quinta-feira, 30 de janeiro de 2014


Hibisco de 15 de Janeiro de 2014 . Foto Fernanda Correia Dias

Faz muito calor, o gato mia e o hibisco 
silencia em esplendida harmonia.
                                                                                                                                Fernanda Correia Dias
                                                                                                                                                      in É.                                                                                                                                                                          

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Nascimento
Nascimento do Hibisco . Foto Fernanda Correia Dias

Não sei como dizer isso para o meu coração, mas Sr.Antonio, Lucia Jurema e Tulio?
....Deram as mãos, deram as mãos...
Mal posso escutar a minha respiração, mas Sr.Antonio, Lucia Jurema e Tulio?
....Deram as mãos, deram as mãos...
Se ouço bem, não acredito, onde estão Sr. Antonio, Lucia Jurema e Tulio?
....Deram as mãos, deram as mãos...
Fernanda Correia Dias
in O cheiro dos pinheiros
junto com o som dos sinos




quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Val e o Valderês
Alto da Boa Vista . Foto Fernanda Correia Dias

Val quando chegou em nossa casa na hora da janta para conversar comigo, viu que uma das meninas estava sentadinha comendo sozinha na mesa de jantar com sua colherzinha, pratinho e guardanapo e a outra estava mamando no meu peito.
Então animada com o ambiente e recém chegada da Paraíba, Val disse com todo o carinho para a Kenya:
"Kenha, se você cumê tudinho, nós vai lá passeá na praça..." A Kenya ouviu a Val falando e corrigiu: Não é nós vai... é nós vaaaamoooosss... Não é mãe? É Kenya... Mas é que a Val fala outro idioma...
"Kenha nós qué que você coma tudinho para ficar com a perna bem forte e correr muito..." A Kenya ouviu a frase longa e corrigiu: Val não é nós qué! O certo é : Nós queremos!
Impressionada a Val perguntou: Quantos anos ela tem? Kenya respondeu: Tenho três vou fazer quatro!
E já é assim sabida?Imagina quando ficar grande vai ser importante porque já fala muito bem! Cumu é qui podi tão pequenininha prestando atenção assim?Vai falar ingual essa gente de outro país!
Não é cumu... O certo é como, não é mamãe? Nem é podi! É podeeee! Não é ingual é igual! Isso é Português!
Antes que minha filhinha me impedisse de ficar com uma moça recém-chegada no Rio de Janeiro, diretamente da Paraíba, insisti com a sabida: Ela não fala português, ela fala Valderês!
E a pequena inteligente, riu desbragadamente até ficar com soluço desconcentrando a irmã menor que por estar mamando e por audição da risada da outra, resolveu também gargalhar!
Hoje, todas nós incluindo a Val falamos além de outros idiomas, o sólido português e o inesquecível Valderês!

Fernanda Correia Dias
In Brasilices


Amiga
Minha amiga árvore da Lagoa Rodrigo de Freitas .
Foto Fernanda Correia Dias

Nunca estou sozinha, tenho amigos e amigas por toda parte. Não creio que você possa reconhecer meus amigos, mas eu sei que eles me reconhecem. Farfalham ventando, me tocam com suas mãos de folhas, abraçam meu corpo com abraços de brisas, aquecem minha pele com luz intensa. Correm ao meu encontro para ganhar um carinho. Esses são tão especiais que eles sempre sabem como eu estou me sentindo.

Também tenho outros amigos e eles entre si, se fossem amigos como sou deles, talvez se estranhassem..
São muito diferentes... com impressões e raciocínios próprios, originais, sensacionais e muitas vezes percebo que o que temos em comum é amor e o amor é  força mais poderosa que a força das diferenças, porque o amor é um tudo.Então talvez qualquer dia todos juntos, quando nos encontraremos!

Também sou amiga das paisagens e panorâmicas com quem converso em silencio como converso com meus amigos e ainda com animais e com muitas coisas pequenas, como frutas, folhas, sementes...
Numa conversa com a paisagem posso nominar elementos por seus nomes o que me dá uma alegria imensa: amiga árvore, amiga lagoa, amiga garça, amigo bem-te-vi, amigo barco, amigo sol...E ao nominar entrego todo o meu amor naquele instante que vai circulando como um sorriso no ar e uma força integradora à panorâmica voando alto e bem alto, lá onde todas as elevações se unem.

Surpreendente é saber como os meus amigos inventaram um modo de me manterem por perto, dando o meu nome aos seus filhos, usando presentes que ganharam de mim em seus próprios corpos ou casas, guardando papelinhos, fotografias, filminhos, bilhetinhos, cartas, tudo bem guardado e protegido com amor, mesmo estando eles em outros países, tão longe... tão longe...Ou em muito frio... Ou em muito calor...

E uns amigos que foram tão amados, que permaneceram com as alianças nos dedos mesmos depois de nos afastarmos e ainda assim muitos anos depois? Que lindo saber que assim lhes faço bem e companhia...Lhes deixo sorrindo com seus pensamentos. Ou que ainda chamarão seus filhos de Fernanda... Fernando...por tanto que viverem e explicarão tal escolha, que ouvirei de uma criança como hoje, a minha memória viva...

Uns amigos que lançaram meu nome em publicações acompanhando agradecimentos, perpetuando esta saudade que já tenho deles...
Uns que telefonam para os encontros imediatos e outros para o café...
Tudo vai passar, vai passar... Mas os meus amigos e amigas vão ficar sempre como um pensamento bom em mim me fazendo companhia também com a panorâmica e a paisagem e ainda este gatinho que me adotou ... Molinho ele entrega seu corpinho nos meus braços enquanto escrevo estas letras com um dedo só para não acordá-lo da amizade e confiança que como os outros, ele depositou em mim!

Fernanda Correia Dias
in Meus amigos


quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Carpas
Carpas III . Foto Fernanda Correia Dias

Daqui de dentro o mundo está ao contrário.
Não está às avessas, mas o sentido contrário.
Deste modo vejo melhor suas nadadeiras, céu, palmeiras e as folhinhas 
que boiam como barquinhos de formigas e outros insetos.
Superpostos os instantes de outro angulo, contrário e oposto criam realidades
impensáveis como por exemplo as formigas trocaram de barco nadando e eu não sei por quê
nem para onde elas vão neste pequenino lago...
Ansiosas e diligentes elas parecem que sabem 
enquanto as carpas nadam fazendo ondas indesejáveis e a Terra gira o curso inquestionável.

Fernanda Correia Dias
22.01.1014  13:58
in A voz


Carpas 
Carpas II . Foto Fernanda Correia Dias

Faz tempo que só te vejo,
debruçado sobre a paisagem,
Espectro de escrita.
Evito.
Bebo o poema, os peixes e as pedras do poema.
Bebo a luz profunda que tateia o chão da água
em clarividências.
Passam por e sobre mim as patas cavalares dos insensíveis Deuses.
Eu nem sinto.
Tenho esta força inexplicável das crianças
 que sorriem debaixo das patas dos elefantes e abraçam ternamente as girafas.
Não explico. Vivo.
Fernanda Correia Dias
22.01.2014  13:45
in A voz

Carpas
Carpas I . Foto Fernanda Correia Dias

Faz tempo que não te escrevo poema,
sempre o mesmo, sempre o mesmo.
Vou dando voltas nas águas, 
acrescento outras falas, vou te apalpando nas ondas
e te assombrando de sopros felizes as suas sombras,
destilando essências,
voando a velocidade da luz
indo e vindo, no faz, fez, fiz, fui... 
Atendo urgência
vestida de sucessões de instantes
eu sou o circulo da água 
a transparência importante
circunscrita no oceano
sou a terra rodando
sou a vida profunda visível da superfície
o prisma, a flor de sal, água, silex, cristal, diadema 
no corpo da sua rede
o tudo simultâneo a esta manhã de sol que te inscreve,
com perguntas, poema!

Fernanda Correia Dias
22.01.2014  13:30
in  A voz


domingo, 19 de janeiro de 2014

Roberto de Vicq de Cumptich 
Ipanema V . Foto Fernanda Correia Dias

Roberto de Vicq encontrei seu nome no site da Maria Popova. Lá também encontrei a sua magnífica arte. Obrigada Maria Popova! Obrigada! Fiquei muito feliz de ouvir a voz do Roberto passados 36 anos! Então Roberto, coloquei seu nome lá em cima desta foto do horizonte de Ipanema para ver se você acena da linha para mim, com sua expressão querida!
Porque o tempo voa, mas não leva aquelas pessoas que ficam no meio do meu peito. Pessoas Ímpares. Ternas.Únicas.
Porque para existir outro Roberto de Vicq no meu peito, seria preciso eu ficar dodói de novo, estudar na PUC-RJ com ele e ele ter um jeep Gurgel, para me levar em casa, no Cosme Velho, só para tomar o remédio que esqueci!
E gostar de me fotografar nos meus 21 anos, com expressões seríssimas que eu não sabia que eram minhas, comentar as cores que eu escolhia para os meus trabalhos e para me vestir e usava com amor e sabedoria e ter coragem de dizer com amizade todo dia insistindo que era a mais absoluta sinceridade: Você está linda! Adoro olhar para você! Adoro como você se veste e como você trabalha!
Era preciso que ele usasse uns óculos como os seus e uns macacões confortáveis e que fizesse os lindos trabalhos que você fazia.
Não. Não encontrei outro De Vicq. Só você. O único. Portanto acene! Enquanto isso leitor, 
conheça os trabalhos de Maria Popova e Roberto de Vicq. Acesse www.brainpickimgs.org

Fernanda Correia Dias
in Da minha Ilha





Ipanema II
Ipanema II. Foto Fernanda Correia Dias

Tarde de verão. Céu cor de rosa, Ipanema das antigas, como diz qualquer carioca.
Aliás, carioca é raridade hoje aqui no Rio de Janeiro.
Por que a maioria da população residente no Rio de Janeiro está na proporção de 15 indivíduos importados de outros Estados e Países para um único indivíduo carioca.Pesquisa pessoal.
Este fato me autoriza a perceber o quanto é diferente um importado de um da gema.
Cariocas não se apresentam. Se reconhecem.Da praia, do cinema, da roda de amigos, da padaria, da casa de fulana, da rua tal, da escola tal, da universidade... Carioca quando se apresenta é porque não está no Rio de Janeiro. E porque não reconhece o sujeito é sempre taxado desnecessariamente de arrogante ou besta!
Se estiver no Rio, engrena uma delicadeza direta com o desconhecido e imediatamente passa à amigo de longa data. É com um olhar, é com meia palavra, com um sorriso... Segue um convite para ir lá em casa ou aparecer no endereço tal. Ou frequentar a praia em frente a uma referencia óbvia, etc...
Sabemos que o sujeito é carioca ou que já está adaptado ao Rio, se nos atende ao telefone respondendo a nossa pergunta imediatamente. Se atenderem ao telefone dizendo Bom dia, Boa Tarde, Boa noite... deve ser empregado da família, da empresa ou mais um sujeito importado no Rio de Janeiro em fase de adaptação. Principalmente quando iniciam e-mail com aquelas palavras...
Claro que dizer Bom dia, Boa tarde, Boa noite é super carioca, mas não é como os importados dizem. É diferente. É com amor, com sorriso que se ouve, acompanhado de uma gracinha, uma festinha, um beijinho, uma piscadinha, etc... É com amor aos empregados que madrugam, aos vizinhos, aos que estão ali zelando por nós e nas despedidas do assunto! Tem o bom-humor, a generosidade, a humanidade.
Este Bom dia, Boa tarde, Boa Noite utilizados pelos call centers, gerentes de shoppings e pequenas autoridades, inclusive acompanhados de Senhor ou Senhora são de uma perversidade grandiosa. Funciona invadindo nossos ouvidos como uma espada desagradável, mas eu tenho a resposta que uma Pernambucana muito querida me ensinou, digo:  Diga!Do que se trata?
E este adorável Diga, imperativo e objetivado funciona para o invasor como um segundo invasor num contra-ataque.
Desmantela o discurso, neutraliza e fica mais palatável a conversa. Uma carioquice divertida. Experimente.
Quando experimento nunca me esqueço da minha amiga com seu pernambuquês poderooooso!
Beijo Suzanna amiga!

Fernanda Correia Dias
in Carioquices






sábado, 11 de janeiro de 2014

Janeiro 2014 . Véspera . Céus . Foto Fernanda Correia Dias

Vá ao hospital Samaritano e doe sangue para a jornalista Sandra Moreyra
Dúvidas? Ligue para os telefones do hospital. 21 -2529 2290  21-2529 6723  21-3079 8599

Fernanda Correia Dias
in Doe sangue já

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

A Paz é calma
A Paz é calma . Foto Fernanda Correia Dias

Todos os dias quando abro os olhos penso: Hum! Estou viva. 
Meu coração...
Um deus mora dentro de mim.
Vou dar o melhor de mim.
Adoro a vida e adoro viver.
Todos os dias quando abro os olhos eu salto das almofadas.
Adoro ficar em pé.
Penso: Vou dar o melhor de mim.
Adoro todas as pessoas do dia.
Adoro todas as horas do dia.
Inclusive todas as noites.
Todos os dias quando estou em pé, me levando para onde preciso e quero ir,
penso: vou dar o melhor de mim.
Adoro a natureza, as árvores, as flores e as pessoas.
Viver é muito bom.
Meu sentimento de gratidão à natureza me envolve com trabalhos, pessoas e é a minha vida.
A minha vida é muito interessante.
Vou entusiasmando todos para viverem a vida com alegria e vou sorrindo.
Um deus bate dentro de mim, estou em pé, posso caminhar e de olhos abertos e vendo!
Sinto a calma da paz. A paz é calma.
Sinto como é bom ser responsável e ser responsável é o que me faz livre.
E a Educação? A Educação é Amor.
E Amor não é teoria. É prática.


Fernanda Correia Dias
in Silencios 

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Festa da Floresta
A árvore em festa na floresta . Foto Fernanda Correia Dias

Aproveita a sua vida para aplaudir o Amor dos seus amigos por você. Porque o Amor reúne, congrega, agrega. O Amor é para quem reconhece valores e para quem está vivo.
Aproveita a tua vida para reunir as pessoas. Os amigos aos outros amigos e mais amigo... e abra os abraços para receber muito Amor.
Porque dar não custa. Ilumina-se aquele que sabe receber, que sabe dar...ou que vive a dinâmica com o melhor de si todos os dias.
Fernanda Correia Dias
in Festa na Floresta 




Bosque de Casuarinas

Bosque de Casuarinas Foto Fernanda Correia Dias 2014

Dia 6 de janeiro 2014 ela olhou para uma conhecida na fila do elevador e disse Feliz Ano Novo felicíssima. A outra respondeu com uma pergunta:_É? Ela respondeu: Eu sei que o Nosso Ano Novo já foi antes, já estamos no cinco mil, mas não custa desejar Feliz Ano Novo, não é? Mais 2014...Dá Lucro!...É Lucro! A outra:_Dá é?? 
Fernanda Correia Dias
in Historinha das ruas 


Hibiscos

2014 . Hibiscos . Foto Fernanda Correia Dias

Esta evidencia de Beleza. De impermanência. 
Este instante vivo afirmando vida.
A vida. Fantástico.
Fernanda Correia Dias
in Vida

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Recreio dos Bandeirantes no primeiro dia do ano.
Recreio dos Bandeirantes . Foto Fernanda Correia Dias

No primeiro dias do ano Recreio belíssimo.
Como a tradição.
Não é Mãe?
Fernanda Correia Dias
in Primeiro dia do Ano de 2014


Arco-íris em 31 de dezembro de 2013
Arco-íris em 31 de dezembro de 2013 . Foto Fernanda Correia Dias

O céu tinha o Arco-Íris. As nuvens. O azul. A imensidão.
O mar imenso e longo. O horizonte. A temperatura da água. A temperatura do dia. Areia...
Eu vi. Meu coração sentiu.

Fernanda Correia Dias
in Arco-Íris

Cristo Redentor à meia noite de 31 de dezembro de 2013-2014
2013-2014 - Cristo Redentor a meia noite . Gratidão ao Yogi. Foto Fernanda Correia Dias

A Grande Beleza terminou e as mulheres e homens que compreenderam aquele filme agora saiam do cinema como aquelas pessoas que dançaram na última cena. Eu pensei: A Grande Beleza foram as pessoas terem se encontrado para dizer que só há esta Grande Beleza: O encontro com a deslumbrante e própria vida.
Fernanda Correia Dias
in A Grande Beleza


domingo, 5 de janeiro de 2014

2014-2013
2014-2013 Rio de Janeiro. 
Meia noite de 31 de dezembro de 2013 pensando em Yogi e Emeran

Nasci no ultimo dia do ano, na última hora, do último mês. 
Para cada fogo no céu o pensamento na minha constelação de familiares e amigos.
Para cada ponto no céu um pensamento em simultaneidade.
Estavam todos distantes? Muito longe? Perto? Próximos? Ali?
Sim dentro daquele fogo, como no meu coração.
Meu amor exposto ao céu, vi e revi cada um dentro de um dum, dum, dum.Um por um. Inclusive Iogi e Emeran.
Fernanda Correia Dias
in Meia noite de 31 de dezembro