quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Carpas 
Carpas II . Foto Fernanda Correia Dias

Faz tempo que só te vejo,
debruçado sobre a paisagem,
Espectro de escrita.
Evito.
Bebo o poema, os peixes e as pedras do poema.
Bebo a luz profunda que tateia o chão da água
em clarividências.
Passam por e sobre mim as patas cavalares dos insensíveis Deuses.
Eu nem sinto.
Tenho esta força inexplicável das crianças
 que sorriem debaixo das patas dos elefantes e abraçam ternamente as girafas.
Não explico. Vivo.
Fernanda Correia Dias
22.01.2014  13:45
in A voz

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