quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Fernanda Correia Dias
O Mérito
Nanquim e aquarela sobre papel
Mole, pendurado como um brinquedo, na minha perna,
o gatinho respira profundamente descansado.
Nem sei onde anda o espírito do gatinho,
e se alguém afirmasse que estava ausente ou morto,
porque está com olhos fechados,
eu até acreditava.
Coberto com esta manta de pêlo desde que nasceu,
neste calor inigualável o gatinho dorme,
mas pode ter perdido os sentidos, e por socorro estar no meu colo caído...
Abre os olhos e olha-me o gatinho, porque ouve meu pensamento ou
porque percebe-me olhando-o preocupada?
Quanto pesa um olhar em quem estava dormindo, quase desmaiado?
Fernanda Correia Dias
in Mérito

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