quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Fernanda Correia Dias . Chez Nous, Histórias de Natal . Foto e arte

Carinhosa.
Fernanda Correia Dias
in para a minha mãe Maria Mathilde


Fernanda Correia Dias . Chez Nous, Histórias de Natal . Foto e arte.
"O Natal, um exercício de delicadezas, tinha início quando você me dizia:
Sim!Vamos armar a Árvore de Natal hoje!
Pegue a escada... é aquela caixa ali... cuidado...muito cuidado, para as bolas e os enfeites não quebrarem...E as lampadinhas? Cuidado filhinha... Não caia...!Passa para mim... passa para mim..."Assim, de algum lugar no alto de uma escada, retirávamos a Árvore de Natal, os enfeites e as lampadinhas ou lampinhas...Pisca-piscas...
A Árvore, verde e de arame, semelhante a um pinheiro, tinha pé... mas você preferia colocá-la dentro de um vaso de argila com terra e o resultado era muito natural.
Quando abrias a caixa de bolas de natal... eu via cada bola separada por uma divisão de cartão marfim, como frutas... e as suas mãos ficavam reduzidas a duas pontinhas de dedos e você ia levantando as bolas uma à uma e examinando. "Estariam inteiras?"
Sim! Estavam inteiras, sim... e nossos olhos traziam os "outros Natais"...E desta vez, você "faria diferente", a árvore e o Natal seriam sempre mais bonitos que todos os "outros Natais"!
Esta frase enchia meus ouvidos de ensinamento. Fazer sempre melhor que antes. Superar-se!
Era o primeiro ensinamento!
O segundo ensinamento era Paciência! Paciência para desembaraçar os fios elétricos das lampadinhas e testar. Nem sempre todas acendiam, tínhamos que localizar as queimadas e até sair para comprar imediatamente as que estavam faltando...Eu ia repetindo... Paciência...Paciência...!E você acrescentava a esperança: Vai ficar lindíssima!
O terceiro ensinamento estava no seu gesto: com extrema delicadeza e entre as pontas dos seus dedos eu aprendia a tocar bolas e enfeites "Muito delicados...de-li-ca-dís-si-mos..."
Bolas com vidro de ampolas...espelhadas...tão delicadas que mal respirávamos...trocávamos olhares e sorríamos e entre o nosso olhar estava a longa palavra com exclamação... Lin-dís-si-mas...! Enquanto você pendurava nas extremidades dos galhos cada bolinha...
Ali estava inaugurado o NATAL! Delicadeza... Delicadeza...tudo se superpondo à árvore...
O quarto ensinamento eram sucessivos exercícios gestuais... dar laços em fitas com as mesmas medidas, separar chumaços de algodão para decorar como "neve"...enrolar espiralando um festonè metálico... localizar a ponteira da árvore... uma estrela em vidro tão fininho que parecia sonho....passar cola e purpurina em algumas bolinhas para dar efeito...e tudo com energia de-li-ca-da...porque usávamos tesouras, ampolas... araminhos...
Araminhos "de-li-ca-dos" e enroladinhos em linhas verdes... em linhas verdes!
O quinto ensinamento era levar a árvore para o local definitivo, próxima a uma tomada de luz...ou localizar um fio de extensão para a tomada...e esse exercício poderia desmanchar todo o trabalho...de-va-ga-ri-nho...vamos! "De-va-ga-ri-nho!"
O sexto ensinamento era harmonizar: olhar para o que tínhamos feito... e corrigir... acertar um laço torto... localizar o beija-flor para ficar mais visível... as botinhas do Papai Noel... as estrelinhas...e sonhar que quando o papai chegasse ele ia ficar muito feliz e surpreso! Íamos dizer para ele: Chegou o Natal!
O sétimo ensinamento era pensar em todo o mal que tínhamos causado aos nossos pais, irmãos e amigos, para numa reflexão sabermos se éramos merecedores de presentes...ou não!E se a nossa cabecinha dissesse que sim, então deveríamos escrever a Cartinha, pedindo o presente...
Meu repertório de músicas de Natal era imenso e entre elas, eu cantava: Querido Papai Noel, vou fazer o meu pedido para o dia de Natal... e passava aqueles dias exercitando só delicadezas.Só de-li-ca-de-zas!
O oitavo ensinamento era não deixar com que ninguém abrisse os presentes que estavam chegando na árvore... Era preciso controlar a minha curiosidade e a dos meus irmãos.
O nono ensinamento era ir falar pessoalmente com Papai Noel, entregar a cartinha e tirar fotografia ao lado dele...Ele me perguntava: Você é obediente, boa menina? E aquela pergunta era um eco nos meus ouvidos...
O décimo ensinamento era esperar o dia de Natal ...Chegar em casa, encontrar todos os brinquedos que eu pedi ao Papai Noel e ainda os brinquedos que eu sonhei, mas não pedi. Ver um pratinho com garfinho e um pedaço de bolo...um copinho com restinho de guaraná...um guardanapo sujinho... e o gorrinho do Papai Noel esquecido na poltrona.... e você, Mamãe, nos dizendo: "Ele deve ter nos esperado um pouquinho...saiu ainda agora... Deve estar muito apressado porque tem que entregar ainda todos os brinquedinhos das outras criancinhas do mundo inteiro... Hoje é Natal!
Mas eu ganhava sempre muito mais...Delicadeza... Delicadeza...para o Ano inteiro...para vida inteira... Esperança, Beleza, Realização, Paciência...Sonho, Harmonia, Reflexão e Consciência...

Fernanda Correia Dias
In Chez Nous, Histórias de natal















segunda-feira, 14 de novembro de 2011



Fernanda Correia Dias . Importancia . Arte e paint


IMPORTANCIA


Fernanda Correia Dias

in Geografia familiar

Fernanda Correia Dias . Fernanda e a Folha do Algodão de Jardim. Foto e Arte


Vou atravessando com a verdade.

E você?

Fernanda Correia Dias

in Geografia familiar
Fernanda Correia Dias . Ilha das flores II. Arte et Paint


Artes para texteis, tapeçaria e porcelanas.
Fernanda Correia Dias . Ilha das flores I Arte e Paint


A arte de desenhar um raport é o caminho para o infinito.

Pode ser feita através da reflexão do eixo vertical, do eixo horizontal ou do eixo diagonal.

Escolha uma direção e vá.

Fernanda Correia Dias

in Reflexões
Fernanda Correia Dias . Fotógrafa . Mamãe dormindo para sempre.


Mamãe dormindo para sempre me ensinou que a Morte não é a inexistência.

Mamãe diz:"A alminha sai e fica apenas a casquinha."

Olhei para a "casquinha" da minha Mãe e chamei de Precioso Corpo

enquanto eu e ela observávamos,naquele dia, a "casquinha".

Conversamos ternuras e agradecimentos mútuos, sem despedidas.

Não podemos. Hoje eu e ela habitamos a minha "casquinha'.

A Morte não é um afastamento, muito pelo contrário,

a Morte é uma fantástica, maravilhosa, poderosa e interminável Presença.


Fernanda Correia Dias

in Geografia Familiar

sábado, 12 de novembro de 2011

Fernanda Correia Dias. A Verdade é visivel . Arte


A Verdade é visível e feita de muitas Verdades.


Fernanda Correia Dias

in Três Irmãos
Fernanda Correia Dias . Sigo com a Verdade . Arte

Se você ainda não está pronto, prepare-se.

Viver é praticar a Verdade.

Fernanda Correia Dias

in Três Irmãos


Fernanda Correia Dias . Sigo com a Verdade . Arte

Aquilo que você vê, ouve e vivencia é propriedade da sua consciencia.

Seja fiel a você mesmo.

Pratique a Verdade.

Fernanda Correia Dias

in Três Irmãos
Fernanda Correia Dias . Arte . Sigo com a Verdade


A verdade ocupa um lugar real no espaço.

Não vê quem não quer.

Queira ver.

Fernanda Correia Dias

in Três Irmãos

sexta-feira, 11 de novembro de 2011




Fernanda Correia Dias . Arte. Dois Irmãos IV


Onde do onde de dois mil e onde


Please.


Fernanda Correia Dias


In Três Irmãos
Fernanda Correia Dias . Arte. Dois Irmãos III


Onze do onze de dois mil e onde.


o Por da cor


Fernanda Correia Dias


in Três Irmãos
Fernanda Correia Dias . Arte. Dois Irmãos II


Onde do onde de dois mil e onze.


Harmonia.


Fernanda Correia Dias


in Três Irmãos
Fernanda Correia Dias . Dois Irmãos I . Arte


Onze do onze de dois mil e onze.

Harmonize.

Fernanda Correia Dias

in Três Irmãos






Fernanda Correia Dias . Fotografia . A Flor do Alfinete.


Três.


Em Onze do Onze de Dois mil e Onze

Fernanda Correia Dias

in Por que falei de flores
.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Fernanda Correia Dias . Traineira da Mamãe nos Dois Irmãos .

Acrílica sobre canvas


Thereza,
Eu sinto que a Poesia, quando exata,
não dispensa a vo-ca-li-za-ção,
porque nasce para ser dita e ouvida,
permitindo a fascinante visualização
do sentido, fixando infinitas dimensões.
É ação.

Eu sinto que o Poema tem esta finalidade
reter nas cordas da Lira, as cordas vocais,
a musculatura e potência da inteligência
no instantâneo da síntese...
E mais...
Tanger no meio do peito o ar da respiração
para que sintas no que é lido, aquilo que dirás
ter sido de si, subtraído, por estar
literalmente vivo... na poesia do poema
e na percepção do clarão...
Pois que é na percepção do clarão que se
instala toda a clarividência,
perpetuando Poema, o Poeta e a Poesia
em humana exatidão.

Inscrevendo-os como definitivos
para toda qualquer hora ou dia e
para qualquer idioma ou geração.

No que é dito, por que lido, o Poeta levanta-se do Poema
e é a própria Poesia em imensa dimensão.

Para T.C.R.M. e para a minha Avó e Poeta Cecília Meireles,
Agradecendo o Poema de Thereza,
no 110 aniversário de nascimento de Cecília Meireles!
Fernanda Correia Dias

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Fernanda Correia Dias . Esta casa está em Festa!


Para minha Avó Cecília Meireles nos seus 110 anos!


Casa de bonecas que ganhei de minha Avó Cecília Meireles .Fotoarte




Hoje é dia do seu aniversário, Parabéns! Parabéns!


As pirâmides do Egito temem o Tempo e o Tempo teme Cecília Meireles!


Beijinhos da sua afilhadinha de batismo que foi batizada por você,


na mesma igreja onde você foi batizada e no dia do seu aniversário!


Fernandinha


Beijinhos da sua filha e minha Mãe Mathilde e das bisnetas, Kenya e Gaya