quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Fernanda Correia Dias . Uma rosa é uma rosa. Fotógrafa

Esta caixa com rosas vermelhas é para você, Fernandinha!

Para mim? Que linda!

Ao abrir a caixa leio num papel:

“Esta caixa não está vazia, esta caixa é para você,

meu amor e está cheia de beijinhos e muito carinho da Mamãe.

Mathilde”

Está ao meu lado, como sempre esteve.

Fernanda Correia Dias

in Geografia familiar das rosas



segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Fernanda Correia Dias . Uma rosa é uma rosa . Fotógrafa

É isso mesmo, uma página em branco, lápis e o mar ou um jardim.
Não preciso de nada além da verdade e de mim.
(um sonho? uma gentileza? uma facilidade?)
Não. Muito obrigada.Quem gosta de mim sou eu.
Vou morrer e não levarei nada. Dividam entre vocês, filhinha... Entendeu?
(uma alegria? uma promessa? um sorvete?)
Ah... querida... não pense nem acredite que ele é bonzinho...
Faz coisas horríveis... Proteja-se. Acredite na verdade. Só na verdade.
Enfrente-o com a verdade, até o fim.
(uma manta? um biscoito? um carinho? um beijinho...?)
Vou dormir meu amor, estou com frio...traga um casaquinho...
(faz calor! muito calor!Abro a janela? Fecho a janela? Deixo assim?)
Deixe assim...pegue por favor a caneta... aquele papel em branco...
sem te fazer minha escrava, traga as palavras cruzadas... Fique perto de mim.
(não quer um medico? um remédio? um chazinho... de jasmim?)
Ah...aquilo é um absurdo! Uma arrogância! Não admito que seja assim.
Avestruz... Ema...Pássaro negro... Anu... Não! Tem cinco letras...
Melro talvez... e a última é Jorge... São Jorge...
É por causa da Verdade de meu São Jorge, que Deocleciano me deixa na mira da lança!
Compreendeu criança?

Fernanda Correia Dias
in A Rosa e seus botões





Fernanda Correia Dias . Uma rosa é uma rosa. Fotógrafa

De um lado, um botão para a vida,
do outro lado, um botão à morte,
tudo tão tênue, na mão do ar...

No meio, a verdade abrindo-se exposta a qualquer sorte.

De um lado a tristeza,
do outro, há esperança,
mas olhe para o céu...

Claridade imensa...Que luz cegaria esta rosa tão forte?

Fernanda Correia Dias
in Claridades





Fernanda Correia Dias. Uma rosa é uma rosa. Fotógrafa

De sementes de rosas não nascem margaridas.
Nascem rosas.
Não preferes a serenidade da verdade?
Não serão melhores dias?
Maceradas pétalas, o sumo é ainda memória viva.
Não preferes a serenidade da verdade?
Não serão melhores dias?
Sufocas... Estrangulas, dilaceras uma única rosa? Três? Quatro? Duas?
Não teme a tua consciência, a tua absurda Covardia?
Saiba que o silencio do aroma das rosas, em dias de suaves brisas,
eternizará, tua agonia.
Liberte-se!
Mas se isso também não sabes, persistindo com tua loucura, eu sei te perguntar em perpétuo:
Não preferes a serenidade da verdade?
Não serão melhores dias?
Fernanda Correia Dias
in Estranhos rondando rosas







Fernanda Correia Dias . Uma rosa é uma rosa . Fotógrafa

Diga errado.
(Eu conserto.)
Diga feio.
(Farei bonito.)
Diga horrível.
(Tornarei agradável.)
Diga impossível.
(Encontrarei a Verdade.)
Porque eu sou feita de positivismo.
E os positivos,
acreditam no bom-senso, na verdade,
ponto único da harmonia e do equilíbrio.
Fernanda Correia Dias
in Falando de flores

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Fernanda Correia Dias . Fotógrafa . Palmeira de Petrópolis para o Pedro Luís

Entre as folhas desta palmeira, moram muitos pássaros!
Ela é uma festa no céu de Petrópolis para o Pedro!
Feliz Aniversário, queridinho!

Fernanda Correia Dias
in Presente para Pedro,
beijo você, beije o Fernando por mim!




Fernanda Correia Dias . Fotógrafa . Conversa, Café com Borboleta

_Não, não tenho...Infelizmente não tenho, mas é curioso o seu pedido...três livros...a única pessoa que me pediu de uma vez, livros de pedras, flores e insetos - separando os dedos da mão para cada livro- não está mais aqui... Trabalhei com ele no jornal. Ficava perto da mesa dele para comprar o que ele precisasse, fumava muito. Eu saía para comprar livros, comprar papéis, tintas, pincéis...mas o que eu mais gostava era de ver os desenhos que ele fazia à pena... Porque naquele tempo era pena e nanquim...Não está mais entre nós... Faleceu faz tempo, eu era garoto...Foi meu primeiro emprego...Vou procurar para você...Vai levar este? Está bem vou embrulhar... Um momentinho... Aqui está a caneta... Pode fazer o cheque...Fiz o cheque, entreguei, peguei o pacote, levantei os olhos e vi aquele homem idoso chorando. (?)
Por que você esta assim...Emocionado...? Perguntei.
Outro homem que estava ao lado dele lendo o meu nome por extenso e abaixo da minha assinatura no cheque, perguntou: Você é parente do Fernando Correia Dias? O Correia Dias com quem ele trabalhou no jornal ?
Sou neta. Era o pai da minha mãe.
O homem que chorava, chorando falou: É a segunda vez que choro pelo Fernando. A primeira foi em 35 com a morte...Foi ele que me pediu livros de pedras, flores e insetos, eu não encontrei, estou muito impactado, você é muito parecida com ele.
Não chore...Agora que nos reencontramos! -brinquei. Abri os braços e pedi o abraço.
Demos um longo abraço e eu chorei dentro da pequena livraria no Leblon.
Dois dias depois, recebi um telefonema dele e retornei a livraria para buscar um livro de pedras, um livro de flores e o terceiro de borboletas, porque ele ainda não encontrou o de insetos.

Fernanda Correia Dias
in Conversa, Café com Borboleta
















terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Fernanda Correia Dias . Fotógrafa . Conversa, Café com Borboleta II

Abro a gaveta para escolher talheres e encontro os talheres de chifre, para salada, que ganhei da Lelinha. Quando ela me entregou sorrindo, estavam enrolados num papel crepon verde, tão bonitos...Naquele dia, levei uma borboleta vermelha, tomamos chá de frutas vermelhas e conversamos sentadas num sofá vermelho, na casa dela, no Leblon...

Abro outra gaveta e ali está uma gola... Uma gola de renda, uma gola de princesa...Ah...uma gola preciosa...Também foi a Lelinha que me deu! Tão delicada, tão perfeita, que nunca tive vontade de fixar aquela maravilha, com linha e agulha, definitivamente, em nenhum tecido. Usava como um colar... Tão bonita...Tão especial...Separo a gola e decido que vou usar. E levo a gola para passear comigo no calçadão de Ipanema.

Mais tarde, é noite, em casa, abro uma caixa e de um papel muito fino retiro um chinês colorido e também muito fino, como se tirasse a ilustração da página de um livro... E lembro do dia que Lelinha me deu aquela ilustração...Suas mãos orquestrando sentimentos que passavam a palavras e eu ouvia e via aquela solidariedade ocupando a sala.

Sabe Lelinha, naquele Dia das Mães que liguei para você, para te dar um beijinho e você me disse que estava sozinha no hospital e que estava muito feliz por minha ligação e ficou conversando comigo com a sua voz de fonte de Amor, me abraçando quentinho, você me ensinou a cantar a canção da Rosa.

Tudo em você transcendeu aos estudos e especialidade. Você é o próprio assunto muito imenso para uma especialista...
Sim-Sin-sa-la-bim, amiga, antropóloga, poeta e mãe alfenim!

Leiam tudo o que escreveu Lélia Coelho Frota, sim!
Fernanda Correia Dias
in Conversa, Café com borboleta
para Lélia Coelho Frota





Fernanda Correia Dias . Fotógrafa . Conversa, Café com Borboleta

Quando cheguei em Key West, depois de atravessar várias ilhas e pontes sobre o mar, o céu estava com um sol vermelho e todos olhavam para Cuba. Pensei em O Velho e o Mar, enquanto cruzava o portão da antiga residência de Ernest Hemingway.
Os gatos-netos-bisnetos, descendentes daqueles gatos que viveram perto de Hemingway e Pauline, ali estavam. Uns dóceis, outros sonolentos e a maioria atenta.
A luz natural do jardim que incluía a piscina azul turquesa, era uma sucessão de verdes amarelados e azulados dizendo: Estamos numa ilha e ecoando, ilha, ilha, ilha...
Observei móveis, quadros, livros, mesas, roupas... Entrei na cozinha...Mas do primeiro andar, só levei para o segundo andar, o aroma de café perfumado, como aquele que existia na cozinha da casa da minha Avó Cecília Meireles.
Tudo era mais bonito das janelas do segundo andar. A maresia que eu adoro me apontou um gato de cerâmica que estava em cima de um armário de roupas.
Vi que o gato parecia trabalho de Picasso e fiquei impressionada como ele teria construído aquele gato fantástico em cerâmica e como não havia nenhuma informação...Perguntei se era de autoria de Picasso fui informada que era de autoria de Picasso e tinha sido encontrado todo quebrado no jardim por Bernice Dickson. Ela colou e deixou na mesa da cozinha, quando a primeira esposa de Hemingway, visitando a casa reconheceu o gato, lembrando os tempos de Gertrudes Stein, Pablo e Ernest em Paris...Então o gato foi para cima do armário de roupas de Hemingway, no segundo andar.
Deixei a casa de Pauline e Ernest como se tivesse dado uma saidinha da biblioteca para voltar daqui a pouco.
Nas minhas narinas, o aroma do café e de maresia, nos meus olhos o gato de Picasso e aquela luz verde das plantas e apesar de não ter ali voltado nunca mais, sempre entro, vou à cozinha, tomo café, vou ao segundo andar, olho para o gato de Picasso em cima do armário de roupas de Ernest, enquanto encho meus pulmões de deliciosa maresia e ouço o som das folhas ao vento na ilha.
O velho Ernest e o mar podem ser encontrados em qualquer rua, lojinha ou restaurante em Key West, mas este que está dentro de mim, eu não deixei por lá. Trouxe comigo para o Brasil. Agora vai ficar aqui.
Fernanda Correia Dias
in Conversa, Café com Borboleta




sábado, 7 de janeiro de 2012

Fernanda Correia Dias . Fotógrafa . Rain Forest
Reina na floresta as Verdades das Sementes. Não?

Fernanda Correia Dias
in Rain Forest


Fernanda Correia Dias . Fotógrafa . Rain Forest
A via tem por destino a Verdade.
A Verdade.
Fernanda Correia Dias
in Rain Forest

Fernanda Correia Dias . Fotógrafa . Rain Forest
Elas vão nascendo, aqui e ali... E mais e mais!
Vão se adaptando e se multiplicando sozinhas...
Elas também são: Gente, bichinho, outras flores, outras folhas...Ar... Água!
Por aqui também respiramos as que ainda estão por aqui...
Por aqui também somos as que estiveram por aqui...Amanhã também seremos elas.
Fernanda Correia Dias
in Rain Forest



Fernanda Correia Dias . Fotógrafa . Rain Forest
_Como podes abrir os olhos para ver melhor, com tanta chuva?
Não abro. Sinto a chuva e espero que ela se esgote.
Depois sorrio. A vida é dinâmica e eu tenho certeza que num momento qualquer tudo acaba.
Se não for ela, serei eu!

Fernanda Correia Dias
in Rain Forest


Fernanda Correia Dias . Fotógrafa . Rain Forest

Úmidas, esbanjando vida em soluções de verdes e formas,
atraindo Vaga-lumes, Borboletas, Grilos e Esperanças, exalando aromas...
As florestas tropicais afirmam Viver.
Viver em Harmonia com todas as adversidades. Viver.
Na sombra, no sol, na luz e sempre que for o instante, florir!
Fernanda Correia Dias
in Rain Forest


Fernanda Correia Dias . Fotógrafa . Rain Forest
Amigas, tudo é Amor.

Fernanda Correia Dias
Para quatro Lilias

Fernanda Correia Dia. Fotógrafa . Turquesa VII

Olhe bem... Estamos no céu? São montanhas?
Estamos no Mar? São ondas?
É apenas cor? Claro e escuro? Figura e fundo?
São volumes?
Instantâneo?
Eram nuvens...
É água da fonte, entende? É mistura de Mundo!
Mergulhe. Aprofunde. Verás melhor.
Saia da superfície. As aparências enganam.
Fernanda Correia Dias
in Carinhosos
Fernanda Correia Dias . Fotógrafa . Turquesa V
Todas as transparências são confortáveis.
Reme em transparências.
Fernanda Correia Dias
in Carinhosos
Fernanda Correia Dias . Fotógrafa . Turquesa IV

Na travessia, tudo vai ficando para trás, mas reme com Amor.
Não se chega a local algum sem o Amor.
Fernanda Correia Dias
in Carinhosos

Fernanda Correia Dias . Fotógrafa . Turquesa I

E esta cor? E este movimento?
Tudo é provisório, nada é para sempre, a vida é dinâmica.
Creia.
Fernanda Correia Dias
in Carinhosos
Fernanda Correia Dias . Fotógrafa . Turquesa II

Se você puder fazer melhor, faça.
Fazer é a qualidade dos Deuses?
Faça.
Fernanda Correia Dias
in Carinhosos
Fernanda Correia Dias . Fotógrafa . Turquesa III

Pense nisso: Bom Senso, Harmonia.
Fernanda Correia Dias
in Carinhosos

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Fernanda Correia Dias . Fotógrafa. Uma e dez de 2012

O Ano Novo !
Neste antigo relógio!
Esqueça o estilo, pense no Amor, no Carinho.
Pense no artista que moldou as flores,
no artista que imaginou dispor flores em torno das horas.
O que os olhos vêem o coração sente!
Fernanda Correia Dias
In Carinhosos