terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Fernanda Correia Dias . Uma rosa é uma rosa . Fotógrafa

Antes da rosa, o caule que a suspende. Antes do caule, a primeira folhinha respirando.
Antes da primeira folhinha, a raiz e antes da raiz, a semente...
Antes da semente o ar, por onde a semente desceu em queda até a terrinha...
Antes do ar, uma outra rosa deitando sementes...
É assim que é o ciclo das rosas verdadeiras e do mesmo canteiro.
São só renascimentos sucessivos...
As rosas artificiais não exalam a natural fragrância, não são rosas.
Nem são as do canteiro de onde eu nasci.
Só as rosas verdadeiras me interessam.
Mesmo que elas não sejam do canteiro onde eu nasci.
Me interessam, porque são naturais.
E a natureza é o fundamento e a seiva da verdade.
Não duvide.

Fernanda Correia Dias
in Por que acreditar numa rosa artificial?

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Fernanda Correia Dias . Adoráveis telhados da Ilha de São Miguel. Ponta Delgada. Açores. Fotógrafa

"Ambientes - Colecções e/ou Percursos de Victor Meireles"

Consciente da importância de cultuar a cultura e artista o suficiente para compartilhar conhecimento e sensibilidade, Victor reuniu na exposição intitulada Ambientes - Colecções e/ou Percursos de Victor Meireles , peças que incluem porcelanas orientais, inglesas, biscuits, louças da Lagoa e Poesia!

Neste mundo quântico e de múltiplas realidades sensoriais, espirituais e históricas sobrepostas em um único objeto, Victor apresenta cento e um objetos. Uma vida!

Ícones tridimensionais que remetem ao artista memória de pessoas, palavras, amores, famílias, amigos, instantes, felicidades, ensinamentos, aprendizados....de gente maravilhosa que passa por nossas vidas perpetuadas numa cor... num desenho... num momento, num jantar...nas porcelanas... Num acontecimento!

Vá a Galeria do Centro Municipal de Cultura de Ponta Delgada, Ilha de São Miguel, Açores, degustar os diálogos visuais e poemas.Você vai poder sobrepor a sua memória à memória do autor.Ampliar experiências!

E isso é que é o bom da vida: Afeto!

Afeto... palavra tão linda! Irmã de gratidão e muito praticada no Arquipélago.

Eu acrescentaria minhas saudades atávicas das Queijadas de Vila Franca e dos chazinhos em xícaras de terras vulcânicas esmaltadas de branco e pintadas amorosamente de celeste, servidas sobre toalhinhas bordadas de linhas azuis...perpetuando a Atlântida de Platão!

Exposição imperdível por tratar-se de artista-poeta-pesquisador-colecionador de afetos!

Berta Cabral e Isabel Soares de Albergaria já viram... Vá também!

De 3 de fevereiro a 7 de dezembro de 2012.

E... e por favor, beijem Berta, Isabel e Victor por mim!

Fernanda Correia Dias

In A todos os meus Amigos de Ponta Delgada e do Arquipélago dos Açores,aos meus ascendentes e descendentes Miquelenses, inclusive minha Mãe Mathilde,minhas filhas Kenya e Gaya, minha Avó Cecília Meireles, minha Abisavó Mathilde e Jacinta,Mãe dela!. À Confraria da Episteme e aos parentes e amigos do Continente!




quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Fernanda Correia Dias. II - O gatinho da Mamãe. Fotógrafa

No dia seguinte o professor de matemática pediu que a classe ouvisse outra história e deixou seis alunos fora de classe esperando ordem para entrar, enquanto lia a história para a classe.

"Uma mulher muito bonita saiu com as amigas para pintar as unhas de vermelho.
No meio do caminho encontrou um amigo da infância e parou para conversar com ele.
Mais adiante, encontrou o tio e este lhe entregou um bilhete e mais oito cartões que a mulher guardou na bolsa. Mais adiante ela quebrou o salto da sandália e as amigas compraram uma sandália para ela... Irene a mais nervosa de todas, deixou o grupo e partiu solitáriamente para a manicure.Todas ficaram decepcionadas e resolveram entrar no cinema e assistir ao filme que estava começando e que tinha o título de A Nona e a Itália. "

O professor pediu para alguém contar esta história na frente da turma e por uma fração de minutos vimos este alguém contar outra história...
Então o professor pediu que outro voluntário levantasse e contasse o que tinha ouvido para um aluno que ele trazia de fora para dentro da sala.
O aluno que levantava nunca contava a história inteira.
O segundo que entrava na sala, tinha que ouvir do último e transmitir para o terceiro, e o terceiro contava para o quarto , o quarto para o quinto e o quinto para o sexto.
A versão final era mais ou menos esta:

Uma mulher que saiu encontrando um monte de gente decidiu ir para casa sozinha com a avó dela que era italiana.

Eu lembro que esta segunda aula de matemática serviu para que eu percebesse a dificuldade que o ser humano tem para compreender e assimilar o que ouviu para si mesmo... Que direi sobre transmitir aos demais?

Fernanda Correia Dias
In Eloy Machado Lição de matemática.
Quem pode resolver um problema?.





Fernanda Correia Dias . O gatinho da Mamãe . Fotógrafa

Ele era o professor de matemática e logo que chegou em classe, colocou cinco colegas nossos para fora de classe, explicando que aguardassem ali fora, que ele voltaria a chamá-los.
Fechou a porta.Pegou um papel impresso dentro da pasta dele. Neste papel estava uma história que ele leu para a classe inteira ouvir com muita atenção.

"Uma mulher pediu ao marido para trazer uma dúzia de ovos para casa.
Quando o marido chegou ela já estava dormindo e o marido deixou os ovos na cama.
Quando a mulher acordou viu que o marido estava dormindo ao lado de uma duzia de ovos.
A mulher abriu a janela e gritou para a vizinha: Amélia, meu marido não colocou a dúzia de ovos na cesta, botou a dúzia de ovos na cama!"

Perguntou se nós sabíamos contar aquela história para um colega e todos dissemos que sim...Então ele pediu um voluntário e logo que o primeiro levantou o braço ele colocou o menino para fora de classe pedindo para ele contar a história para os cinco colegas que estavam fora da sala.
O colega saiu e contou a história que ele ouviu para os cinco.
O professor abriu a porta e pediu para um dos cinco que ouviram a história fora de classe, entrar e contar. Em seguida, fechou a porta.
Este que entrou, contou que a história que o colega contou era que uma mulher tinha descoberto que o marido colocava uma dúzia de ovos durante a noite.

A turma ouviu, riu, ninguém podia falar nada e o colega sentou.
Então o professor chamou o segundo que estava fora.
O segundo contou que um homem colocou uma duzia de ovos e que a mulher de nome Amélia abriu a janela e gritou que o marido dela botava ovos durante a noite.

A turma riu muito e entrou o terceiro colega... que contou que ...o marido de uma mulher todas as noites colocava muitos ovos, centenas de ovos para a sua mulher Amélia vender pela janela gritando de manhã e acrescentou que ele não tinha entendido muito bem mas achava que era essa a história dos ovos azuis...(?)

E sucessivamente fomos ouvindo o quarto e o quinto...e rindo muito...
E quando entrou o sexto, aquele que tinha saído para contar a história para os amigos que estavam do lado de fora da sala, ele contou a seguinte história dizendo que era exatamente a que ele tinha ouvido do professor:

Um homem recebeu um telefonema da mulher quando ele estava trabalhando pedindo para ele trazer ovos, quando voltasse do trabalho. A mulher ia fazer um bolo ou uma comida, para ele, quando chegasse...mas a mulher esperou...esperou e o marido só chegou muito tarde, quando ela já estava dormindo...então o homem deitou em cima dos ovos, mas a mulher acordou antes dele e pensando que o marido botava ovos, abriu a janela da Amélia e contou para a vizinha.

_Contou o que? Perguntou o professor...

_Ah! Que o marido, à noite, chocava ovos...sei lá...

Fernanda Correia Dias
Lição de Eloy Machado sobre a matemática e o cérebro de cada um