terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Fernanda Correia Dias. Fotógrafa . Traineiras .

De ir e vir fui colecionando traineiras no olhar.
Pó-pó-pó... e nossas gargalhadas nas traineiras passeando de uma praia para a outra.
Você trazia sua linhagem de marinheira, eu pensava em ir e voltar.
Você estava sempre indo e para mim sorrindo...
Eu te buscava debaixo das redes, dos toldos e dos panos.
Estavas dentro d´agua nadando...estavas na rede dormindo... estavas tranquila boiando...
De ir e vir fui colecionando traineiras no olhar
e como te conservo protegida em meu peito,
Pó-pó-pó ao ver uma traineira, sei que pó-pó-pó...ao ver, vais gostar.
Fernanda Correia Dias
in Geografia Familiar.
Para minha  Mãe Maria Mathilde



2 comentários:

  1. lindo poema, lindo amor... ♡
    me fez lembrar deste:
    "..porque isto é mal de família,
    ser de areia, de água, de ilha...
    E até sem barco navega
    quem para o mar foi fadada.
    Deus te proteja, [minha filha],
    que tudo é mar - e mais nada" ♡

    ResponderExcluir
  2. Este que você abriu aspas é da minha Avó Cecília Meireles...
    Sabia Telma, que a primeira vez que eu escrevi um poema e li para a minha mãe, ela me pediu para colocar no arquivo da minha Avó Cecília?
    Daqui alguns vou escrever sobre esse dia...
    Beijinhos! Gostei do carinho das chaves!
    Fernandinha

    ResponderExcluir