terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Fernanda Correia Dias . Palmeirinha. Azulejo no Restaurante Quinta

Então aquilo que era inimaginável na cabecinha dos meus amigos, na minha casa acontecia: A Pastora dormia abraçada com o Gato Persa e o Gato Persa abraçado ao Papagainho.
Os três ali, estavam felizes. De dia cada um ia para a sua vidinha territorial. O papagainho atravessava a casa para ir para a varanda, o gato se deitava na janela da cozinha e a Pastora corria os jardins farejando novidades.Os peixinhos nadavam no tanque de azulejos onde as ninféias, lotus e alfacinhas flutuavam...
A vida tem a harmonia possível mais bonita que a inventada.
Anos mais tarde, quando passei de trem pelo Pantanal alagado, vi o nível da água chegar tão alto que das palmeiras só era possível ver as folhas que ficaram acima da água....Parecia um jardim de espelho com folhagens repletas de aves a pássaros.
Explico: Os pássaros e aves que se salvaram do alagamento se reuniam nas folhagens das palmeiras.
Ali pousados na mesma palmeira tucanos, araras, gaviões, corujas, urubus, papagaios, matracas... garças... patos...todos muito diferentes uns dos outros, todos gritando e convivendo ao mesmo tempo, no mesmo local, mas... juntos.

Fernanda Correia Dias
in Museu do índio










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