboyants. Atrás dois palhacinhos, um menino e outro menina, de chapéus de cone e imensas golas franzidas, sapatos enormes, iam fotografando a Branca de Neve no cavalinho...Cruzando, o "Super Forte" de capa preta, dava os primeiros passos da sua vida? Talvez... O fato é que o "Super Forte"era franzino...Um tiquinho de nada... Mas era no olhar que estava sua força. Olhava como o conquistador do mundo, aquele olhar horizontal de quem está vendo a linha do horizonte lá ao longe e desembaraçando raciocínios...
A Fada descalça trazia dois copinhos amarelos  e transportava de um para o outro, a areia da Praça... Pó de pilim-pim-pim que o sol tocava dando a magia da luz, aquela alegria que só a ótica explica tão luminosos efeitos...Abelhas e Joaninhas estavam sentadas de pernas abertas no chão da Praça com seus sapatinhos listrados e suas mãozinhas de luvas macias e as bochechinhas pintadas de carmim, como brinquedos antigos... Melindrosas com vestidos prateados de franjas, sapatos de salto, andavam de balanço e gangorra e havaianas dançavam samba botando-para-quebrar. Homem Aranha comia pão de queijo, Super-Man andava de velocípede com a capa voando... O Pirata lutava com a espada e  tronco da árvore. Mulheres-Maravilhas, poderosas atravessavam a praça de mãos dadas com Minies e Mickeys de orelhas de camundongos.
Fiquei pensando nos meus trajes  de Carnaval, naquela poética que a minha mãe e tias e avó nos davam quando nos viam fantasiadas... De bailarina, palhacinho, índia, melindrosa, pirata, bruxinha, fada, havaiana, anjo e na certeza que eu já tinha sido muitas e muitos...Fiquei pensando em como as fantasias me emprestaram faces provisórias, mascaras que eu não quis para a vida toda, só por um dia no Carnaval e no outro dia poder ser outra...E logo, logo um pesamento me rondando que eu ficava mais perto de mim quando eu percebia a diferença da fantasia e do meu amor por uma vida sem máscara, sem personagem. Uma vida desarmada. Sem precisar de traje, nem de personagem, eu me erguia do tapete para dançar, eu e a grande música, como faço naturalmente até hoje. Eu e a vida.Na praça.Caminhando entre os sonhos dos outros. O que tem que ser, tem a força.

Fernanda Correia Dias
in Perpétuo



terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Ilha de São Miguel Azores

Meu povo da Ilha de São Miguel . Azores . Portugal . Foto Fernanda Correia Dias

As vaquinhas ficam te olhando entre o céu e a terra, preto no branco, branco no preto e aqueles olhos de terra já viram tudo se repetindo... Os homens e as mulheres cuidando da terra, a terra cuidando das mulheres e dos homens. As vaquinhas ficam te olhando entre a terra e o céu, mas eu encontrei este povo dentro de uma caixa, todos enroladinhos em papéis de seda bem finos, estas mulheres, estes homens e estas vaquinhas de terra. Uns sopram uma flautinha, outros trazem a manta e o guarda-chuva, os dias em terras vulcânicas tem sempre as quatro estações. Estamos no meio do Atlântico, embalados por ondas azuis, o voo que me levou à São Miguel, chamava-se o voo azul. Não sabia se o avião estava voando sobre o céu ou sobre o mar... Por horas tudo era azul... umas baleias brancas? Umas ilhas espumando...? E já estava ali nos braços de Orísia, de Antonio, de Alcides, de Pedro, de Victor, de Antonio, de Lara, de Humberta, de Margaridinha....E não encontrei a outra Margarida nem o outro Antonio, aqueles do Museu Carlos Machado... Mas encontrei outro Antonio e Adelaide...E vi a casa de Armando Cortes Rodrigues e fui no mercado. Andei por toda a Ilha e comprei inúmeras e maravilhosas caixas de queijadas de Vila Franca. "O doce da minha vida"...E sentei diante da lagoa verde e da lagoa azul, e caminhei pelas margens ao lado dos patinhos.... e comi as vagens e as alfaces com as sardinhas e era um sonho e era realidade. Eu sabia onde estava, onde era a Igreja da Nossa Senhora das Oliveiras ao lado da casa dos meus antepassados e li que ali morou Jacinta a Avó de minha Avó Cecília Meireles... E entrei na Escola Cecília Meireles e passeei na avenida Cecília Meireles...Visitei a Biblioteca da Universidade, pedi os livros de Cecília...
E mergulhei nas águas quentes... andei por brumas e vapores, por caldeiras brancas, negras e tomei águas de cobres e mal acreditava que tudo aquilo ainda estivesse por ali  após estradas cobertas com rosas cor de rosa e hortênsias lilases, verdes, pinks... E as sempre-vivas, vivas, nos jardins de Orísia, em torno das casinhas de pedra escura... dura... a mesma que endureceu nas torneiras das bicas de água em 1524.
Este povo saiu de dentro da caixa, estão todos com catorze anos... E tudo parece que foi ontem, mas aprenda, Fernanda, aprenda...As vaquinhas ficam te olhando entre o céu e a terra, preto no branco, branco no preto e aqueles olhos de terra já viram tudo se repetindo... Os homens e as mulheres cuidando da terra, a terra cuidando das mulheres e dos homens.Todos muito amigos e amados. Todos unidos. Muito unidos e morro de saudades verdes e azuis do meu povo da Ilha de São Miguel, meu povo do D´ouro e da Ilha da Madeira , da Ilha Grande e da Ilha de Marajó... embalados por ondas azuis!

Fernanda Coreia Dias
in Perpétuo 


Mar
Meu mar . Foto Fernanda Correia Dias

Um mar imenso e lindo de carinho 
para o meu sobrinho Fernando 
que faz aniversário hoje, 18 de fevereiro! 
Beijo da Tia Fernanda que te ama!

Fernanda Correia Dias
in Geografia Familiar

Leão
Amizade Leonina . Foto Fernanda Correia Dias

Sempre tivemos um leão por perto, nos lembrando um rugido. Uma calma. Uma vigilância de ternura.
Pronto. Atento. Por ele passamos todos. Percebendo a velocidade e a exatidão de seus músculos.
É certo que nos inspirou a estarmos em alerta de todos os sentidos.
Sempre tivemos um leão por perto. Na varanda, no jardim, na sala. Um leão de massa, de faiança, de porcelana, um leão nos lembrando adulto e criança. Mas quem corria por fora, vencendo todas as letras,
salvando a todos da dor, do abandono, da tristeza era a leoa de carne e osso que nos lambia e que conhecemos pessoalmente. Reconhecida por todos como "A LEOA".  Era ela a minha e nossa mãe, muito semelhante a mulher correndo com a garrafa de remédio que José Malhoa pintor, pintou e que está no Museu Nacional Soares dos Reis -  veja minha mãe pesquisando O REMÉDIO de José Malhoa, séc. XIX . A Leoa é uma mulher-minha-mãe-mito-ícone que eu conheci pessoalmente e com quem convivi toda a minha vida correndo ao seu lado com o remédio e a cura.

Fernanda Correia Dias
in Perpétuo


domingo, 16 de fevereiro de 2014

Rugendas
Rugendas . Paisagem do Rio de Janeiro. Vista do Outeiro da Glória
Foto Fernanda Correia Dias

Sim. Estou vendendo esta fotografia imensa do trabalho de Rugendas ampliado. Está sobre chassi de madeira. O preço? Quanto você oferece? O papel é fotográfico. Deve estar com uns trinta ou quarenta anos de idade. Abra os braços.Uma braçada. Esta medida é a largura do quadro. 
O que gosto neste quadro é que escuto a voz dos representados inclusive  a voz da panorâmica. Alguém procura da murada o corpo de Estácio de Sá ou a flecha envenenada num 20 de janeiro de 1567? Um frade de pés descalços encontra um casal e balbucia Boa Tarde ou Lindo dia? Dois homens conversam sobre os Tamoios e os franceses? Um sentinela atravessa armado? Uma mulher está sentada ou caída? Os homens de capa escura acusam ou agradam? No mar as velas dos barcos escrevem que o vento sopra, mas tanto as palmeiras como as bananeiras estão estáticas. E o que dizem as sombras? É manhã bem clara ou cinco da tarde?Percebe que por aparências existem  infinitas possibilidades? E se naquele tempo Rugendas retratou esta paisagem que não mais corresponde aos anos de hoje, o certo é... tudo é provisório... É isso que eu aprendo todo dia. Tudo é transitório... Inclusive a minha e a sua vida.
Fernanda Correia Dias
in Vista, Vistas, Pontos de vistas

Café

Café com estrelas . Foto Fernanda Correia Dias

Minha Avó materna colecionava numa vitrine em sua casa, xícaras de café. Inventivas, uns sonhos. Colecionava mas usava para servir o café em sua casa. Assim reunia as xícaras e cada xícara trazia uma lembrança, países, amigos, vários assuntos! Parou de colecionar quando o café não valia mais à pena ser comprado no Brasil. Muito misturado, contendo outros farelos, alterando o aroma e o paladar. Eu era pequena e na minha mesa do café da manhã, não tinha café. Bebíamos sucos de frutas. Bebíamos muito leite gelado, sem açúcar e sem achocolatados. Bebíamos o mate gelado. Mas não tomávamos café. Quando alguém perguntava pelo café, minha mãe respondia que não valia à pena. 
Os anos seguintes foram sempre assim. Eu só via o café na casa da minha avó paterna ou na casa da minha Tia Elvira. Quando visitávamos Vovó Ana ou Tia Elvira, elas diziam: _Vou trazer um cafezinho para vocês. Eu não tomava. Via os adultos tomando, mas não entendia. Com aquele calor, as pessoas gostam de beber café? Quente? Por quê? Minha mãe respondia:  _Ah... filhinha... uma gentileza....
No trabalho a mocinha da recepção insistia: _E a Senhora não bebe um copinho de água gelada? Estou oferecendo água porque eu sei que a Senhora não bebe café! Ah...Água gelada? Sim!  Delícia!
No meu outro trabalho, meu assistente me oferecia chá. Chá de tangerina, morninho nos dias de chuva, geladinho no calor... Uma gentileza... Mas café? Café não.
Eu só tomava café se precisasse me manter acordada trabalhando durante uma noite inteira para vencer os trabalhos extras.
Minhas filhas nasceram e na minha casa repeti a minha educação. Muito leite, muitos sucos, mas café...não.
Nas minhas empresas eu precisava de trinta braços que eu não tinha, e tome café para virar a noite...E mais café para ficar acordada no dia seguinte, trabalhando, trabalhando...e ser pontual com a entrega dos trabalhos perfeitos. Mas a saúde não gostou de tanto café e me disse vá para cama se recuperar. Passei a tomar pouquíssimo café... Saiba: O café vicia. 
Então estava desenhando...e a secretária me trazia um cafezinho...Eu estava estampando pilotos e a costureira trazia um cafezinho... Estava testando cores e o assistente trazia um cafezinho...Ah... já não era o café que eu bebia, era a gentileza.
Eu hoje sou tão minha amiga que eu agradeço todas as gentilezas e não bebo mais café.Voltei a beber água. Muita água.Água em abundancia. Frutas. Muitas frutas. Leite sem açúcar, sem achocolatado. Geladinho.
Tem sempre um dia que você encontra você para uma conversinha sincera sobre a sua consciência. Ela não pode responder sim, se você não deseja tomar café, baseada na gentileza, em nome da sociabilidade... Sua consciência pode dizer, Não, muito obrigada! Porque vai entrar no seu corpo aquilo que você não quer. Isso é um ajuste fino.Delicado, mas muito importante para todas as suas pequenas e grandes decisões acertadas. Para a sua saúde.
Minha mãe me diria: Se você não quer, seja firme e gentilmente diga: Não, muito obrigada! Seu corpo é onde vive a sua alma. O que afetar seu corpo, vai afetar a sua alma. O que afetar a sua alma, vai afetar seu corpo. Você filhinha, é uma estrela. Pode dizer sim, pode dizer não. Primeiro a saúde. Cuide-se bem.
Fernanda Correia Dias
in Café com estrelas






quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Manga
Cascas de Manga . Foto Fernanda Correia Dias

Entraram na cartela os tons de laranjas entre o amarelo e o vermelho, surgindo do verde.
Verdade.

Fernanda Correia Dias
in samba para bom sujeito

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Manga
Cascas de mangas . Foto Fernanda Correia Dias

É verão, calooooor, seguem as mangas aos pedaços para a geladeira e ficam as cascas dentro da pia numa cartela de cores absolutamente dos trópicos. Quantos pintaram assim, com estas cores em passagens de amarelo para verde, de verde para vermelho e o preto...
É verão, caloooor, estou dentro da Escola Nacional de Belas Artes, e percebo que em jato de areia no vidro da janela tem uma tocha... E depois lá em baixo, no segundo andar, no mosaico do piso, outra tocha... E não é uma tocha o simbolo da Universidade do Estado do Rio de Janeiro? Também não é uma tocha a ilustração de quase todas as capas da Revista Ilustração Brasileira?
É verão, calooooor, quem desenhou todas aquelas tochas e por quê? Você sabe? Eu vou saber.
Fernanda Correia Dias
in Samba para bom sujeito

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Parar de fumar
O cor interna da Flor do Algodão . Foto Fernanda Correia Dias

Ninguém ensina você a parar de fumar. Dizem assim: Tome remédio, vá deixando devagarinho, jogue o pacote de cigarros para fora da janela do carro em movimento...
Não é assim.
Para aprender a fumar, você imita a amiga "esperta" que diz: Você: engole a fumaça e expira pelo nariz...É fácil...
Não é não, porque o organismo imediatamente rejeita aquela invasão ofensiva, você passa horas tossindo com os olhos vermelhos e não tem nenhuma vontade de repetir...Mas se quiser ser fumante vai ter que repetir... Eu lembro que era sacrificado repetir. Mas eu queria ser uma daquelas mulheres maravilhosas que apareciam nas propagandas dos cigarros e um dia o charm ia me matar. Não precisava de nada disso dizia a minha mãe, mas eu não acreditava. Ela insistia: Minha filha você é charmosíssima naturalmente. Eu respondia com outra pergunta; Sou?
O curioso é que 99,99 % dos meus namorados e pretendentes não eram fumantes, mas eu era.
A nicotina é o motivo do vício. Mas e o que mais tem misturado ao fumo? Vi na feira de ciências do Colégio Santo Agostinho nos trabalhos das minhas filhas... Era para ter deixado de fumar ali. Diminui, mas não consegui.
Então quis exterminar esta vontade. Pensei eu posso parar hoje ou posso parar daqui a mais uns anos, mas eu acho melhor parar de fumar hoje.Minha mãe já tinha me mostrado duas embalagens repletas de pontas de cigarro para que eu percebesse o volume da minha insensatez. Por que uma pessoa inteligente que sabe que uma substancia faz mal, ingere? Prometi parar de fumar, mas como?
Resolvi que eu tinha que desaprender a fumar. Mas... como? Quem manda em mim sou eu? Sou. Então basta me dizer que eu não vou mais fumar... Mas não é assim. Eu digo isso e vem a vontade de fumar.
Então beba água que a vontade passa. E quem pode parar de fumar no meu lugar se não for eu? Ninguém. Então beba água.
Coloquei o maço de cigarros sentado numa cadeirinha/maquete ao lado do computador e uma garrafa de água na minha mão e fui buscando filosofia pós moderna e neurociência pela internet, em francês, inglês, italiano, alemão, espanhol e retomei às duas únicas perguntas:
Quem manda em mim?  Quem pode parar de fumar no meu lugar?
A resposta é: Se eu quero muito parar de fumar, ninguém pode fazer isso por mim, só eu.
Mas tem que querer. Tem que estar segura que você quer isso para você. Fechei uma janela e abri a porta para a paisagem que eu escolhi, porque quem manda em mim sou eu. Quem gosta de mim, sou eu.Quero a invasão do puro ar puro. Exercícios de caminhar e alimentação saudável, são minhas prioridades.
Agora estou muuuuito mais saudável, bonita e feliz comigo mesma.Ganhei uma pele e uma voz maravilhosa. Voltei à cantar, correr e estou plena de disposição. Pare de fumar.O quanto antes melhor. Quem ganha imediatamente é você.Se soubesse que é tão maravilhoso, teria feito isso antes.
Passei para o lado dos que não fumam porque sabem que fumar é levar para o seu pulmão todas aquelas substancias tóxicas. Respirar é muito mais prazeroso que fumar.
A vontade de fumar passa em segundos. Beba água. Respire.
Não fumo.Não posso nem pensar que fumei. Acho um absurdo.

Fernanda Correia Dias
in Parar de Fumar

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Bananeiras
Bananeira . Fernanda Correia Dias

"Eram oito e meia da noite.Rodeamos  o edifício da Escola de Bellas Artes e lá nos fundos, no canto formado pelas ruas Araujo Porto Alegre e Mexico, uma esplendida  surpresa me aguardava.
É aí que se acha instalada a Sociedade Brasileira de Bellas Artes, graças a uma concessão gentil de Correia Dias, mantida por Lucio Costa, este actual e aquele ex-diretor da Escola de Bellas Artes.
É evidente que se trata de uma instalação provisória que cessará no dia mesmo em que melhores ventos soprarem em favor da arte e dos artistas brasileiros - Paulo Tapajós para o Correio da Manhã . Domingo 1 de Março de 1931"
Raros são os artistas brasileiros que se interessaram espontaneamente pelo Brasil por perceber o paradisíaco nas terras brasileiras.  A maioria dos artistas brasileiros foi buscar no estrangeiro temas e estratégias artísticas. E o muito que temos de arte voltada para a beleza do Brasil e o espírito dos brasileiros foi encomenda a estrangeiros.
Daí a importância de rever a obra e os gestos do virtuoso artista plastico e gráfico Fernando Correia Dias; português, considerado em seu tempo, O artista mais brasileiro dos brasileiros, O Irrivalizável,  porque é ele que vai  incentivar a produção de arte brasileira, concedendo dois salões para a instalação da Sociedade Brasileira de Bellas Artes.
Fernanda Correia Dias
In Comemorando 100 anos da chegada de Fernando Correia Dias ao Rio de Janeiro
1914-2014


quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Leonardo da Vinci 
Leonardo da Vinci no Rio de Janeiro . Foto Fernanda Correia Dias

Então, quando desci da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro percebi que alguém estava me olhando e era ele, Da Vinci.
Leonardo vestido e retratado na técnica de mosaico. Então lembrei do Fernando. O Fernando Correia Dias.
Mais tarde explico.

Fernanda Correia Dias
in Fernando e a ENBA

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Recreio dos Bandeirantes a noite . Foto Fernanda Correia Dias

Lembro de pensar ingenuamente que o Rio de Janeiro teria uma reserva de natureza preservada e preservando o habitat de diversas espécies naturais daquela região.
Lembro do Tio Strang mostrando exatamente o que estaria preservado para o bem do Brasil, do Rio de Janeiro e de todos nós.
É constrangedor olhar do 15 andar a Barra da Tijuca e o Recreio dos Bandeirantes. O que os rapazes alegres da ecologia , eleitos, fizeram para garantir a preservação da Barra da Tijuca e do Recreio dos Bandeirantes? Um nova Copacabana?
Fernanda Correia Dias
in É