segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Fernanda Correia Dias . Azaléia na travessia
Escaneamento de bouquet encontrado na travessia
"Eram três. Interessante...
Três é número tão familiar.
Quase sempre o três está perto.
Três flores lindas!
E esta cor primária é fundamental,
para o nascimento de tantas outras!"

Fernanda Correia Dias
Das Azaléias

Fernanda Correia Dias . Folhas de Azaléia no Cosme Velho
Escaneamento de folhas colhidas do asfalto
"Estavam caídas no asfalto e traziam flores.
Ao atravessar a rua, curvei-me e colhi.
Do outro lado da calçada estendi o ramo no alto,
esperando que algum passante levantasse o braço
identificando-se como proprietária ou proprietário...
Mas não avistei ninguém.
Sorri agradecida para os que entenderam e disseram: é seu!
Será meu?
Estavam caídas no asfalto,
no meio da travessia,
no meio da minha vida,
como sempre estiveram.
e como é que eles espontâneamente sabiam
que sempre me pertenceram
e que me trariam, naquele dia, imensa alegria?"
Fernanda Correia Dias
Das Azaléias



domingo, 28 de novembro de 2010

Cantiga. Fernanda Correia Dias
Aquarela sobre papel cançon
"Compreendo, compreendo e levanto-me para dançar solidária.
Porque esta cantiga que eu toco e canto é muito antiga...muito antiga...
Ohhh. Oh... Vamos rodando...Vamos rodando...
Três voltas, são muitas voltas para uma única dança?
Ah... Ânimo! Daremos muitas voltas, muitas voltas! Levantem... Infâncias!
São muitas histórias para uma única xícara?
Ohhh. Oh... Vamos rodando...Vamos rodando...
Farias cadeiras, camas, estantes e mesas com os livros... com os livros!
Como fizemos solitáriamente, quando éramos mais sábias, quando crianças.
Porque o papel foi madeira e a madeira era árvore e a árvore virou móvel...
E o móvel virou livro...
Ohhh. Oh... vamos rodando...vamos rodando...
Encontraremos Alice e a Rainha de Copas e aquele gato em listra por listra...
Vamos rodando... vamos rodando...
Porque a porta está dentro da árvore... a árvore dentro do livro e o livro está escrito!
Ohhh. Oh... vamos rodando...vamos rodando...
Para deixar gravado no vento, flutuando e circulando no ar, o anúncio
de dias mais bonitos, com chaves de cantigas antigas, lidas, sabidas,
E a volta por cima dos livros, das danças e das xícaras,
com os nossos mais luminosos sorrisos!"
Fernanda Correia Dias
Para T.C.R.M. e M.T.B.C.
Às crianças,
antes da hora do chá!


A saia na dança . Fernanda Correia Dias
Aquarela sobre papel cançon
"Clonagens gerando seres; estudos e resultados atômicos; quânticos; ligas metálicas; fertilizações; fogo...Tudo surge para a visibilidade, como produto de indagação, porque é.
Pré-existe. Co-existe. Tudo aguarda por ser coberto ou des-coberto. Como as noites e os dias. Existencias sem o sol. Existencias com sol. Tudo existe. Mas... Para quê?
Todo ser humano tem o dever de ser Bom, de fazer o Bem e de buscar a prática da Harmonia e da Excelência. De exercer o Ótimo. Para isso deve indagar a si mesmo e exigir de si mesmo o simplesmente ótimo."
Fernanda Correia Dias
in Para quê?

sábado, 27 de novembro de 2010


Canção . Fernanda Correia Dias
Aquarela sobre papel cançon
"Todo produto de criação surge por ausência.
É sempre a necessidade que determina a forma, cor e pertinência.
Todos os produtos nascem porque alguém os deseja em estado de existência.
Mas eles podem existir apenas em pensamento. Em silencio. Em traço.
Ou viver uma tridimensionalidade. Ocupar um lugar real no espaço.
Todo novo ser, coisa ou produto é a resposta a uma indagação.
A fonte desta indagação e sua resposta é feita por repertório.
Fernanda Correia Dias
Do nascimento dos produtos.


quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Flores, adoráveis flores . Fernanda Correia Dias
Traço sobre papel
" Verde. Vê?"
Fernanda Correia Dias
Estudos práticos das aparências

Flores, adoráveis flores . Fernanda Correia Dias
Traço sobre papel
"Verde. Ver-te!"
Fernanda Correia Dias
Estudos práticos das aparências
Flores adoráveis flores . Fernanda Correia Dias
Traço sobre papel
"Verde. Vida!"
Fernanda Correia Dias
Estudos práticos das aparências
Pêras . Fernanda Correia Dias
Aquarela sobre cançon
"Por que as pêras existem?
Fernanda Correia Dias
Estudos práticos das aparências
Lua de Melão . Fernanda Correia Dias
Aquarela sobre cançon
"Se a Terra fosse uma pêra e a Lua um melão,
ficaria visível o quanto tudo é dinamico, orgânico e provisório?"
Fernanda Correia Dias
Estudos práticos das aparências
Casca de Melão . Fernanda Correia Dias
Aquarela sobre cançon
"O que era parte do todo, multiplicando-se enquanto parte, cria a aparencia de outro todo.
Nada se perde. A reversão da lojística é o encontro com o fundamento."
Fernanda Correia Dias
Estudos práticos das aparências

segunda-feira, 15 de novembro de 2010


Planeta Pêra . Fernanda Correia Dias
Aquarela sobre cançon
"Olhai.... Olhai o Planeta Terra... Não é uma fruta? "
Fernanda Correia Dias
in Olhai
Pêra e Melão . Fernanda Correia Dias
Aquarela sobre cançon
"PÊra e Melão ou...entardecer na praia?"
Fernanada Correia Dias
In Olhai

domingo, 14 de novembro de 2010


Pêra e Melão . Fernanda Correia Dias
Aquarela sobre cançon. 1995
"As frutas...já olhou de vagar para as frutas?"
Fernanda Correia Dias
in Olhai

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Minha aquarela em São Miguel . Açores . Residencial Alcides
Fotografia Fernanda Correia Dias
"Em 1865 quando Gauguin, no Brasil, Rio de Janeiro, acompanhado de sua tia, viu na Baía da Guanabara a comemoração da passagem de ano, o Reveillon, Mendel estava descobrindo a hereditariedade.
Em 1944 Avery, outro cientista, mostra que o DNA é o responsável pela hereditariedade...
A questão da hereditariaedade é uma discussão recente e deve ser observada por todos nós nas sutilezas, para que os estudos evoluam.
Em 2000, eu estava no Shopping Vasco da Gama de Lisboa, vi uma xícara branca pintada de azul, perguntei para a mocinha quanto custava e ouvi que a xícara não estava à venda.Perguntei por quê e ela me respondeu que era um artesanato da Ilha de São Miguel...e estava ali para caracterizar a loja...Me espantei. Por quê meu olho foi olhar para uma xícara numa prateleira de um café, se no shopping havia mil lojas para descobrir outras coisa? Por quê?
Em seguida, olhei para a vitrine e vi uma caixa cheia de pequenos e lindos pacotinhos brancos e pedi para a mesma vendedora me vender três pacotinhos sem que eu sequer pudesse suspeitar... o que continham? Por que eu queria comprar pacotinhos sem saber?
Sozinha, comendo e sem ter para quem dizer o que eu estava sentindo, pensei e vocalizei por três vezes e razoavelente audível:"É o doce da minha vida, é o doce da minha vi-da!" Fiquei repetindo a cada mordida: "É o doce da minha vida, com os lábio`s cobertos de açucar de confeiteiro,,, aquele bem fininho...sem saber que assim estavam.Já tinha pago a aventura, mas voltei ao balcão e perguntei a outra atendente quantos pacotinhos tinham na loja e comprei todas as caixas disponiveis, daquele doce... o doce da minha vida...!
Passei 20 dias no Algarve trabalhando e escondendo os meus doces para que ninguém me pedisse nenhum...
Quando resolvi visitar São Miguel e ainda no aeroporto, respondi a minha amiga Orísia:Preciso comprar queijadas de Vila Franca, agora! Ela me respondeu... no aeroporto não... vamos a um loutro lugar, onde estejam fresquinhas... e como o lugar era longe, ela me permitiu sair do carro para comprar numa "vendinha" do caminho as queijadas...
Com três caixas no carro, partimos para o centro da cidade onde iriamos buscar uns livros encomendados poe ela, numa livraria... então abri um livro que encontrei, onde li acima do meu polegar: "Não esqueças das queijadas de Vila Franca, o doce da minha vida! e quem escreveu isso? minha avó materna. Sorte a minha que ela era escritora e escrevia... Eu estava em solo açoriano e na ilha vulcanica de São Miguel, onde nasceram as queijadas de Vila Franca, as originais, e todos os meus ancestrais maternos.
Hereditariedade?
Quando voltei ao Brasil trouxe cinco caixas. Cada filha, irmã, mãe e tia, repetia exatamente esta frase feito senha de hereditariedadede: É o doce da minha vida, é o doce da minha vi-da! Enquanto eu me assombrava silenciosamente, sem revelar nenhum antetecedente. Es-pan-to-sa hereditariedade. Outros a quem ofereci, nunca disseram esta "senha" ou este "DNA"...com esta construção verbal literal.
Tive o prazer de revelar para a minha mãe, tias e filhas, de quem herdamos este prazer maravilhoso...E documentada.
Meus amigos queridos, enviaram, por anos seguidos, queijadas de Vila Franca, diretamente de São Miguel para o Rio de Janeiro... As flores... Margaridinha M, Orísia M e Margarida T...sabem que tudo foi assim como vivido e relatado. Mas existem outras revelações hereditárias e sorte a minha que elas foram redigidas, para minha certeza interior de que nós não somos nós. Somos a combinação de dois arquivos... os de pai e os de mãe...se quisermos poderemos mapear as evidencias, e é preciso estar atento e ter a sorte de poder identificar a procedencia."
Fernanda Correia Dias
Para as flores, Orísia, Margarida M. e Margarida T. de O.
Um bouquet de saudades!
Geografia familiar
Detalhe de ilustração . Fernanda Correia Dias
Ou isto ou aquilo. Cecilia Meireles . Nova Fronteira . 1987
"Um no dia 11, outra no dia 22 e você foi no dia 31, porque não existe dia 33 ! Mamãe"
11 de Novembro de 2010
Fernanda Correia Dias
Cabala.


quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Fernando Correia Dias na cômoda . Fernanda Correia Dias
Aquarela sobre cançon . 1983

"Escolhi a parede e encostei a cômoda. Limpei cada gaveta e fui dispondo lâmina por lâmina, sobre papel cartão.

Protegi com transparencias, suavidades, aromas. Fui lendo e convivendo com suas horas vivas, em cada desenho.

Não é assim que as pessoas leêm uma arte, mas eu sou sua neta e minha mãe me deu o seu nome,minha avó, para me batizar, repetiu seu nome e meu avô Heitor-padrinho, concordou.

Desenhando, eu não sou nem a sua sombra, mas no seu desenho, eu sei ler a temperatura da sua mão.

Somos morenos, mornos, motivados, mas eu sou falante.

Minha mãe achou que meu pai parecia com você... ele também desenha.

Eu? Reconheço-te em qualquer papel...suas tintas, traços, tira-linhas e penas.

Passa na composição do meu sangue, ainda, a sua ânima."

Fernanda Correia Dias

Para o meu avô-materno, Fernando Correia Dias,

de quem herdei meu nome

10 de novembro de 2010, 118 anos!


terça-feira, 9 de novembro de 2010


Ana...A de Assis . Fernanda Correia Dias
Aquarela sobre cançon
"Ana...A de Assis? Rosa da mesma roseira!"
Fernanda Correia Dias
Geografia familiar

Uma flor chamada Memória . Fernanda Correia Dias
Aquarela sobre cançon.
"Hoje é... 9 de novembro.
Numa data igual, queria te dar um beijo e te acordar.
Pedi ao Manuel para me ajudar. Ele me ajudou e eu te beijei.
Todos choravam. Choraram mais ainda quando me viram te beijando.
Eu te beijei para ver se você acordava daquele sono,
naquele lugar que todos estavam te olhando e chorando...
Ah... Branca de Neve...lembra?
Eu te chamei... Mas...você... você dormia...
Manuel passou a mão na minha cabeça e me abraçou...
Eu era o poema.
Ele era o poeta.
Você sempre a Poesia."
Fernanda Correia Dias
Para você e o Bandeira.
Visita . Fernanda Correia Dias .
Aquarela sobre papel cançon. Novembro 2006
" Plantamos duas árvores
iguais à esta e nos divertimos muito.
As duas estão ali.
Te dei um anjo vermelho sorrindo
com um coração de ouro na mão!
Você pendurou na sua!
Na minha deixei pousado o passarinho,
que você gostava de se imaginar.
O passarinho voou, você sabe, eu sei,
mas o anjo vermelho suspenso por você,
segura firme e sorrindo, o coração de ouro no ar!"
Fernanda Correia Dias
Geografia familiar

sábado, 6 de novembro de 2010


Estrela . Aquarela sobre cançon
"Aquela Estrela é ela!"
Fernanda Correia Dias
7 de novembro de 2010
Aniversário da Vó Ceci, Cecilinha,
Caçulinha, Cecília Meireles
Palmeira . Aquarela sobre cançon

"O Brasil tem Cecília Meireles, a Itália tem Dante e a Inglaterra tem Shakespeare."
Fernanda Correia Dias
07 de novembro de 2010
Aniversário 109 anos de Cecília Meireles
Festa no Céu . Fernanda Correia Dias
" Muitas vezes, quando as pessoas ficam sabendo que sou a neta da minha avó Cecília,
ao terminar o encontro, me dizem: mande beijinhos para ela, diga que adoro tudo o que ela escreve !
Eu fico tão surpresa e comovida, que mando os beijinhos sim e digo sim...
Algumas me telefonam, pedindo para dar o numero do telefone dela, ou para falar com ela...
...mas não é lindo?"
Fernanda Correia Dias.
7 de novembro 2010
Aniversário da minha Avó materna
e madrinha de batismo,
Cecília Meireles.

Casa . Fernanda Correia Dias
Aquarela sobre cançon
"Existe sempre uma primeira vez que um assunto entra em nossas vidas.
Amar as flores em suas árvores e arbustos, recolher se quiser as caídas... amar os passarinhos, seus ninhos e proteger todos os bichinhos...Fechar as torneiras, verificar se estão abertas e fecha-las, apagar as luzes acesas sem necessidade, etc... etc...até o dia em que eu leio aos 12 anos a cópia de uma entrevista que minha avó Cecília Meireles deu a um reporter.
Ela fala sobre o futuro da poesia e dos seres humanos. Num determinado momento, ela diz o que estou dizendo aqui mas sem ter certeza se foram exatamente estas palavras, mas algo semelhente e assim : preocupo-me por que qualquer dia os seres humanos estarão comendo plásticos.
O sentido repercurtiu em mim como um eco e eu nem conhecia a palavra ecologia...mas era mesmo a Ecologia...
Meus pais, tias,Vovô Heitor e tio Harold eram a parte verde da minha educação desde que nasci... Então...quando precisei fazer sacolas industrialmente, fiz de papel. Quando precisei usar botões, optei por casca de coco, quando escolhi um tecido, escolhi o algodão...não bebo refrigerantes, não como comida de plástico e toda vez que é possível afasto-me da matéria. Não estou dizendo que o plástico não tenha sido algumas vezes uma matéria que optei, mas estou dizendo que todas as vezes em que tive outra alternativa, dei preferencia ao que não fosse plástico.
É uma matéria fantástica, impermiabiliza, acondiciona líquidos... substitui diversas peças de metal, vidro etc... mas ainda não é biodegradável. Precisa ser dirigida e reciclada para o bem.
Em 2000 eu vi em Lisboa a exposição de fotografias de Sebastião Salgado.
A dimensão da escassez de alimento e água obriga populações a busca-las e vagar pelo planeta pela sobrevivencia.
Hoje vi por sugestão do post de Marília (uma brasileira na Croácia), o filme HOME. http://www.home-2009.com/us/index.html / Yann Arthus Bertrand
Sugiro a todos que ainda não viram, que vejam . É a fotografia de cinquenta anos de efeitos destrutivos do homem sobre a Terra. A nossa Casa. Deve ser apresentado às crianças também, com algum adulto por perto, porque existe sempre uma primeira vez que um assunto entra em nossas vidas... "
Fernanda Correia Dias
Casa
Geografia familiar


Casa . Fernanda Correia Dias
Aquarela sobre cançon
"Nosso planeta é tão bonito... proteja-se protegendo-o"
Fernanda Correia Dias
Casa

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Personagem procurando a autora . Fernanda Correia Dias
aquarela sobre cançon . 2007
Ctenantha Sertosa . Fernanda Correia Dias
Esferográfica sobre papel . 2006
"Na natureza encontro livros muito bonitos em folhas e escritas raras.
Livros com estruturas e cores surpreendentes.
As folhas ficam suspensas e expostas em hastes para serem lidas.
As raízes costuram as páginas. São as mãos da terra e dos meus ancestrais,
Enroladinhas mãos fechadas abrem-se para serem lidas.
Gosto de ler as mãos abertas...
Umas crescem com discursos tão lindos que chamamos de árvores... palmeiras...
A praia também é um livro.
Deitado. Virando ondas de páginas..."
Fernanda Correia Dias
Geografia familiar
Cosme Velho

quinta-feira, 4 de novembro de 2010


Clatheia Carina . Fernanda Correia Dias
Caneta esferográfica sobre papel . 2006
"Olho para elas e me acordam sentidos e sentimentos tão antigos!
Quando será que meu sangue conversou com a primeira e onde ele estava?"
Fernanda Correia Dias
Cosme Velho
Geografia familiar
Calathea Makiona . Fernanda Correia Dias
Caneta esferográfica sobre papel . 2006
" Estas folhas nascem em proporções tão harmonicas e são tão belas e perfeitas, que
apesar de pertencerem a uma família com tantas diferenças aparentes,
prosseguem afirmando beleza, harmonia, inventividade e mesma origem:
Seiva múltipla em talentos, habilidades e competências.
Assim também são as famílias humanas."
Fernanda Correia Dias
Cosme Velho
Geografia familiar
Calathea zebrina . Fernanda Correia Dias . 2006
Caneta esferográfica sobre papel
"Na natureza existem centenas de formas para serem observadas.
Bilhões de verdes... mas é surpreendente que a cor não esteja na cor, nem na natureza.
Ela é fabricada dentro do olho do observador e no instante que ele observa.
O mundo sem luz é escuridão e a cor é uma percepção que atribuímos nomes.
Verde-musgo, verde-esmeralda, verde-grama...verde-calathea-zebrina...
o nome da cor é a presença de um juízo.
E o entendimento do nome da cor depende do repertório individual de cada observador."
Fernanda Correia Dias
Cosme Velho
Geografia familiar
Sentido . Fernanda Correia Dias
Aquarela sobre papel

" A presença é um juízo."

Fernanda Correia Dias

Cosme Velho


quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Orvalho . Fernanda Correia Dias
Aquarela sobre cançon . 2007

Os dias bonitos acordam as borboletas
iluminam trajetos de formigas, enfeitam pássaros.
Os dias bonitos trazem a temperatura de azulejos,
brotam como orvalhos frescos
nas córolas das flores,
entre cortinas que esvoaçam.
Nos dias bonitos,
as travessas estão repletas de
mangas, abacaxis e pêssegos,
e a goiabeira está carregada de goiabas.
As jarras com água fresca,
recebem jasmins-do-Cabo, jasmins bugari e do imperador,
magnólias, malvas, angélicas e tinhorão...
Uma cigarra inicia próxima aos camaleões e entre os jasmins-estrela... a canção,
e o coro de cigarras suspende o aroma da terra molhada do chão.
Fernanda Correia Dias
Cosme Velho

terça-feira, 2 de novembro de 2010


Inteira . Fernanda Correia Dias
Aquarela sobre cançon
"Ser inteira e debruçar-se inteira sobre a paisagem."
Fernanda Correia Dias
Da flor.

Flor . Fernanda Correia Dias
Aquarela sobre cançon
"Basta-me ter certeza da verdade.
Todo o mais, são pétalas.
A verdade é uma seiva.
E uma seiva exala exata,
O que é essencial na flor, nunca foi a aparência.
A aparência é superficial.
A seiva fala."
Fernanda Correia Dias
Da flor.

Outra flor . Fernanda Correia Dias
Aquarela sobre cançon
As cores, Jorge!
Os potes com pincéis, os ecolines!
Jorge... Os passarinhos de São Francisco de Assis,
Os mapas de Laranjeiras...
As exposições!
Ah... Jorge? As sucatas para Dom Quixote...
O massarico e a tocha oxi-acetilenica, as luvas...
Jorge!
Você está ali?
Estou lendo Maria na janela aberta.
Para o Jorge
Fernanda Correia Dias
2 de Novembro de 2010
Uma flor para você .
Fernanda Correia Dias
Aquarela sobre papel . 2004

Porque você é assim,

pensamento bom de pensar,

valor, lealdade e mérito,

presença de inteligencia,

força saudável,

amor imenso em transparência.

Alma acesa,

chama que chama.

Clarividência.

Transparência.

Tão simples e insubstituível

leveza.

Fernanda Correia Dias