segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Fernanda Correia Dias . Uma rosa é uma rosa . Fotógrafa

É isso mesmo, uma página em branco, lápis e o mar ou um jardim.
Não preciso de nada além da verdade e de mim.
(um sonho? uma gentileza? uma facilidade?)
Não. Muito obrigada.Quem gosta de mim sou eu.
Vou morrer e não levarei nada. Dividam entre vocês, filhinha... Entendeu?
(uma alegria? uma promessa? um sorvete?)
Ah... querida... não pense nem acredite que ele é bonzinho...
Faz coisas horríveis... Proteja-se. Acredite na verdade. Só na verdade.
Enfrente-o com a verdade, até o fim.
(uma manta? um biscoito? um carinho? um beijinho...?)
Vou dormir meu amor, estou com frio...traga um casaquinho...
(faz calor! muito calor!Abro a janela? Fecho a janela? Deixo assim?)
Deixe assim...pegue por favor a caneta... aquele papel em branco...
sem te fazer minha escrava, traga as palavras cruzadas... Fique perto de mim.
(não quer um medico? um remédio? um chazinho... de jasmim?)
Ah...aquilo é um absurdo! Uma arrogância! Não admito que seja assim.
Avestruz... Ema...Pássaro negro... Anu... Não! Tem cinco letras...
Melro talvez... e a última é Jorge... São Jorge...
É por causa da Verdade de meu São Jorge, que Deocleciano me deixa na mira da lança!
Compreendeu criança?

Fernanda Correia Dias
in A Rosa e seus botões





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