quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Minha aquarela em São Miguel . Açores . Residencial Alcides
Fotografia Fernanda Correia Dias
"Em 1865 quando Gauguin, no Brasil, Rio de Janeiro, acompanhado de sua tia, viu na Baía da Guanabara a comemoração da passagem de ano, o Reveillon, Mendel estava descobrindo a hereditariedade.
Em 1944 Avery, outro cientista, mostra que o DNA é o responsável pela hereditariedade...
A questão da hereditariaedade é uma discussão recente e deve ser observada por todos nós nas sutilezas, para que os estudos evoluam.
Em 2000, eu estava no Shopping Vasco da Gama de Lisboa, vi uma xícara branca pintada de azul, perguntei para a mocinha quanto custava e ouvi que a xícara não estava à venda.Perguntei por quê e ela me respondeu que era um artesanato da Ilha de São Miguel...e estava ali para caracterizar a loja...Me espantei. Por quê meu olho foi olhar para uma xícara numa prateleira de um café, se no shopping havia mil lojas para descobrir outras coisa? Por quê?
Em seguida, olhei para a vitrine e vi uma caixa cheia de pequenos e lindos pacotinhos brancos e pedi para a mesma vendedora me vender três pacotinhos sem que eu sequer pudesse suspeitar... o que continham? Por que eu queria comprar pacotinhos sem saber?
Sozinha, comendo e sem ter para quem dizer o que eu estava sentindo, pensei e vocalizei por três vezes e razoavelente audível:"É o doce da minha vida, é o doce da minha vi-da!" Fiquei repetindo a cada mordida: "É o doce da minha vida, com os lábio`s cobertos de açucar de confeiteiro,,, aquele bem fininho...sem saber que assim estavam.Já tinha pago a aventura, mas voltei ao balcão e perguntei a outra atendente quantos pacotinhos tinham na loja e comprei todas as caixas disponiveis, daquele doce... o doce da minha vida...!
Passei 20 dias no Algarve trabalhando e escondendo os meus doces para que ninguém me pedisse nenhum...
Quando resolvi visitar São Miguel e ainda no aeroporto, respondi a minha amiga Orísia:Preciso comprar queijadas de Vila Franca, agora! Ela me respondeu... no aeroporto não... vamos a um loutro lugar, onde estejam fresquinhas... e como o lugar era longe, ela me permitiu sair do carro para comprar numa "vendinha" do caminho as queijadas...
Com três caixas no carro, partimos para o centro da cidade onde iriamos buscar uns livros encomendados poe ela, numa livraria... então abri um livro que encontrei, onde li acima do meu polegar: "Não esqueças das queijadas de Vila Franca, o doce da minha vida! e quem escreveu isso? minha avó materna. Sorte a minha que ela era escritora e escrevia... Eu estava em solo açoriano e na ilha vulcanica de São Miguel, onde nasceram as queijadas de Vila Franca, as originais, e todos os meus ancestrais maternos.
Hereditariedade?
Quando voltei ao Brasil trouxe cinco caixas. Cada filha, irmã, mãe e tia, repetia exatamente esta frase feito senha de hereditariedadede: É o doce da minha vida, é o doce da minha vi-da! Enquanto eu me assombrava silenciosamente, sem revelar nenhum antetecedente. Es-pan-to-sa hereditariedade. Outros a quem ofereci, nunca disseram esta "senha" ou este "DNA"...com esta construção verbal literal.
Tive o prazer de revelar para a minha mãe, tias e filhas, de quem herdamos este prazer maravilhoso...E documentada.
Meus amigos queridos, enviaram, por anos seguidos, queijadas de Vila Franca, diretamente de São Miguel para o Rio de Janeiro... As flores... Margaridinha M, Orísia M e Margarida T...sabem que tudo foi assim como vivido e relatado. Mas existem outras revelações hereditárias e sorte a minha que elas foram redigidas, para minha certeza interior de que nós não somos nós. Somos a combinação de dois arquivos... os de pai e os de mãe...se quisermos poderemos mapear as evidencias, e é preciso estar atento e ter a sorte de poder identificar a procedencia."
Fernanda Correia Dias
Para as flores, Orísia, Margarida M. e Margarida T. de O.
Um bouquet de saudades!
Geografia familiar

Um comentário:

  1. Linda e fantástica maneira de descobrir a força do DNA!Beijos com saudades marta

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